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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

21
Jan09

Pato bravo

salvoconduto

Vocês que já me vão conhecendo, sabem que eu sou um pouco desconfiado. Coisa de nascença, que apesar dos esforços das minhas duas avozinhas e da minha santa mãezinha nunca consegui superar.

Este trauma tem-me acompanhado toda a vida e ainda mais me tem atormentado nos últimos dias, o que não é segredo, porque vocês têm sido testemunhas que aqui tenho deixado perpassar alguma desconfiança quanto ao novo inquilino da Casa Branca, pelo facto de ter anunciado que irá governar ao centro-direita, coisa a que eu não sou muito dado.

Neste raio de desconfiança, neste raio de incerteza, eis que os deuses me sossegaram e me deram a conhecer a intenção de Sócrates colaborar com Obama e de juntos enfrentarem os desafios com que todos estamos confrontados.

Mas assim está bem, assim já fico sossegado e não preciso de desconfiar de Obama, porque sei que ele terá sempre ao lado uma mão para o ajudar e reencaminhar. Logo hoje que estava desanimado por não ter sido convidado para o almoço no Capitólio. Logo eu que gosto de patos bravos. Não sabiam? Foi um dos pratos ali servidos.

Já ganhei o dia!

 

Para os desconfiados como eu aqui vai a notícia da Lusa:

"Hoje, é verdadeiramente um dia memorável na história do seu magnífico país. Permita-me que o saúde calorosamente em meu nome e em nome do povo português pela sua tomada de posse como 44º Presidente dos Estados Unidos da América", escreve Sócrates na sua mensagem.

José Sócrates desejou "todos os sucessos" e sublinhou que Barack Obama poderá contar "com uma cooperação total" do Governo português.

"Da parte do meu Governo pode contar com uma firme vontade de trabalhar em conjunto com os Estados Unidos da América e enfrentar os desafios com que hoje estamos confrontados", acrescenta o primeiro-ministro português.

José Sócrates expressou ainda o seu desejo de se encontrar em breve com o novo Chefe de Estado norte-americano."

20
Jan09

Mais um país que se apresta para mudar

salvoconduto

A Frente Farabundo Marti para a Libertação Nacional (FMLN), a antiga guerrilha de El Salvador, ganha de momento vantagem nas eleições legislativas realizadas deste domingo, segundo os primeiros resultados divulgados pelo Supremo Tribunal Eleitoral.

Segundo os últimos dados conhecidos a FMLN arrecadou até ao momento 319.537 votos e a ARENA o partido de direita ano poder 298.579. Com 3.214 mesas escrutinadas em todo o país a FMLN obtém 43,3% e a ARENA 37,7%.

Ao que parece, a FMLN perfila-se como vencedora das eleições legislativas, consideradas como a primeira volta das presidenciais do próximo dia 15 de Março, nas quais a FMLN aspira conquistar pela primeira vez o mais alto cargo político do país, nas mãos da direita, ARENA, desde 1989.

Os observadores internacionais oficialmente registados, cerca de 225, entre membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia e outros organismos independentes, corroboraram o normal funcionamento das eleições em condições suficientes para que sejam representativas.

Desde a assinatura dos acordos de paz em 1992, que puseram fim a uma guerra civil que causou mais de 70.000 mortos e em que as FMLN foram legalizadas como partido político, é a primeira vez que coincidem num mesmo ano as eleições locais, legislativas e presidenciais, daí a importância das eleições de domingo.

Muito lentamente o mapa político da América Central parece querer mudar, exemplos não lhe faltam a Sul. A questão que se coloca é a dificuldade da direita, que normalmente não aceita resultados que não a satisfaça, isto se acreditarmos que o senhor que toma hoje posse não faça como o anterior e meta uma vez mais aqui o bedelho...

19
Jan09

Bye bye George

salvoconduto

 

Porque prevejo que amanhã a Internet possa ficar entupida com tanta gente a querer dar um "abraço" de despedida a George Bush, à cautela, aqui dele me despeço: Bye George!

Deixemo-nos de tretas, com a saída de Bush o desemprego aumentará. Já viram a quantidade de cartoonistas que vão deixar de ter ali um filão? Até o meu blogue se vai ressentir...

Bye George, bye! A história nunca te absolverá.

18
Jan09

A dor de um pai palestiniano, em directo na televisão israelita

salvoconduto

Esta será talvez a imagem mais marcante desta guerra, a mais desumana e a mais humana também: nesta cena, em directo na televisão israelita, ao telefone, um médico palestiniano grita a sua dor porque as suas filhas acabam de ser mortas por um obus israelita.

 

 

No Fígaro, Delphine Menoui reconta a história:

"Izz el-Deen Aboul Aish é um médico conhecido dos espectadores israelitas. Este ginecologista palestiniano, que fala perfeitamente o hebreu, exerce alternadamente a medicina num hospital de Telavive e na Faixa de Gaza, onde vive a sua família. Aquando no início dos bombardeamentos encontrava-se em Gaza. Porque o  acesso dos jornalistas está estreitamente controlado, foi solicitado pelos media israelitas para testemunhar as condições de vida no local".

 

Mas quando o telefone o chamou, sexta-feira, em hora de grande audiência, não foi mais o testemunho que estava em linha, mas um pai despedaçado pela dor da morte das suas filhas, e que implora a Deus. O jornalista deixa-o falar, tenta acalmá-lo, prometendo-lhe uma ambulância (que chegou demasiado tarde), e, visivelmente chocado, emudecido, prefere deixar o painel com o telemóvel ainda ligado, a interromper a corrente de soluços daquele homem.

Não são muitas as vezes que um país pode assistir assim ao impacto humano das suas próprias armas, das suas acções sobre o "outro" campo, de maneira humana e não a fria estatística. Pode não ter alterado as escolhas políticas, mas os israelitas não esquecerão facilmente Izz el-Deen Aboul Aish e as suas lágrimas.

 

Nota: o vídeo tem legendas em inglês, se não aparecerem, para activá-las, depois de o vídeo se iniar, clique no pequeno triângulo situado na parte inferior direita, clique em "CC" e depois em "turn on captions"

 

Fonte: Rue89

17
Jan09

Por que não acaba o conflito no Congo

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A organização South Africa Resource Watch (SARW) publicou e entregou no Conselho de Segurança das Nações Unidas um relatório e uma lista de 22 empresas, fundamentalmente norte americanas, alemãs, belgas, britânicas e chinesas que beneficiam da ausência de Estado para se aproveitarem do subsolo congolês.

O relatório, levanta o véu que oculta estas dezenas de empresas que beneficiam do comércio ilegal do coltão, uma mistura de tântalo e columbite utilizado na fabricação dos telemóveis e das consolas de jogos.

Esta actividade, muito rentável para os rebeldes e os grupos armados que controlam a região, exercida à margem da lei, desestabiliza desde há uma dezena de anos o leste da República do Congo, alimenta a guerra e cria os mais ferozes sanguinários de que Laurent Nkunda é um exemplo. Pode ver aqui quem é Laurent Nkunda.

Entre as empresas incluídas na lista figuram as norte americanas Cabot Corporation, Kemet Electronics, Speciality Metals Company, Trinitechinternational Inc. e a Vishay Sprague (Israelo-norte americana), as britânicas Afrimex, Amalgamated Metal Corp. e Euromet, as belgas Cogecom, Sogem e Trademet, as alemãss H.C. Starck GmbH & Co e SLC Germany GmbH e as chinesas Ningxia Non Ferrous Metals e Pacific Ores Metals (esta com sede em Hong Kong).

Como é que pode acabar aquele conflito com esta gente toda a contribuir para a guerra? Bom fim de semana que eu tenho uma chamada no telemóvel...

16
Jan09

Veneno, peçonha e outras gentilezas

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D. José Policarpo arremete contra os infiéis ao mesmo tempo que, perseguido por fantasmas, se refugia no armário pejado de esqueletos e demónios.

Para uma igreja que reserva para a mulher o papel de animal reprodutor, que persegue a homossexualidade, onde abundam os casos de pedofilia, que a sua cúpula tudo tem feito para esconder, quando o mundo assiste a uma vergonhosa guerra que também tem contornos religiosos, impunha-se que este seu alto dignitário olhasse mais para dentro, condenasse os seus excessos, não ateasse a fogueira e não se metesse em mais uma guerra santa.

Que diria se as crianças do mundo fossem aconselhadas a não frequentar a igreja, pelo perigo que poderiam correr ao entrar numa qualquer capela dirigida por um pedófilo?

 

Actualização:

 

Já depois de escrever este post fui confrontado com a notícia de que na segunda feira passada elementos da Polícia Ministerial de Veracruz, México, detiveram um sacerdote católico acusado de ter cometido abusos sexuais contra menores de um orfanato.

Uma freira, cúmplice e a troco de 500 pesos sacava as crianças do orfanato e enviava-os à casa do padre, que abusava sexualmente delas.

Segundo o relato de vários menores, quando contavam o sucedido eram castigados no orfanato e eram obrigados a comer chilli ou comida estragada, a estar ajoelhados no pátio durante quatro horas ao sol ou em cima de tampas de refrigerante e a dormir com cães toda a noite ou ao relento. Pode ler a notícia aqui.

Por certo, sobre isto, D. José Policarpo não tem conselhos a dar…

 

Nota: desta actualização dei conta aos que até agora comentaram.

15
Jan09

Outra face da guerra de que ninguém fala

salvoconduto

Para lá das manchetes do conflito do Médio Oriente, há uma batalha pelo controlo dos parcos recursos hídricos na região. há uma realidade histórica de guerras pela água, ninguém se deve esquecer que foram as tensões sobre as fontes do Rio Jordão, localizadas nos Montes Golã, que precederam a Guerra dos Seis Dias.

Na guerra de Israel em Gaza, porque não fala sobre a água, um dos pontos principais nos conflitos no Médio Oriente, uma região aonde água vale mais do que petróleo? Porque nos passam sempre a ideia de que ali as guerras ocorrem por causa e de uns quantos rockets ou por causa das reservas de petróleo?

E a conquista das reservas de água? Já Adnan Badran, vice-diretor geral da UNESCO, Em 1997, afirmava que "a água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo".

Não é por acaso que Israel, com sérios problemas com recursos hídricos, não larga mão do controlo dos suprimentos de água tanto seus como da Palestina. Não é por acaso que para além de restringir o uso da água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controlo deste recurso natural.

Israel tornou-se "dono":

- das águas superficiais: bacia do rio Jordão (incluindo o alto Jordão e seus afluentes), o mar da Galileia, o rio Yarmuk e o baixo Jordão;

- das águas subterrâneas: 2 grandes sistemas de aquíferos: o aquífero da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, apenas com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aquífero de Basin e o aquífero Costeiro que se estende por quase toda faixa litoral israelita até Gaza.

Tais águas são 'transfronteiriças', recursos naturais compartilha-dos. Há regras internacionais para o uso dessas águas. Algumas destas obrigam Israel a fornecer água potável aos palestinianos. Mas Israel não compartilha a água; afinal, tais regras interna-cionais não prevêem mecanismos de coação ou coerção; é letra morta para Israel. Como se pode acreditar no Tribunal Internacional de Justiça se, até hoje, condenou apenas um caso relacionado com águas internacionais?

A estratégia de Israel é outra. Em 1990, o jornal Jerusalém Post publicou que "é difícil conceber qualquer solução política consistente com a sobrevivência de Israel que não envolva o completo e contínuo controlo israelita da água" . Palavras do ministro da agricultura israelita sobre a necessidade de Israel controlar o uso dos recursos hídricos da Cisjordânia através da ocupação daquele território.

E na Guerra pela água vale tudo: os israelitas bombardeiam tanques de água, grandes ou pequenos (muitas vezes construídos nos telhados das casas), confiscam as bombas de água, destroem poços, proíbem que explorem novos poços e novas fontes de água (a Cisjordânia, em 2003, contava com cerca de 250 fontes ilegais e a Faixa de Gaza, com mais de 2 mil). Israel irriga 50% das terras cultivadas, mas a agricultura na Palestina exige prévia autorização de Israel.

Deitar a mão à água é coisa antiga. Britânicos e franceses no Médio Oriente definiram as fronteiras (em especial da Palestina) de olho nas águas da bacia do rio Jordão.

- em 1967, Israel anexou os territórios palestinianos de Gaza e Cisjordânia e tomou da Síria os Montes Golã, ricos em fontes de água, para controlar os afluentes do Rio Jordão.

- em 2002, a construção do 'muro de segurança' viabilizou o controlo israelita da quase totalidade do aquífero de Basin, um dos três maiores da Cisjordânia, que fornece 362 milhões de metros cúbicos de água por ano. Segundo Noam Chomsky, "o Muro já abarcou algumas das terras mais férteis do lado oriental. E, o que é crucial, estende o controlo de Israel sobre recursos hídrico críticos, dos quais Israel e seus colonatos podem apropriar-se como bem entenderem."

- antes de devolver (simbolicamente) a Faixa de Gaza, Israel destruiu os recursos hídricos da região. E, até hoje, não há infra-estrutura hídrica nas regiões palestinianas.

Quantos falam a respeito disto? Porque se silencia este lado oculto desta guerra? Tenho quase a certeza de que outro dos dramas desta invasão de Gaza será a falta e a contaminação da água.

 

Fontes: Extraído parcialmente de Agência Carta Maior e The Guardian

14
Jan09

Mera distracção

salvoconduto

Bernard Madoff (a "Dª. Branca" dos EUA) e a mulher, Ruth, tentaram 'salvar' jóias, relógios e outros bens de luxo para evitar que fossem fazer parte das indemnizações das suas vítimas, mas falharam o intento. O responsável pela maior burla da história, em liberdade depois de pagar uma fiança de 10 milhões de dólares, mandou estes objectos para familiares e amigos apesar de os seus activos estarem congelados, o que obrigou a procuradoria de Nova Iorque a pedir a sua prisão. Como gente desta não se junta com o comum dos mortais ficou apenas em prisão domiciliária.

Madoff alega que "simplesmente não se deu conta" de que ao enviar por correio bens pessoais valiosos endereçados a familiares e amigos violava as condições da fiança...

Um dos pacotes enviados por Madoff continha 13 relógios, um colar de diamantes e outros objectos avaliados em mais de um milhão de dólares. Mas afinal não era a única encomenda: outros continham dois relógios de diamantes da Cartier e Tiffany, quatro broches e uma bracelete de diamantes, outro relógio de ouro e um colar de jade.

Os destinatários destas encomendas foram o irmão de Madoff, um dos seus filhos, a mulher deste e um casal nova-iorquino que se encontra de férias na Florida e que não foi identificado.

Como se sabe Madoff foi detido no passado dia 11 de Dezembro por ter criado um gigantesco esquema que defraudou "incautos" cidadãos em cerca de 50.000 milhões de dólares, apenas por mera distracção.

E também por distracção e por "simplesmente não se dar conta" tinha 173 milhões de dólares em cheques assinados no seu escritório que estavam preparados para ser enviados para amigos e familiares aquando da sua detenção. Com tudo isto o juiz considera apenas ser necessária a prisão domiciliária...

Cá na terrinha também não deixamos os créditos por mãos alheias e também temos o nosso Maddof, Oliveira e Costa, que ontem chamado a uma comissão parlamentar se recusou a falar. Também ele fez pela vida, divorciou-se, passou a fortuna para o nome da ex-mulher e por mera distracção levava hoje a aliança de casado no dedo. Estão a ver porque eu digo que lêem todos pela mesma cartilha?

13
Jan09

Na Colômbia enterram-se os mortos

salvoconduto

 

 

Era minha intenção vir aqui hoje falar sobre mais um dos escândalos protagonizados no nosso cantinho que é Portugal. É óbvio que já sabem que me estou a referir a mais uma promoção de Armando Vara. Estaria em condições privilegiadas para o fazer, de tal modo conheço a vida interna daquele banco. Por certo estaria agora aqui a manifestar o meu escândalo pelo facto de se premiar alguém que bate com a porta e vai trabalhar para a concorrência ou pelo facto de Faria de Oliveira estar a lamber a mão de quem o nomeou para presidente da Caixa, mas passam-se coisas no mundo bem mais importantes e a que dedico especial atenção, como é o caso da América Latina, de tal maneira que não poderia deixar de dar conta do que se passa na Colômbia e de ali finalmente estarem a enterrar os seus mortos.

 

Cinco famílias de Barrancabermeja, porto petroleiro sobre o rio Magdalenano, no centro da Colômbia, poderão enterrar finalmente os familiares assassinados pelos paramilitares em Maio de 1998.

São os primeiros cinco, dos 140 cadáveres, que a Procuradoria entregará neste início de ano, em distintos pontos do país, vítimas destes grupos de extrema-direita que semearam o terror durante duas décadas. A primeira cerimónia de entrega foi este este fim de semana, numa povoação perto de Bogotá; os restos são de três indígenas.

A Procuradoria da Colômbia tenta encontrar e identificar os 30.000 desaparecidos que se crê que haja na Colômbia.  Já se encontraram mais de 1.500 cadáveres em valas comuns, dos quais se conseguiram identificar apenas 450.

Na matança de Barrancabermeja morreram 25 pessoas. De forma brutal os paramilitares entraram neste porto, influenciado durante anos pela guerrilha. Entraram pelas barracas dentro e levaram as vítimas em camiões, a maioria jovens, que foram os primeiros de uma interminável lista de crimes. Dezenas de famílias daquela povoação continuam à espera de um corpo para encerrar a sua dor.

Neste momento há 400 corpos que serão submetidos a provas de ADN, mas há outros 800 de que nada se sabe. Para aclarar a história do horror que escondem, a procuradoria está a visitar as regiões mais golpeadas pela violência, contacta com os afectados e exibe objectos pessoais encontrados nas valas. Desta forma já conseguiram identificar diversos corpos.

Muitas das valas comuns foram encontradas graças às confissões de para-militares, que com o seu testemunho procuram beneficiar de reduções de penas, a condenação máxima é de oito anos. Mas enquanto muitos dão a localização precisa das valas alguns dos seus chefes trasladam os corpos para destruir as provas dos seus crimes.

Alguns paramilitares confessaram, sem assomo de vergonha, que mataram milhares de pessoas. Estas confissões livres destaparam uma verdadeira história de horror. Tanta quantidade de actos violentos e uma sociedade cúmplice; ninguém reagiu, não houve uma resposta oportuna para enfrentar a chacina.

Os paramilitares, com a desculpa de defender-se da guerrilha, converteram-se numa verdadeira máquina de morte: assassinaram milhares de camponeses e líderes sociais e sindicais, deslocaram-nos e apropriaram-se das melhores terras do país. Muitas quintas usadas para assassinar e fazer desaparecer todo aquele que consideravam próximo ao comunismo, foram convertidas em cemitérios clandestinos. Há cadáveres que jamais serão encontrados porque foram lançados aos rios, para ocultar os rastos.

Alguns dos grandes chefes desta macabra organização estão hoje nos Estados Unidos "supostamente acusados" de narcotráfico, outros continuam a encabeçar grupos de paramilitares com a conivência de Uríbe que vai ser hoje condecorado por Bush com a medalha presidencial da liberdade...

12
Jan09

Mais um a asnear

salvoconduto

 

 

José María Aznar considera a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos como "um exotismo histórico" e "um previsível desastre económico", ao mesmo tempo que afirma que Bush é um "grande estadista" que está a viver na sua despedida "a hora da ingratidão".

"Os grandes povos são sempre desagradecidos. Ele está a viver esse momento, mas será recordado como um grande estadista", afirmou Aznar numa entrevista concedida à revista Vanity Fair.

Assinalou ainda que Sarah Palin é uma mulher que pode ter "um grande futuro político" porque possui "sólidas convicções".

Como não podia deixar de ser exaltou também a figura do seu homólogo britânico Tony Blair, alguém "carismático" e a quem é difícil susbtituir.

Para além do comentário de cunho marcadamente racista, Aznar, que sempre defendeu o modelo económico de Bush, esquece-se que foi precisamente esse modelo que conduziu os EUA ao desastre e cometeu outro erro imperdoável não se lembrar do quarto elemento do "bando", Durão Barroso. A minha alma lusa fica de rastos...

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