Em nome da paz
No momento em que se procuram entendimentos que conduzam à paz entre Israel e a Palestina não é demais recordar quem deu a vida por ela.
Rachel Corrie, de 23 anos. Era uma estudante da Universidade de Olympia (Washington), pertencia ao Movimento pela Justiça e pela Paz.
Foi para Israel, onde se uniu ao grupo palestiniano Movimento Internacional de Solidaridade. Com esta Associação participava em acções, para bloquear as escavadoras Israelitas, que tentavam deitar abaixo as casas de palestinianos e dos seus familiares, nos seus territórios.
Aos amigos, em diferentes e-mails, escreveu: “Destroem as casas mesmo com gente dentro, não têm respeito por nada nem por ninguém.”
A 15 de Março de 2003, numa acção em Rafah, na fronteira de Gaza, Rachel encontrava-se com seus amigos para tentar opor-se às demolições.
Estava sentada na trajectória do Bulldozer, o condutor viu-a, continuou e passou-lhe por cima”, declarou Joseph Smith, militante pacifista dos Estados-Unidos.
Os companheiros tentaram de todas as maneiras parar a escavadora, e depois prestaram ajuda, mas não havia nada a fazer.
Rachel Corrie de somente 23 anos perdeu a vida, quando defendia, com o próprio corpo as suas ideias, o direito dos cidadãos palestinianos de ter um tecto e uma terra.
As autoridades Israelitas deram diferentes versões do sucedido, todas elas desmentindo a documentação fotográfica e os testemunhos. A jovem foi morta a sangue frio de forma bárbara, enquanto se manifestava de forma pacífica.
Rachel e os seus companheiros, denunciaram que todos os dias dezenas e dezenas de casas são destruídas na fronteira de Gaza, que os bombardeamentos danificaram os poços de água doce nos campos de refugiados de Rafah e que os mesmos não podem ser reparados pelos trabalhadores palestinianos sem se exporem às balas israelitas.
De recordar também que existe um conflito entre israelitas e palestinianos, com muitas vítimas civis inocentes em ambos os países e que é urgente que se encontre uma solução pacífica e duradoura.