No país das liberdades
Acabo de ler no Courrier Internacional desta semana que nos Estados Unidos se vasculham os computadores pessoais tal como uma bagagem se tratasse. Já o fazem há dezoito meses.
“A polícia de fronteiras vasculha e apreende os computadores e os telemóveis de alguns cidadãos americanos quando voltam do estrangeiro. Em alguns casos as alfândegas passam em revista os ficheiros diante do próprio passageiro, outras vezes confiscam a máquina durante algumas horas e copiam o conteúdo total do disco duro.
Não se sabe o que eles extraem dos dados. O ministério da Segurança Interior faz valer que esta buscas e estas apreensões são indispensáveis para detectar os terroristas e aqueles que difundem pornografia infantil. Dizem-se habilitados pela Constituição a proceder a este tipo de buscas sem mandato nem motivo válido.”
O que é demais é moléstia. Se pudessem entrar no nosso cérebro também o vasculhavam? Lá virá o tempo certamente…
Em nome da caça ao terrorismo cometem-se hoje as mais diversas patifarias e instalam-se paranóias sem fim.
“Quanto à ideia de caça aos terroristas, não façam de nós anormais: um terrorista digno desse nome envia os seus documentos secretos sob a forma de ficheiros encriptados desde um lugar distante para um servidor situado em qualquer parte dos Estados Unidos.”
Não nos podemos esquecer que os computadores contêm muita das vezes os nossos pensamentos mais íntimos.
Ainda gostava de saber ao certo quantos “terroristas” passam aqui pelo meu blogue…