Crise e luta de classes
O aldrabão de S. Bento está a conseguir um dos seus intentos, nunca li tantos posts contra os funcionários públicos. Alguns destes caem que nem anjinhos e alinham na paródia. Será que não percebem que é de luta de classes que se trata e que uma delas está a esmagar as restantes?
O texto que vos convido a ler data de 2006, dois anos antes da crise da bolha financeira, a cinco anos de distância dos "buracos" onde nos querem meter.
É da autoria de Vicente Navaro, professor de Política Pública na Johns Hopkins University, EUA, e na Universidade Pompeu Fabra, Espanha.
Não poderia deixar de o evocar depois dos acontecimentos dos últimos dias, desde a declaração do primeiro-ministro até à manifestação de domingo à tarde.
É longo o artigo, mas é um desafio que vos faço, talvez comecem a interiorizar um pouco mais do que está a acontecer por esse mundo fora.
Deixo-vos o preâmbulo e o link para o texto integral:
"A tendência para olhar para a distribuição de poder pelo mundo enquanto se ignora o poder de classe em cada país é também evidente nas frequentes denúncias que as organizações internacionais são dominadas pelos países ricos. É frequentemente apontado o facto, por exemplo, de que 10 por cento da população mundial, vivendo nos países ricos, tem 43 por cento dos votos no FMI, mas não é verdade que 10 por cento da população vivendo nos chamados países ricos controle o FMI.
São as classes dominantes desses países que dominam o FMI, desenvol-vendo políticas públicas que prejudicam as classes dominadas do seu próprio país, tal como as de outros países."
Texto integral aqui. Está lá tudo bem explicado como já outros o fizeram antes e depois.