Tudo por causa do "Farmville"?
Ah não sabiam que aquele desaguisado de José Lello e seus pares com o Presidente da Assembleia da República se ficou a dever ao Farmville, essa loucura que por certo não deixou de invadir a sua bancada parlamentar?
Eu compreendo, eles até têm pouco que fazer, só têm de acenar que sim com a cabeça e só de vez em quando. O capataz da quinta, o Trócaste, lá lhes vai dizendo o que devem plantar e o que devem colher, mas assim perde a graça toda.
Vá-se lá saber como, alguém pôs a correr que José Lello tinha descoberto uma forma de fazer batota no Farmville. Como o seu lugar no hemiciclo fica ali mesmo à mão dos jornalistas, abelhudos, também eles interessados na melhor forma de dar a volta lá na horta, logo assestaram as teleobjectivas no portátil do deputado.
Querias, encrespou-se José Lello! Vai cavar batatas malandro! Solicitou os bons ofícios do presidente, mas este que não percebe nada da poda, muito menos se esta for virtual, e já cansado de ver aquela bancada agarrada todo o dia às hortaliças, muitas das vezes nem sequer desligando o som, o que leva a que se ouçam os carcarejos das galinhas, os latidos dos cães, os bramidos das ovelhas e pior que tudo de vez em quando o mugido daquela vaca francesa, avisou o novel agricultor que se pusesse a pau ou ainda mandava nacionalizar a quinta.
Aqui é que o caldo entornou, os amigos a quem Lello tinha convidado para se associarem à quinta, eriçaram-se todos e temerosos pelas suas colheitas, paff, era ver quem mais batia com a porta da estrebaria.
Pacheco Pereira mais ao lado, por de trás de um jornal no qual convenientemente tinha feito um furo, parecia o Muttley, rindo-se que nem um perdido...