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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

10
Jan09

Mais sádico não se pode ser

salvoconduto

 

As atrocidades que Israel está a cometer na Faixa de Gaza parecem não se resumir a bloquear o acesso da ajuda sanitária aos civis, tal como denunciava ontem o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Em 4 de Janeiro soldados de infantaria israelitas evacuaram 110 palestinianos, metade deles crianças, para um imóvel em Zaitun advertiram-nos para permanecerem lá dentro.

Vinte e quatro horas mais tarde, as forças israelitas bombardearam repetidamente o imóvel, matando a aproximadamente trinta pessoas que se alojavam nele.

Até na matança há requinte.. 

 

Actualização:

Num comunicado sem precedentes, a Cruz Vermelha rompe a neutralidade e acusa Israel por não cumprir a Convenção de Genebra, ao impedir que durante quatro dias as suas ambulâncias entrassem num bairro bombardeado para auxiliar os feridos. Entre eles, segundo a Cruz Vermelha, havia quatro crianças desidratadas e extrema-mente débeis junto ao cadáver da mãe.

No comunicado, a Cruz Vermelha acrescenta que no mesmo edifício encontraram um homem com vida incapaz de se mover. No total havia doze pessoas mortas nas próprias camas.

Noutra casa, as equipas de resgate encontraram 15 sobreviventes, vários deles feridos com gravidade. Os soldados israelitas montaram uma barreira a 80 metros da zona e ordenaram aos médicos para saírem dali, coisa que recusaram, assim consta do comunicado.

Eu sei que há quem não goste de ler estas coisas, há até quem as prefira ignorar. Pior é quem delas tem conhecimento e se cala...

09
Jan09

Se os olhos não vêem o coração não sente

salvoconduto

 Aqui vos deixo uma selecção de fotos de 2008, cujos artigos acompanhei.

 

David e Golias: Um barco insuflável do Greenpeace manobra entre dois navios pertencentes a empresas de caça da baleia japonesas tentando impedir um reabastecimento de combustível.

 

O lado oculto do verde: Um trabalhador imigrante chinês caminha sobre um mar sem fim de garrafas de plástico num centro de reciclagem de Pequim.

 

Nada a perder: Uma mulher sem-terra no Brasil resiste à força da polícia que pretende expulsá-la e a outros 200 membros do movimento dos Sem-Terra de um pedaço de propriedade privada na Amazónia. As suas forças não se comparam ao gás lacrimogéneo e cães treinados da polícia.

 

Renegado: Um homem ferido confronta os soldados que disparam três rockets para sua casa. O homem é da ilha de Anjouan nas Comores. Os soldados são das Comores e Tanzânia, sob mandato da União Africana. Os confrontos são originados pela tentativa de controlo das ilhas por Mohamed Bacar, um líder renegado que se proclamou a ele próprio líder da nação.

 

Cepticismo: Uma criança Iraquiana olha com desconfiança quando é abordado por um soldado dos Estados-Unidos no Iraque.

 

Vida dura: Um mineiro extrai enxofre de uma cratera vulcânica em Kawah Ijen em Java. O enxofre é utilizado em refinarias de açúcar, cosméticos, medicamentos e explosivos.

 

Protestos: Granadas de gás chovem sobre manifestantes na localidade de Bilin na Cisjordânia perto de Ramallah, protestando contra a construção de um muro por Israel.

 

Seca: Um aldeão sobre terra ressequida por meses de seca na Ilha de Java, na esperança de encontrar água.

 

Mar das lamentações: Milhares de judeus ortodoxos israelitas em Jerusalém no funeral de Arieh Levish Teitelbaum, uma das seis vítimas israelitas do ataque terrorista de Bombaim que causou 170 mortos.

 

Vítimas da seca na Indonésia: Crianças tomam banho em água poluída em Jakarta. 

08
Jan09

Blair e Bush dividem os U2 e não só...

salvoconduto

O baterista do U2, Larry Mullen Jr, fez críticas esta semana ao ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, qualificando-o de criminoso de guerra e mostrando insatisfação pelo apoio que Blair recebe de Vox Bono, o vocalista da banda.

De acordo com a revista inglesa "Q", Muller mostrou-se descontente com o contacto mantido por Bono com o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair.

"Eu acho que Tony Blair é um criminoso de guerra e que ele deveria ser julgado como um criminoso. Não gosto de ver Blair e Bono como colegas", afirmou o músico, que ainda demonstrou ironia ao comentar a relação de Bono com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

"George Bush tem sido generoso com a causa (de Bono)... a diferença entre ele e Tony Blair é que Blair é inteligente. Portanto ele não tem desculpa para o que fez", disse. "Já George Bush poderia encontrar algumas desculpas para o seu comportamento", concluiu.

O que o baterista ainda não sabia é que Blair vai ser condecorado por Bush, que lhe vai outorgar a Medalha Presidencial da Liberdade, lado a lado com Uríbe, o tal que consta das listas norte americanas como estando ligado ao narcotráfico na Colômbia, em cerimónia a decorrer no próximo dia 13.

Espanta-me, a não ser por manifesta falta de tempo, que Bush não tenha incluído, na lista das personalidades a condecorar, Olmert, Lvini e Barak que, entre outras coisas, mandaram bombardear duas escola que estava sob os auspício da ONU na Faixa de Gaza!

A medalha é concedida a Blair pelo apoio concedido aquando da guerra do Iraque. Quanto a mim Bush também está a ser ingrato ao esquecer-se de Barroso e Aznar...

 

Ao falar da Faixa de Gaz e de Tony Blair não posso deixar de transcrever, em baixo, parte de um artigo de opinião de Fernando Nobre ex-administrador dos Médicos Sem Fronteiras e actual presidente da AMI, Assistência Médica Internacional, que pode ler na íntegra aqui.

 

 

"...Hoje Gaza, com metade a um terço da superfície do Algarve e um milhão e meio de habitantes, é uma enorme prisão. Honra seja feita aos “heróis” que bombardeiam com meios ultra-sofisticados uma prisão praticamente desarmada (onde estão os aviões e tanques palestinianos?) e sem fuga possível, à semelhança do que faziam os nazis com os judeus fechados no Gueto de Varsóvia!

Como pode um povo que tanto sofreu, o judeu do qual temos todos pelo menos uma gota de sangue (eu tenho um antepassado Jeremias!), estar a fazer o mesmo a um outro povo semita seu irmão? O governo israelita, por conveniências políticas diversas (eleições em breve...), é hoje de facto o governo mais anti-semita à superfície da terra!

Onde andam o Sr. Blair, o fantasma do Quarteto Mudo, o Comissário das Nações Unidas para o Diálogo Inter-religioso e os Prémios Nobel da Paz, nomeadamente Elie Wiesel e Shimon Perez? Gostaria de os ouvir! Ergam as vozes por favor! Porque ou é agora ou nunca!..."

Será Fernando Nobre um perigoso islamita?

07
Jan09

Faz frio...

salvoconduto

 

 

 

 

 

Desconcerta-me, palavra que que me desconcerta muita gente que se diz ser contra a pena de morte. De vez em quando um ou outro jornal dá conta que em determinado país alguém foi sentenciado à pena de morte, logo se faz coro aqui e noutros fóruns, clamando-se pela barbaridade cometida e lembrando quais os países que ainda não aboliram a pena de morte.

Considera-se tal acto indigno e de lesa-humanidade e o mesmo se faz quando o canil manda para abate um número indeterminado de cães que os donos abandonaram.

MAS, quando nos entra pela casa dentro, via televisão ou outros, a mesmíssima cena, mas perpetrada lá longe no Médio-Oriente, afagam o abdómen sorvendo o café e o trago de whisky, às vezes acompanhado por um bolo ou um chocolate negro, logo exclamando: fizeram-nas têm que pagar, é justo, agora não se queixem! E já viram esses cães vadios, ainda nos pegam a raiva!

Coço a cabeça e, apesar do frio, vou até à rua apanhar ar...

06
Jan09

Guerra e paz

salvoconduto

Israel está deveras interessado na paz, e demonstra-o ao recusar liminarmente a propostas da União Europeia de enviar observa-dores internacionais para a Faixa de Gaza.

A ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, Tzipi Livni, uma das principais candidatas a converter-se em primeira-ministra nas eleições de 10 de Fevereiro, disse que não via motivo para instalar uma força de observação e supervisão. Ao que parece a sua principal preocupação no momento são as sondagens das eleições...para já o score é "bastante bom", já vai em 530 mortos e milhares de feridos, na sua esmagadora maioria civis e crianças.

Recorde-se que quando começou a invasão não havia mortos nem dum lado nem do outro.

Também o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, pediu hoje um "estrito" respeito dos princípios humanitários no conflito de Gaza, principalmente o que garante o direito de todas as pessoas que fogem de uma guerra a procurar segurança noutro país. Uma vez mais Israel não está de acordo e Mubarak ajuda à missa, mantendo a fronteira do Egipto fechada. Claramente não há como fugir da Faixa de Gaza até o genocídio estar completo...

Entretanto a ocidente onde as paixões cegam os homens, poucas esperanças restam de que algum líder mundial pare estes estragos de motivação eleitoralista. Mas para que fique registado para a história, são cúmplices desses crimes.

Há ainda quem utilize como argumento que tudo isto é uma operação "defensiva" por parte de Israel, curiosamente o mesmo disse a Alemanha de Hitler quando ocupou a Checoslováquia em 1939, que era uma "acção defensiva" para evitar os atentados checos contra a minoria alemã dos Sudetas.

Quantas mortes mais de um lado e de outro? Quantos crianças haverá que permitir que Israel mate, antes que nos pareça excessiva a vingança? 1.000? 10.000? 100.000?

05
Jan09

Eu e os meus botões

salvoconduto

De vez em quando cruzo-me, na Internet, com artigos de opinião que mostram a sua revolta pelos maus tratos infligidos a animais. Criam-se grupos para a protecção do cão, do gato, do lince ou outros, adopta-se como afilhado um qualquer animal do zoo ou de uma reserva algures em África.

Dou agora uma volta pelos mesmos sites e encontro quatro tipos de reacções, perante a invasão de Gaza: o silêncio tumular, a procura de argumentos que concedam a Israel as desculpas para os massacres, o incitamento à invasão e à lição exemplar, e o ultraje por saberem que há quem critique esta postura belicista.

Nos mesmos sites imagina-se já a próxima visita com os filhos ao zoo, a mão a acariciar um qualquer animal, a certeza de se estar a contribuir para o bem-estar desses animais e para a preservação de certas espécies.

Enquanto, "lá longe", as crianças passam a simples números contabilizados como danos colaterais ou a instrumento necessário para infligir uma lição ao adversário, prepara-se para amanhã um artigo sobre o problema que o aquecimento global está a provocar nos ursos polares.

Por fim dá-se um banho aos filhos, aconchegam-se com um beijo na cama. Encerra-se o computador, afaga-se o gato e dorme-se descansado.

04
Jan09

Israel invade Gaza a sangue e fogo

salvoconduto

 

 

Enquanto no ocidente nos tentam fazer crer que esta invasão é uma resposta a uns quantos rockets lançados pelo Hamas sobre Israel, não me canso de afirmar, como já dei conta aqui,  quais são as verdadeiras intenções de Israel: derrubar o Hamas e entregar o poder a Abbas. Este sim o motivo imediato e não me venham com tretas.

Um excerto de um artigo escrito no JTA (jornal israelita), em 4 de Novembro passado, resumindo a avaliação para 2009 do Concelho Nacional de Segurança Israelita (NSC) para 2009, ajuda a clarificar o que verdadeiramente se esconde por detrás desta "campanha".

Aconteça o que acontecer, dizia o NSC, Israel deve continuar a pressionar e enfraquecer o Hamas. Se a corrente trégua se quebrar, o NSC recomenda que Israel lance uma vasta operação para derrubar o Hamas, mesmo que isso signifique reocupar Gaza, e manter Abbas no poder impedindo ao mesmo tempo que se realizem eleições palestinianas.

Esta operação foi a estratégia montada por Israel para continuar com o seu "jogo doentio": derrubar o Hamas e reinstalar o impotente Abbas em Gaza de forma a que o "processo de paz" se mantenha em banho-maria.

Fontes israelitas já confirmaram isto, afirmando que a "legítima liderança palestiniana está na Cisjordânia" e que se deve fazê-la regressar a Gaza.

O plano é destruir as infra-estruturas e edifícios governamentais, criar o caos e o vazio político, ao mesmo tempo proceder a uma "limpeza", de forma a que Abbas possa assumir o poder.

Não é de estranhar que Israel tenha morto um número substancial de polícias, os garantes da lei e da ordem em Gaza...

Para fazer vingar esta estratégia os falcões israelitas pouco se importam com o número de vítimas inocentes, de um lado e de outro, que esta ofensiva possa provocar. Dia a dia elas vão-se avolumando, provavelmente até à agonia final de um povo. Então aí haverá "paz".

03
Jan09

2008 visto pelos Médicos do Mundo

salvoconduto

 

Crise no Congo - A República Democrática do Congo conta já com seis anos de revoltas depois do fim oficial da guerra civil que sacudiu o país entre 1998 e 2002. Os diversos grupos rebeldes continuam activos nas províncias orientais, pelo que a população local continua a padecer de  inimagináveis sofrimentos, com cerca de 850.000 pessoas deslocadas só na província de Kivu Norte. (Foto: Andrew McConnell)

 

China - homens jaula em Hong Kong, na cidade que se presume ter vendido em 2008 o apartamento mais caro do mundo (357m2 por 15,77 milhões de dólares), mais de 100.000 seres humanos vivem em jaulas. Estas jaulas converteram-se no refúgio de muitas pessoas desempre-gadas, gente sem recursos e imigrantes. (Foto: Victor Fraile)
 

Alterações climáticas: Enfrentando um furacão uma criança permanece parado no meio de uma estrada  que conduz ao sul da República Dominicana, debaixo da intensa chuva caída durante a passagem do furacão Dean. A passagem dos furacões Dean, Noel e Olga sobre território dominicano deixou um total de 126 pessoas mortas e mais de 150.000 feridos. (Foto: Orlando Barría)

 

A reconstrução da inocência - Em 2004, depois de 15 ano de guerra civil, um grupo de antigos meninos-soldado instalou-se nestas casas em ruínas. Foram actores involuntários desse conflito sangrento, usados tanto pelas forças rebeldes como pelas governamentais.  (Foto: Stefano de Luigi)

 

A última praia - Um refugiado somali lava-se junto à estrada. Esta fotografia, representa a terrível situação de refugiados somalis que fugiram da guerra e procuraram asilo no Iémen. (Foto: Francesco Cocco)

 

Tuberculose - Uma enfermidade de pobres, igual ao que sucede com outras doenças, a histórica relação entre tuberculose e pobreza é bidireccional: não só é uma enfermidade que afecta predominantemente as pessoas pobres e excluídas, como por sua vez provoca mais pobreza e exclusão. (Foto: Juan Sierra)

 

 

Nai - A imagem retrata a uma criança queniana chamada Nai. Caiu na fogueira da cozinha com apenas três meses. As queimaduras tornara as suas mãos praticamente inúteis.
Em colaboração com os projectos Thorntree y Charity: Water, esta imagem chegou através da Internet a um grupo de
doadores comprometidos. Em questão de dias arrecadaram-se fundos suficientes para custear uma operação. Menos de três semanas depois de esta fotografia ser tirada, Nai foi submetida a uma intervenção que lhe devolveria vários dedos e uma mobilidade suficiente nas mãos para poder levar uma vida relativamente normal. (Foto: Lyle Owerko)

 

Crianças sem palavras - Um estudo levado a cabo pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) calcula que existem 2.600.000 de crianças que trabalham no Nepal. Calcula-se que 60.000 menores trabalham em fornos de cozedura de tijolos. Trata-se de traba-lhos levados a cabo em condições muito perigosas, com dias de trabalho de doze  horas ao dia. O pagamento diário varia em função do número de tijolos produzidos, e situa-se à volta de 75 cêntimos por cada mil tijolos transportados. (Foto:Luca Catalano)

02
Jan09

120 anos depois da abolição da escravatura

salvoconduto

 

 

Na fazenda de Cabeceiras, os trabalhadores que eram surpreendidos quando mastigavam cana-de-açúcar ou à caça de pequenos animais, com armadilhas rudimentares, recebiam uma multa de 23 reais, que lhes era descontado no salário. A empresa Jorge Mutrnn LTDA, proprietária de 18.000 hectares no estado amazónico do Pará, só lhes permitia comprar alimentos no armazém da fazenda e a preços astronómicos.

A compra de víveres sobrecarregava a conta do trabalhador. Deste modo, ao chegar ao fim do mês, o trabalhador estava sempre em dívida com a companhia. A única forma de romper o círculo vicioso, também se lhes cobrava pelo alojamento e pelo uso das ferramentas, era a fuga. Mas desde que se instalou o engenho açucareiro, no ano de 2000, apenas 14 dos 536 empregados conseguiram burlar a vigilância dos 'capangas' que patrulhavam o perímetro.

Depois de um complicado processo que se prolongou durante três anos, a justiça pôs fim ao método de "servidão por dívida" que se praticava naquela região. Um tribunal do Pará, ditou uma sentença que ordena a expropriação da fazenda.

É um facto histórico, semelhante à abolição da escravatura em 1888. Com base neste precedente, é possível que o Congresso aprove por fim, a emenda constitucional que permitiria expropriar mediante um processo abreviado, a quem reduza os trabalhadores à condição de bestas.

O veredicto, que também contempla uma indemnização de 800 reais a cada trabalhador, coincidiu com a publicação de um relatório do Ministério Federal do Trabalho segundo  o qual, em 2008 foram libertados 4.634 escravos nos diferentes estados do Brasil, sobretudo nos do nordeste e da amazónia.

A quarta parte desse contingente eram mulheres ou crianças, muitos dos quais tinham contraído enfermidades por beber água estagnada ou por falta de higiene. No mesmo período, o Grupo Móvel, um corpo de elite formado por agentes da Polícia e do Ministério Federal do Trabalho, realizou um número recorde de 133 operações.

Os "barões" da cana do açúcar, um produto em alta desde que se desenvolveu a indústria do etanol; os reis da soja ou os contrabandistas de madeiras preciosas não renunciaram nunca à mão de obra escrava.

As incursões do Grupo Móvel nos terrenos protegidos com modernos sistemas de alarme e capangas, armados com armas automáticas, custaram a vida de 24 agentes e de onze funcionários judiciais nos últimos cinco anos. As operações de resgate começaram em 1998 e intensificaram-se com a chegada de Lula à presidência em 2003.

Desde que entraram em acção, os efectivos do Grupo Móvel libertaram 16.708 trabalhadores cativos, ainda resta muito trabalho por fazer.

Estima-se que são mais de 100.000 os brasileiros que vivem em condições similares às dos escravos, 120 anos depois da abolição da escravatura. É caso para se dizer que deixámos lá "boa" semente...mas também é bom começar o ano recordando o muito que há por fazer.

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