Estamos safos?
Andava eu para aqui preocupado com o rumo que o país leva, com a facada do IRS, a deitar contas à vida, corto aqui, corto ali e afinal a solução para estas preocupações foi-me servida através do jornal JN que a cara-metade fez questão de me lembrar que ainda não tinha lido.
Pego nele, folheio-o e eis que de repente à décima página tudo se tornou claro, afinal as coisas são simples nós é que por vezes as complicamos, luz ao fundo do túnel, Carlos Abreu Amorim.
Interroga-me ele "o que leva um professor em duas universidades, escre-vendo regularmente em três publicações de prestígio, comentando o estado do país na televisão, aceitar um convite para ser candidato a deputado (pelo PSD) nas próximas legislativas"?
Vaidade?! Foi única coisa que me veio à cabeça perante tão difícil pergunta. Qual quê, que nada! Porque Portugal nunca esteve tão doente, desde que Carlos Abreu Amorim se fez homem, ele assim o diz.
Daí ter aceitado o fardo de ser cabeça de lista por Viana do Castelo, se propor salvá-lo desta encruzilhada e levá-lo a bom caminho. Respirei de alívio.
Mas faltava-me um parágrafo, o último, onde Carlos Alberto Amorim deixa claro que "será fiel a si próprio na defesa dos que o elegerem". Aqui é que a porca torceu o rabo e lá me voltou o raio da preocupação.
Como se não bastasse conhecê-lo de ginjeira é certo e sabido que não será por mim que será eleito e que raio, já basta Fernando Nobre a querer transformar o Parlamento numa feira de vaidades.
Lá volto eu às contas outra vez...