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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

10
Dez08

Ironia

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Será ironia que seja agora a própria ONU a defender o aumento do petróleo? O enviado especial da ONU para as alterações climáticas lançou em Poznan a iniciativa para lutar contra o aquecimento global, defendendo um imposto flexível para que o barril de petróleo se fixe em 80 dólares, o que tornaria rentáveis as energias renováveis e portanto melhoraria a luta contra as alterações climáticas.

O boom das energias renováveis vê-se agora ameaçado pelo baixo preço do petróleo. Quem diria?...

Porque tem necessariamente uma coisa a ver com a outra? Continua-se a empurrar com a barriga o problema das alterações climáticas. Alguém pagará a factura e não haverá imposto que lhe valha... 

Importam-se de acender uma luzinha àqueles senhores reunidos em Poznan?

09
Dez08

Os cavalos também se abatem

salvoconduto

A actual recessão nos Estados-Unidos tem outras consequências para além das conhecidas normalmente pelo cidadão comum.

Confrontados pela crise económica, os americanos empobrecidos abandonam ou deixam morrer à fome os seus cavalos. É como uma epidemia que se propaga pelo país inteiro. As mesmas cenas lúgubres repetem-se: os animais emagrecidos ao extremo erram sem rumo por pastagens tornadas estéreis pela seca.

Não podendo mais alimentá-los nem pagar os cuidados veterinários, os seus proprietários abandonam-os longe de casa ou deixam-nos apodrecer nos estábulos. Alguns sucumbem à fome, outros são socorridos por organizações de defesa do animal ou por particulares.

As razões dessa tragédia são múltiplas, mas estão sempre ligadas a uma economia em recessão a que acresce o encerramento de matadouros especializados que "tratavam" de 100.000 cavalos por ano, motivado pela decisão de vários tribunais de interditar o abate de cavalos destinados ao consumo humano.

Na ausência desses matadouros numerosos cavalos idosos ou doentes, que seriam normalmente enviados para abate, as pessoas deixam-nos apodrecer.

E são precisamente os militantes da causa animal que consegui-ram o encerramento dos matadouros que agora lhes viram as costas. Talvez merecessem que os seus jardins fossem pejados de cavalos a morrer de fome e se dessem conta do absurdo de levarem longe demais as suas "nobres" posições. Ironia triste.

Mas não ficamos por aqui. Alguns cavalos são supliciados por famílias em desespero, vítimas da crise hipotecária ou desemprego, como se fossem os culpados da crise, embora sendo certo que não podem continuar a alimentar os seus animais. Alimentar um cavalo custa actualmente entre 200 e 400 dólares mensais.

E também é certo que dois milhões de americanos possuem hoje cerca de nove milhões de cavalos. No meio rural, é considerado um animal doméstico e daí a dimensão desta tragédia, a que o poder assiste impávido e preocupado com outros "valores". Os cavalos, esses, sofrem e morrem sem o auxílio de uma "mão misericor-diosa". É o "Californian Dream"...

08
Dez08

O homem bem tentou mas já não foi a tempo...

salvoconduto

No post anterior dei conta da intenção de Berlusconi de apresentar no próximo G-8 uma proposta no sentido de regular a Internet e percebe-se porquê. A mesma teria dado um jeitão se já estivesse em vigor. Não saberíamos pela certa desta história que lançou alguns engulhos no seio da equipa de Barak Obama.

O próximo director de Discursos da Casa Branca, Jon Favreau, mantinha, como muitas pessoas, uma série de fotografias na sua página facebook. Depois de ter sido anunciada a sua nomeação para a nova equipa de Obama, Favreau começou apressadamente a retirá-las para deixar apenas uma para o seu perfil. Azar, já era demasiado tarde...

Durante algumas horas esteve no ar uma foto de uma festa recente na qual se vê o novo director, de 27 anos, dançando com uma silhueta de tamanho natural da ex-rival de Obama nas primárias e futura Secretária de Estado, Hillary Clinton. Numa segunda foto, um amigo oferece uma cerveja aos lábios de Hillary, enquanto Favreau "apalpa" uma das mamas da figura da ex-primeira dama.

Um porta-voz da equipa de transição de Obama indicou que o Director de Discursos pediu desculpas à senadora.

Favreau não é o primeiro funcionário ao qual a Internet prega uma partida. Em Março passado, a equipa de campanha do candidato republicano John McCain suspendeu um seu colaborador, Soren Dayton, por difundir na Internet um vídeo com as frases mais "incendiárias" de Jeremiah Wright, o ex-conselheiro espiritual de Obama.

O homem bem tentou mas já não foi a tempo...A internet tem esta virtude, que alguém tenta amordaçar.

Que raio, seja por paródia, seja por necessidade, o homem não podia ir apalpar outros seios?

Isto é que vai aqui uma açorda...

06
Dez08

Berlusconi quer "regular" a internet

salvoconduto

 

 

Na próxima cimeira do G-8, que terá lugar na ilha italiana de La Maddalena, em 2009, a Itália levará a proposta de "regulamentar" a Internet no mundo.

Segundo Berlusconi a Internet precisa urgentemente de regulamentação e por isso assegurou que na próxima reunião do G-8 para além dos assuntos relativos à crise dos mercados globais abordará a regulação da Internet em termos internacionais, por ser uma das tarefas prioritárias para o mundo.

Berlusconi defendeu que o local ideal para regular a Internet é o G-8 e não a ONU, onde há uma "multitude" de países. O raciocínio de Berlusconi é simples: cozinhamos a regulamentação entre nós e depois impomo-la ao resto do mundo.

Berlusconi olha para o mundo à semelhança Itália e crê que este acatará a "sua" regulamentação" se for ditada pelo G-8, mas é bom que não se iluda, os povos e as gentes já se habituaram a este espaço de liberdade e dificilmente abrirão mão dele.

05
Dez08

Responsável pela crise

salvoconduto

Não dêem voltas à cabeça a tentar encontrar as razões da crise, afinal é fácil! A crise financeira que fustiga o planeta não é culpa das hipotecas-tóxicas, nem das sub-primes, nem das terríveis contradições internas do sistema capitalista, nem da especulação feroz, nem da bolha imobiliária, nem dos governos... Por muito que os analistas se empenhem a assinalar com o dedo acusador a todos esses factores, na Itália descobriram que a verdadeira causa do crack é outra, muito distinta. O artífice do desastre é a cor roxa, tão em moda esta temporada e que no país transalpino é considerado como uma tonalidade funesta que atrai inexoravel-mente má sorte.

Não há um único teatro no país de Dante em que os actores se atrevam a subir à cena vestidos dessa cor, a que os agoirentos atribuem a capacidade de atrair os piores esconjuros. A presumível capacidade maléfica do lilás tem a sua origem em que é a cor dos paramentos religiosos utilizados nos rituais religiosas da Quaresma, período durante o qual na Idade Média estavam proibidas as representações teatrais.

Mas essa velha superstição continua muito actual em Itália, um país que crê a pés juntos nessas crenças. Aí está por exemplo Francesco Rutelli, ex vice-presidente do governo italiano, ex-ministro da Cultura, ex-alcaide de Roma e na actualidade senador e presidente da comissão parlamentar da Segurança. Rutelli não só está convencido de que o roxo é uma cor aziaga como não duvida de assinalá-la como a responsável pela crise. "Na sua opinião a moda deste ano, repleta de roxo, condicionou o mercado mundial", confessa a sua mulher, a jornalista Barbara Palombelli, em declarações ao semanário 'Chi', a propósito do marido.

Mas o ex-primeiro edil de Roma não é o único italiano que atribui ao roxo a capacidade de atrair o mal. Michele Guardi, um conhecido director de televisão, sente um medo tão reverencial ante o roxo que o proibiu em todas as suas transmissões. Há alguns dias, por exemplo, obrigou uma convidada a um dos seus programas a tirar o vestido roxo que levava e vestir outro.

E andava para aqui eu a acusar terceiros pela crise, a colocar culpas sobre insuspeitos sistemas e pessoas. Vou ter que me retratar...

04
Dez08

O outro lado do Vaticano

salvoconduto

Um tribunal de apelação norte-americano declarou que o Vaticano pode ser imputado nos casos que correm contra os padres católicos acusados de pedofilia. Assim o estableceu a juíz Julia Smith Gibbons ao discutir um caso de três vítimas de Kentucky.

O Vaticano tinha tentado opor-se a uma acção colectiva, em que era acusado de ter orquestrado uma ocultação a grande escala dos abusos sexuais cometidos pelos clérigos. Para isso aduziu que estava protegido pela legislação que concede imunidade aos Estados imersos em processos civis.

Desde 2007, a Igreja católica dos Estados Unidos já pagou 615 milhões de dólares para evitar juízos ou condenações pelos abusos dos sacerdotes.

Já é tempo de os tribunais rejeitarem acordos prévios e pronun-ciarem definitivamente o Vaticano. Talvez assim este deixe de se preocupar com os homossexuais, com o preservativo ou com a nova América Latina e se volte para este flagelo.

03
Dez08

O Vaticano continua a viver nas sombras do passado

salvoconduto

O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, monsenhor Celestino Migliore, opõe-se ao projecto que a França, como presidente actual da União Europeia, apresentará ante a ONU para promover a despenalização universal da homossexualidade.

Monsenhor Migliore afirmou que a proposta francesa poderá criar discriminações para com os Estados que não reconheçam as uniões homossexuais e que serão "submetidos a pressões".

Segundo Migliore, "tudo aquilo que favorece o respeito e a tutela das pessoas forma parte do nosso património humano e espiritual", o catecismo da Igreja Católica assim o diz, e não é de hoje".

Até a conservadora Itália se demarca desta posição. O ministério italiano dos Assuntos Exteriores rejeitou a postura do Vaticano e confirmou que a Itália, de igual forma que os outros 26 países comunitários, apoia a proposta de despenalização universal da homossexualidade no mundo.

É pena que o Vaticano, ao mesmo tempo que rejeita o projecto, tente mistificar o assunto uma vez que as uniões homossexuais nada têm a ver com o projecto em causa, embora se perceba o raciocínio enviezado, isto é, se os homossexuais fossem banidos da face da terra não haveria casamentos entre os mesmos, branco é...

É caso para dizer que o Vaticano continua igual a si próprio...

02
Dez08

A imprensa europeia

salvoconduto

A imprensa europeia é um encanto! A propósito da baixa do petróleo quais são as suas manifestações? Regojizo porque a gasolina vai baixar? Não. Regojizo porque a electricidade vai baixar? Não. Porque os transportes vão baixar? Também não!

Regojizam-se apenas porque a Venezuela e os demais países da América Latina, produtores de petróleo, disporão de menos verbas para aplicar nas suas políticas sociais! Isto não lembra ao diabo...

Não digam que eu estou a inventar, leiam o Le Monde ou o El País e outros jornais por essa  Europa  fora e ficarão esclarecidos...

Estão à espera que a gasolina baixe? Desiludam-se, mas não desanimem, têm motivos para celebrar, o mal dos outros. Era o que faltava, os pobre tirarem dividendos do petróleo!

01
Dez08

Proposta de Berlusconi contra a crise

salvoconduto

O executivo de Silvio Berlusconi aplicará um imposto específico sobre todos os materiais e expressões artísticas relacionadas com a pornografia, para fazer frente à crise económica.

A taxa que as autoridades italianas aplicarão sobre a pornografia será de 25%, taxa que se inclui dentro do pacote de medidas anti-crise, anunciado sexta-feira após o Conselho de Ministros italiano.

No artigo 31 do plano anti-crise do governo Berlusconi define-se o que se entende por pornografia, embora o executivo deva aprovar um decreto nos próximos dois meses no qual se dêem todos os detalhes e se estabeleçam as categorias para diferenciar o que é sexualmente explícito do que não é.

O sector da pornografia, que acusou esta medida de moralista, já deu a entender que não sortirá grande efeito uma vez que actualmente o maior mercado da pornografia se centra na Internet.

Sorte a dos italianos por terem um primeiro-ministro assim. Estão safos da crise. Não haverá recessão que lhes toque.

Acho que seria um ideia a seguir por José Sócrates, já viram a pornografia que vai do BPN, no BPP e no resto da banca, já viram aquilo tudo taxado?

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