Não há almoços grátis
Não há bicho-careta que não tenha já colocado aquela música que passou a ser hino de uma geração que se diz parva e enganada, não vou por aí, no estado em que as coisas estão não entendo como ainda há quem se deixe enganar e vote repetidamente naqueles que também repetidamente os fazem de parvos, o que só é possivel pelo seu consentimento e não me venham com a treta de que não há saída ou alternativa.
Talvez por isso recordo uma outra acção dos nuestros hermanos, em Sevilha, que em vez de se encafifarem numa sala de espectáculos às escuras a lamuriarem-se da sua sorte ao som da mais recente e dengosa música dos Deolinda preferiram uma forma mais audaz de protesto.
Esse grupo de activistas de nome “Flo6x8.com”, entrou numa dependência do Banco Santander e ali mesmo no meio de uma rumba protestaram contra a crise económica e um dos seus causadores, a banca.
A "onda" foi tão curtida que até os clientes presentes se juntaram à festa, ao protesto. Tiveram ainda a feliz ideia de se "mancomunar" com uma estação de rádio que transmitiu a música para a iniciativa.
Se por cá quiserem fazer algo semelhante contem comigo, mas não me convidem para me sentar numa qualquer esquina a lamentar a vossa/minha sorte. De parvo tenho muito pouco.
Ainda "sou do tempo" em que depois de um espectáculo desses se saía do mesmíssimo Coliseu a entoar as canções ou palavras de ordem ouvidas lá dentro e olhem que não era fácil, a bófia circundava o quarteirão, aproveitava sempre para "molhar a sopa" e alguns mais "notados" acabavam por ir passar uns dias à sede da "dita" ali na Rua do Heroísmo, mas valia sempre a pena.