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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

16
Jun10

Feitiozinho...

salvoconduto

 

 

 

 

Decididamente Carlos Queiroz esteve em mau plano. Descansem que não perco tempo a falar do jogo e do sistema adoptado pelo seleccionador. Para esse peditório já dei quando o apelidei aqui de "cagão".

O que me importa isso sim é a ligeireza de argumentos e acusações a propósito de o jogador costa-marfinense Drogba ter sido autorizado pela FIFA a utilizar uma protecção no cotovelo que lesionou há cerca de uma semana atrás.

Primeiro vamos ao que disse Queiroz e depois à verdadeira essência das coisas que tornam tão infelizes estas declarações.

Diz Carlos Queiroz:

«A FIFA decidiu que o árbitro era soberano. Isso estranha-nos porque as regras apresentadas antecipadamente às selecções dizem que os jogadores não podem jogar com um simples adesivo ou um fio e, de repente, aparece um jogador com uma protecção, pondo em risco os jogadores portugueses», afirmou o seleccionador nacional, na conferência de Imprensa que sucedeu o jogo com os Elefantes.

«Quando me dizem que há uma estrela do futebol mundial, que é africano, que deve jogar, pergunto se as regras não são iguais para todos», prosseguiu, visivelmente incomodado. «Nem sabemos se a protecção mostrada aos delegados é a mesma com que ele jogou. Se calhar com o Brasil as regras mudam outra vez», disparou.

Mal, muito mal, ainda por cima mete o Brasil em algo que lhe é totalmente alheio deixando ficar uma insinuação torpe.

Eu que tenho visto ao longo dos anos jogadores serem autorizados com protecções em caso de incapacidade temporária ou definitiva, cito aqui os óculos do jogador holandês Edgar Davids que fez imensos jogos pela selecção do seu país, o capacete do guarda-redes do Chelsea ou daquele outro do Inter de Mourinho, fico de cara à banda com esta cena toda em torno da ligadura do Drogba.

Não há nada nestas alturas como uma chávena de chá para acalmar e preparar devidamente o próximo jogo.

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