Estão de volta
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Já tinha abordado aqui as eleições presidenciais no Chile. Os tristes acontecimentos no Haiti desviaram-me a atenção da se-gunda volta das mesmas. Não será nesta altura novidade para ninguém que a direita chilena voltou ao poder por via eleitoral ao fim de 52 anos, já que por via golpista esteve lá há pouco tempo.
Corrijo aqui a falha de não ter colocado segundo post sobre aquelas e eleições, mas vou sempre a tempo, quanto mais não seja através deste vídeo da noite do acto eleitoral.
Conhecidos os resultados a extrema-direita saiu à rua e a sua peculiar forma de estar na vida veio ao de cima, em vez de saudar o candidato mais votado, rumou à sede do Partido Comunista do Chile e ali expressou o que lhe vai na alma: o ódio. O mesmo ódio que governou o Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet. Curiosamente o candidato derrotado pertencia ao partido Democrata Cristão. Mas é como alguém escreveu há muitos anos, primeiro os comunistas...
Os cânticos são esclarecedores: "General Pinochet, este triunfo é para você" ou "Com Allende faremos uma ponte por onde de passarão Pinochet e o os seus valentes” e outros carregados de ameaças de morte.
Nestas ocasiões ainda mais lamento que aquele que foi o responsável por milhares de mortos, desaparecidos ou torturados não tenha sido julgado. Estes factos servem para demonstrar o que as leis de amnistia têm de injusto, à primeira oportunidade mostram novamente as garras, eles aí estão a sair do armário...