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O tema não terminará tão cedo, espero eu, para bem dos prisioneiros ainda na posse das Farc e dos presos políticos nas prisões da Colombia.
À medida que o tempo passa as notícias vão saindo e novos episódios deste drama vão aparecendo nos jornais.
Não é minha intenção, para já, quedar-me em juízos de valor mas tão só dar a conhecer algumas das notícias que vão saindo por esse mundo fora sobre este acontecimento, prometendo no entanto aqui voltar ao tema.
Para que me não caia o carmo e a trindade em cima deixo claro que fiquei contente com a libertação destes reféns e que abomino os métodos das Farc. Mais contente ficaria se todos os reféns e todos os presos políticos daquele país fossem libertados e ao mesmo tempo encontrada uma solução política.
PARIS - Dois dias depois de ter sido libertada das Forças Armadas Revolucionárias da Colombia (Farc), a franco-colombiana Ingrid Betancourt chegou nesta sexta-feira a Paris, no meio da polémica sobre um possível pagamento de resgate à guerrilha.
A emissora pública Radio Suisse Normande (RSS), que citou uma fonte "fiável", afirmou que o governo da Colombia, com a ajuda dos Estados Unidos, pagou um resgate de 20 milhões de dólares a "Cesar" , chefe de uma das frentes da guerrilha e considerado como o "carcereiro" do sequestrados.
O periodista Frederich Blassel, da RSS, declarou à emissora colombiana La W que, segundo a sua fonte, a operação "foi uma montagem" do governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, e que os Estados Unidos patrocinaram o pagamento, dado que entre os reféns estavam os norte-americanos Keith Stansell, Marc Gosalves e Thomas Howes.
Segundo Blassel, os três norte-americanos trabalhavam para o FBI e foram cedidos à DEA (Departamento Americano Antidroga) para realizar um trabalho e daí o interesse dos Estados-Unidos em recuperar esses cidadãos era muito alto. E precisou que "o contacto com o comandante Cesar" estableceu-se através da sua noiva, que foi capturada há quatro meses pelo exército e só depois foi montada a operação.
- Devo a vida à França. Se a França não tivesse lutado por mim, não estaria fazendo esta viagem extraordinária - disse Ingrid no avião, depois de afirmar que, aos 46 anos, está em "plena forma física".
COPENHAGEN - As Forças Armadas Revolucionárias da Colómbia (Farc) libertaram na madrugada desta quinta-feira o biólogo norueguês Alf Onshuus Niño, que teriam sequestrado em janeiro deste ano, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Noruega. As autoridades norueguesas esclareceram que a libertação de Niño, que também tinha nacionalidade colombiana, não está relacionada com a operação de resgate da ex-candidata à Presidência da Colombia Ingrid Betancourt e outros 14 reféns que, na quarta-feira, foram retirados do poder da guerrilha pelo Exército colombiano.
A família do biólogo teria pago resgate à guerrilha colombiana. O ministério norueguês recusou-se, entretanto, a informar detalhes sobre a libertação. Niño foi sequestrado no dia 13 de janeiro, na zona rural de Nuqí, na costa do Oceano Pacífico. Ele estava com um grupo de cinco turistas. Quatro foram libertados em Março, entre eles a mulher de Nino, Ana Maria Aldana. O quinto, o estudante universitário Jorge Alejandro Torres, foi entregue pela guerrilha dois meses depois.
COLOMBIA - Marlene Orjuela, presidente da Associação Asfamipaz, que agrupa os familiares de militares e polícias retidos pelas Farc disse que se sentia muito alegre e emocionada, mas ao mesmo tempo sentia grande procupação por aquelesque ficaram nas mãos da guerrilha. "Se se houvera negociado um acordo humanitáro como vimos exigindo lá os teriamos todos em casa. La situação obriga-nos a seguir procurando esta forma para terminar este drama" indicou.
CUBA - "Civis nunca deveriam ser sequestrados, nem militares deveriam ser mantidos como prisioneiros nas condições da selva. Nenhum propósito revolucionário justifica isto."
"Observamos com preocupação como o imperialismo tenta explorar o ocorrido na Colombia para ocultar e justificar seus horrendos crimes de genocídio contra outros povos, desviar a atenção internacional de seus planos intervencionistas na Venezuela e na Bolívia", escreveu Fidel Castro.