EUA "invadem" a Costa Rica
Decididamente não largam as coutadas, sejam elas no Norte, no Centro ou no Sul. Depois das 7 bases instaladas na Colômbia é agora a vez da Costa Rica.
Não o fazem por menos, 46 navios de guerra e 7.000 marines! Os 46 vasos de guerra carregam cerca de 200 helicópteros e outros tantos aviões, acompanhados por um USS Freedom, submarinos de combate e um navio hospital.
Quem vai para a guerra (qual guerra?) avia-se em terra. Obama decidiu ocupar a Costa Rica, diz que vai combater a droga. Com este poderio todo?
Àqueles que torcem o nariz, Obama responde que tem autorização da Costa Rica. Não será bem assim, mas vai dar ao mesmo.
E é gente como esta que nos zurze diariamente com o fantasma do Irão...
Quem não está pelos ajustes são os partidos da oposição na Costa Rica, nomeadamente o Partido Acção Cidadã (PAC), a Frente Ampla (FA) e o partido de Unidade Social Cristã (PUSC) que condenam esta ocupação da Costa Rica.
O partido Acção Cidadã e a Frente Ampla lembram que o acordo bilateral assinado há 10 anos previa a entrada de barcos da guarda costeira, mas não vasos de guerra que têm a capacidade para confrontos militares e para a guerra.
O representante da Frente Ampla José María Villalta questiona as condições sob as quais foi garantida a permissão, uma vez que os militares dos EUA "gozarão de liberdade de movimentos e o direito de levar a cabo as "actividades" necessárias para cumprir a sua missão".
Aquele representante recorda ainda que os EUA aplicam na região uma “estratégia de completo domínio”, que inclui acções ofensivas tais como o golpe de estado nas Honduras e a instalação de bases militares na Colômbia.
Os deputados da oposição apresentarão um apelo no Tribunal Constitucional contra a autorização dada pelo governo já que a permissão de entrada de navios e aviões de guerra, helicópteros e marines pelo país adentro viola o acordo alcançado há uma década atrás.
Quem se está borrifando para o acordo são os EUA que lentamente e à sombra de um Nobel tomam conta novamente do seu quintal e procuram recuperar os terrenos perdidos nos últimos anos na América Latina. Como sempre a bem ou a mal...