São longos os braços do império
Parece valer tudo para calar de vez a Wikileaks, mas nunca me passaria pela cabeça que o serviço de pagamentos online "PayPal" desactivasse a conta através da qual a Wikileaks recebe doações.
O que é mesmo giro é o argumento: "esses fundos estavam a ser utilizados para actividades ilegais", sem no entanto ser capaz de explicitar quais.
Não conhecesse eu a verdadeira razão e diria que a minha alma está parva. É que é precisamente a PayPal que vive à custa de tanta actividade ilegal.
Tem milhões de contas utilizadas para toda espécie de crime. Droga, pirataria, negócios clandestinos. É a forma de pagamento mais utilizada a quem se dedica a actividades marginais. Nunca a PayPal questionou a origem e o destino do dinheiro transaccionado através dos seus serviços.
Depois de algumas operadoras de serviços de internet terem cedido às pressões do governo de Washington, já durante a semana a Amazon tinha retirado do seu serviço de alojamento a WikiLeaks e o nome de domínio Wikileaks.org também foi eliminado, surge agora esta pérola da PayPal...
Será que o The New York Times, o The Guardian, o Der Spiegel ou Le Monde que têm estado a divulgar os telegramas filtrados vão ser alvo de iguais medidas? Ou é em vão que se diz que tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta?...
Enquanto é tempo vou ler mais alguns documentos, quem sabe até colocar aqui algum que me desperte mais o interesse...