Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

19
Fev09

Em África há outro Guantánamo

salvoconduto

Só há quatro meses que Salim Awadh Salim voltou a casa. Quando chegou, depois de passar cerca de dois anos detido sem acusação nas prisões do Quénia e da Etiópia, a sua casa no bairro de Mwenbeleza, na cidade costeira queniana de Mombasa, tinha sido saqueada. Com a venda de um carro velho, comprou 300 pintainhos para criar. Ao 37 anos, tem de começar do zero.

A sua mulher, Fatima Ahmed Chande, detida e deportada com ele mas libertada antes, está com a sua família na Tanzânia, de donde é originária. Estava grávida quando os prenderam. Devido ao stress da prisão perdeu o filho. 
Não a pode ir ver porque não lhe devolveram o passaporte. E ela nem sequer pode ouvir falar em regressar ao Quénia.

A polícia tinha ordem para não deixar ninguém ver os detidos. Salim e Fatima formam parte do grupo de cerca de 150 pessoas que as autoridades quenianas detiveram em Janeiro de 2007 quando fugiam dos combates na Somália entre a União de Tribunais Islâmicos, de que alguns dos seus membros estão na lista de terroristas procurados pelos Estados Unidos, e os soldados governamentais apoiados por tropas etíopes que tinham entrado no país dias antes.

Transferidos para o comissariado de Nairobi, os detidos foram mantidos incomunicáveis durante semanas, sem acesso a advogados nem familiares, antes de serem levados de volta à Somália e entregues à Etiópia. Ali foram submetidos a tratamentos cruéis, interrogados por agentes do FBI, da CIA e dos serviços secretos de Israel, e privados de contacto com familiares ou inclusive com o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Pouco se sabe deste Guantánamo africano. Os governos implicados têm-se dedicado a negá-lo. Seguem a mesma postura daquele bispo britânico que nega o holocausto.

Salim Awadh Salim dedicava-se a negócios com telemóveis. Foi com a mulher para a Somália tentar a sorte, mas quatro meses depois decidiram voltar. Na fronteira, encontraram um grupo de mulheres e crianças e cruzaram-na todos juntos. Todos foram detidos e levados para Nairobi. Logo, se inteiraram de que nesse grupo estava a esposa de Fazul Abdullah Mohammed, um dos presumíveis terroristas mais procurados pelos Estados Unidos, que o acusam de ser o chefe da Al Qaeda em África, e de estar por detrás dos atentados contra as embaixadas do Quénia e da Tanzânia em 1998.

O Quénia deteve centenas de pessoas que tentavam sair da Somália. A polícia tinha instruções de não deixar que ninguém visse os detidos. Através de pequenos subornos, recarregando os telemóveis dos guardas, foi possível contar-se 150 detidos de 19 nacionalidades.

As condições eram deploráveis. Havia uma mulher grávida de seis meses que tinha sido ferida por uma bala enquanto fugia da polícia antes de ser presa. Nunca recebeu assistência médica.

À excepção de quatro, todos os detidos permaneceram ali para além dos períodos legais que a lei do Quénia permite: 24 horas para crimes menores e duas semanas para delitos graves.

Como a polícia queniana negava ter os detidos debaixo da sua custódia, Kimathi interpôs 34 casos nos tribunais por violação do habeas corpus. No dia da vista, o estado alegou que não podia trazer os detidos porque já não estavam no país e apresentou três manifestos de voo com os nomes de todos os presos entregues. Foi a primeira confirmação sobre o número e identidade dos detidos, até aí negados, e sobre a participação das autoridades quenianas na sua entrega à Somália.

O nome de Salim Awadh está numa das listas de passageiros. Saiu do Quénia em 27 de Janeiro de 2007. O voo é da companhia African Air Express. O destino: Mogadíscio. Awadh figura no número 26 da lista. A sua mulher é a seguinte. Houve três voos mais. No total, 85 passageiros, dos quais 19 erram mulheres e 15 crianças. Outras fontes, falam de mais de 100 pessoas entregues.

Da Somália levaram-no para a Etiópia. Ali foi interrogado durante três semanas por um americano, uma americana e um israelita. Acusavam-no de participar nos atentados de Mombasa. Quando lhes dizia que não sabia nada, gritavam-lhe que mentia. Gritaram-lhe tanto que durante algum tempo perdeu audição.

Numa entrevista telefónica, um funcionário do FBI confirmou à HRW que tanto agentes do FBI como da CIA tinham interrogado os detidos em Addis Abeba. O governo etíope só reconheceu ter debaixo de custódia 41 pessoas.

Durante muitas fases dos interrogatórios usaram as esposas e as crianças para exercer influência sobre os detidos, sugerindo que os iam magoar ou que elas tinham admitido que os maridos eram terroristas.

Por fim disseram-lhe que lamentavam, que era inocente e que o soltariam em duas semanas. Mas mantiveram-no preso um ano e meio mais, até 2 de Outubro de 2008, quando foi libertado juntamente com outros sete quenianos.
Tardam a fechar estas prisões. Com o mal dos outros podemos nós bem, não é?...

 

Fonte: El Mundo

 

18
Fev09

O 'Auschwitz' da ditadura argentina

salvoconduto

Não foi só na Europa que existiram ou existem campos de concentração, também em África, no Médio Oriente e na América Latina. Desta última vou quedar-me sobre um que existiu na Argentina conhecido como Escola Mecânica da Armada (ESMA) e que o governo daquele país pretende transformar no primeiro centro internacional de Direitos Humanos.

Por esse inferno, o maior centro de torturas e extermínio da 'guerra suja', desfilaram 4.500 guerrilheiros e opositores políticos. Terminaram embarcando nos 'voos da morte', ou seja, foram lançados vivos e nus para a noite do Atlântico desde aviões militares.

Só sobreviveu uma centena de sequestrados. Mas a Cecília, que estava grávida e a outras prisioneiras em igual situação, os carrascos permitiram-lhes certos 'privilégios': estar sem canga e sem grilhetas, embora não a salvo das torturas.

Os carrascos diziam que às mulheres grávidas as mantinham com vida porque ideologicamente condenavam o aborto.

Alimentavam-nas e até lhes traziam roupas. Permitiam que elas escrevessem cartas aos seus familiares, que nunca chegariam ao destino.

Nesse 'Auschwitz argentino', Cecília deu à luz filho, fruto de sua relação com Hugo Penino, também sequestrado. O casal quis que se chamasse Javier e confiou que os carrascos o entregariam à avó. Mas a jovem criatura foi apropriada como 'despojo de guerra' por um repressor.

De Cecilia e Hugo nunca mais se soube, integram a lista de 30.000 desaparecidos na ditadura. Por sua vez, Javier deu-se conta aos 21 anos, navegando na Internet, que não era filho do capitão de navio Jorge Vildoza, voltou a Buenos Aires e recuperou a verdadeira identidade.

Pelo menos outras 14 prisioneiras grávidas deram à luz na ESMA e nenhuma sobreviveu. Depois de assassinar as mães, os auto-denominados 'cavaleiros do mar' da Armada argentina repartiam os bebés como se fossem cachorros órfãos.

Hoje o cenário do horror que foi a ESMA, um prédio de 17 hectares no centro de Buenos Aries, está vazio de militares. Só o habitam os fantasmas das vítimas e ali funciona o Centro Cultural da Memória 'Haroldo Conti', escritor desaparecido.

Há poucos dias, o director geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, e a presidenta da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, celebraram um acordo para ali erigir o "Primeiro Centro Internacional de Promoção e Protecção dos Direitos Humanos", que contará com o apoio daquele organismo internacional e que será uma ferramenta para a construção da memória.

Por cá em local semelhante a este constrói-se um condomínio fechado...

 

 

Fonte: El Mundo

17
Fev09

A vida é para os espertos II

salvoconduto

aqui falei sobre a provocação de Faria de Oliveira aos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos. Desta vez para além de continuar a provocar quem ali trabalha Faria de Oliveira e o seu Conselho de Administração provocam o país.

Nada mais nada menos, a Caixa comprou a Manuel "FINO" a sua posição na Cimpor. Para isso comprou cada acção a 4,75 euros quando estavam cotadas a 3,79 euros. Percebem porque ele se chama Fino? Pois este finório vendeu a quem lhe apara o golpe metade daquilo que detém na Cimpor. Isto é a Caixa pagou 306 milhões de euros por 10% na Cimpor. Mas Manuel Fino ainda fica com o direito de recomprar esta posição nos próximos três anos, depois de passada a crise, claro...

Percebem agora porque Faria de Oliveira oferece 0,9% (ZERO vírgula nove) de aumento aos trabalhadores daquele banco? Se desse mais aonde é que arranjaria dinheiro para pagar aos finórios deste país?

Desde há muito tempo que o conselho de administração daquele banco foi invadido por mercenários. Longe vão os tempos de Júlio Rodrigues que a sentia como sua ou de Rui Vilar que não a sentindo sua não aparava estes dislates.

Lembram-se das mordomias e as pensões de fazer corar que se auto atribuíam, sacando mais e mais a quem ali trabalhava?

Corre neste momento a seguinte petição on-line sobre esta negociata:

 

"O negócio recentemente anunciado entre a Caixa Geral de Depósitos e Manuel Fino, no que concerne à venda de 10% do capital da Cimpor à CGD, é patentemente ruinoso, injusto e, dir-se-ia, mesmo uma afronta ao povo em geral, e aos investidores em particular.

Não é concebível que para evitar dificuldades financeiras de um especulador, o maior banco do Estado (a CGD) vá ao ponto de lhe comprar os seus investimentos falhados 25% acima do valor de mercado, quando na realidade e perante essas mesmas dificuldades, este especulador ou qualquer outro ver-se-ia sempre forçado a vender essas mesmas posições ao preço de mercado ou abaixo deste.

A diferença entre aquilo que a CGD pagou por esta posição e o preço de mercado, foi uma dádiva pura e simples, de mais de 64 milhões de euros, a este especulador, que se podem considerar retirados directamente dos bolsos do povo português para o bolso do especulador.

Acresce que, não satisfeita, a CGD ainda concedeu uma opção de compra ao especulador, de forma a que se a Cimpor eventualmente valorizasse, o especulador poderia nela reentrar (tornar a comprar) sem risco. Isto é perfeitamente absurdo. A CGD colocou-se assim na posição de assumir todo o risco do investimento por vez do especulador e, ainda pior, desde logo entregou mais de 64 milhões ao especulador, pelo privilégio de fazer um negócio que ninguém aceitaria fazer de livre vontade.

Esta aberração ocorre no mesmo momento em que milhares de investidores se vêem a braços com perdas para as quais ninguém se apresta a suavizar pagando acima do mercado. Ocorre ainda no momento em que Portugal está a entrar numa crise profunda, em que centenas de milhar de pessoas perderão o emprego e, no entanto, é ao especulador que a CGD decide entregar dezenas de milhões de euros. Será isto certo? Obviamente não é.

A ser permitido, este negócio representa a morte da meritocracia neste país. Pensamos que as consequências de sequer se considerar este tipo de negócio, estão a ser subavaliadas pelas instituições.

Pedimos firmemente que, dentro do possível, sejam feitos todos os esforços para determinar a nulidade deste acto pirata sobre o povo deste país.

Atenciosamente, um grupo de cidadãos preocupado,”

Em http://www.ipetitions.com/petition/CGD/

 

Impõe-se que quem preside aos destinos daquele banco nos venha contar os contornos dos negócios com o comendador Berardo e agora com Manuel Fino. Sobre os contornos com o BPN e o BPP já todos estamos esclarecidos...

Para que não apareça quem se atrele, por outras razões, a este post deixo claro que contrariamente a outro finório de nome Passos Coelho, defendo que a Caixa Geral de Depósitos deve permanecer como Banco Público com 100% de participação do Estado.

17
Fev09

A vida é para os espertos

salvoconduto

 

 

Quem duvidar basta ver o que aconteceu, mais uma vez em Itália, mais uma vez a envolver Berlusconi.

"O advogado britânico David Mills foi considerado culpado e condenado a quatro anos e seis meses de prisão por ter aceitado um suborno de Silvio Berlusconi, em 1997.

Um tribunal de Milão considerou Mills culpado de ter recebido uma verba de 400 mil libras (446 mil euros) da Mediaset, o grupo de media controlado pelo actual primeiro-ministro italiano, para esconder detalhes incriminatórios relativos aos negócios da empresa, refere a Reuters."

Ora vamos lá ver então qual a esperteza. Não devem ser incriminados, em caso de suborno, quer subornado quer aquele que subornou? Em qualquer sítio menos em Itália e muito menos com Berlusconi. Este teve o cuidado, mal chegou ao governo, de fazer uma lei para si e seus amigos que estavam a ser investigados por corrupção. Consiste a mesma em garantir-lhe imunidade sobre os crimes cometidos e a cometer. Embora acusado não pode ser punido. Topam?

Já sei, já sei que me vão dizer que não é só em Itália...Será ódio de estimação este que eu tenho? Está bem, eu passo a ser mais correcto, cá também temos um figurão que se tenta acautelar na figura e imunidade do cargo de Conselheiro de Estado. É caso para dizer que estão bem um para o outro.

No entanto devo ressaltar o papel da justiça italiana que investigou o caso e chegou a conclusões. Lá com cá..

Aprendam que a vida é para os espertos!

16
Fev09

No rescaldo

salvoconduto

Depois do referendo na Venezuela sobre se os cargos políticos devem ou não devem ter limites de mandatos estalou novamente o verniz na comunicação social cá do burgo. Mais irritados ficaram por o sim ter ganho com uma diferença superior a um milhão de votos e por o referendo ter sido considerado transparente e justo pelos observadores internacionais.

Faz-me confusão que exactamente os mesmos críticos considerem normal que se faça um novo referendo na Irlanda, mas argumentam que aí é o povo que decidirá.

Provavelmente na Venezuela aquilo não é povo...

Talvez considerem normal que Sócrates se perpetue no poder, através do voto, cá como lá.

Provavelmente o nosso voto é diferente do deles...

Estou-me borrifando que Sócrates possa ser sucessivamente candidato. Preocupado isso sim ficarei se o povo o eleger, ATRAVÉS DO VOTO, para sucessivos mandatos. É o povo que tem que construir a alternativa. Não é mudando obrigatoriamente a cara, mantendo o mesmo corpo.

Cabe ao povo decidir do seu futuro e não me digam que um é mais povo do que o outro povo.

16
Fev09

Franco deixa de ser Alcaide Honorário de Almonte

salvoconduto

Enquanto cá no burgo se procede a uma operação de limpeza do nosso ditador aqui ao lado em Espanha acerta-se o tempo e a história.

O município de Almonte, aprovou por unanimidade de todos os grupos políticos municipais (PSOE, PP, IU, PA e independentes) a derrogação e revogação do título de Alcaide Honorário de Almonte ao ditador Francisco Franco.

Com a proposta aprovada "anula-se e invalida-se" o acordo que foi celebrado, faz agora cinquenta e três anos, concretamente no dia 12 de Março de 1956, por meio do qual aquele município concedeu esse título.

A medida realizou-se de acordo com a conhecida Lei da Memória Histórica, aprovada no Congresso dos Deputados.

Não deixa de ser um importante gesto democrático retirar ao ditador um título que nunca devia ter, mesmo que já se tenham passado 53 anos. E é também importante quando por esta Europa fora recrudescem as manifestações de saudosismo fascista.

14
Fev09

Pior do que serem esquecidos é serem obrigados a regressar

salvoconduto

Comemorou-se há três dias a entrada em vigor da parte da Convenção sobre os Direitos da Criança que se refere à participação de crianças nos conflitos. Infelizmente poucos foram os países e organizações que disso fizeram eco.

É preocupante que os líderes mundiais optem por permanecer mudos perante tal drama, mas mais preocupante é que algumas crianças-soldados estejam a ver repetidamente recusados na Europa os seus pedidos de asilo, fruto da actual política de imigração adoptada pelos 27.

Os países da União Europeia quando determinam o retorno destas crianças aos seus países de origem mais não fazem do que estar a condená-los a novas violações.

Não é felizmente o caso de Juan e David (nomes fictícios) que conseguiram há pouco tempo chegar a Espanha fugindo de dois conflitos armados. O primeiro esteve preso com só 16 anos por negar-se a combater na guerra entre a Etiópia e a Eritreia, enquanto que o segundo foi recrutado com 11 anos, por dois grupos armados diferentes na Serra Leoa.

Calcula-se que existam actualmente no mundo 300.000 crianças que são utilizadas como soldados e que 10% delas se encontram na República do Congo, de cujo conflito tenho dado conta em posts recentes.

15 países ou territórios utilizam regularmente menores como combatentes, paradoxalmente alguns deles ratificaram o tratado como a Birmânia, o Ruanda e a Índia...

13
Fev09

Cavalgar na crise

salvoconduto

 

Será descabido, em tempo de crise, os trabalhadores, nomeada-mente das empresas que geram lucros avultados exigirem aumentos de salários justos?

Vem esta interrogação a propósito de uma nota que me chegou à mão onde se dá conta que, por causa da crise, a Caixa Geral de Depósitos apenas prevê um aumento para os seus trabalhadores de 0,9%.

Quando me dou conta que este banco continua a apresentar lucros astronómicos, quando me dou conta que enterra milhões e milhões no BPN e BPP e o mesmo o faz com Joe Berardo, questiono-me se não terão sido os trabalhadores os responsáveis pela crise, pelas falcatruas daqueles bancos e se não serão igualmente responsáveis pelos devaneios de Berardo.

A não ser assim, não se compreende a atitude de Faria de Oliveira, presidente do conselho de administração daquele banco. Estará Faria de Oliveira convencido de que é preciso enterrar mais e à cautela usurpa dinheiro que deveria ser destinado a pagar justamente a quem ali trabalha?

Quem lê aquela nota não pode deixar de estranhar, quando se sabe que os trabalhadores daquele banco seguem normalmente os aumentos da função pública, para quem, como é sabido, o estado decretou este ano 2,9% de aumento.

Se Faria de Oliveira está "preocupado" com a crise, porque não abdica de todas as mordomias que recebe naquele banco? Porque não abdica dos cartões de crédito especiais, das viaturas topo de gama, e da panóplia de subsídios e prémios que por tudo e por nada que ali recebe?

Gente como esta faz-me estranhar também o facto de se estar a desenhar na mente dos nossos empresários uma luminosa estratégia: reduzir os salários dos seus trabalhadores e isto também nas empresas que continuam a gerar lucros! Esta medida está normalmente acompanhada de uma ameaça, a da redução dos postos de trabalho, porque a todo o custo pretendem manter os mesmos lucros.

A redução ou degradação dos salários destroem a economia, destroem a capacidade de consumo. Com isso destroem o mercado interno e apenas contribuem para que os trabalhadores deixem de poder honrar os seus compromissos.

São mentalidades como esta que geraram esta crise! Não foram os trabalhadores que a geraram!

12
Fev09

Vilanagem II

salvoconduto

Dará para entender que o Parlamento Europeu uma vez por mês e durante alguns dias se transfira, de armas e bagagens, de Bruxelas para Estrasburgo, deputados, colaboradores, documentação. etc.?

Dará para entender que esta operação que custa 200 milhões de euros por ano apenas se deve aos caprichos da França?

Ainda menos dará para perceber porque todos os países da União Europeia têm que pagar por este capricho.

E ainda menos dará quando, em plena crise, seja esta União Europeia a dar este triste exemplo...

Não se cansam de nos tratar como otários...

11
Fev09

Vilanagem

salvoconduto

Julgava-se que Berardo, um dos maiores especuladores, que viu a sua fortuna baixar por causa da bolsa, pudesse ter com isso alguma dor de cabeça, mas qual quê! Pressurosa a banca, que já antes lhe havia emprestado 1000 milhões de euros para comprar acções do BCP, apressou-se a tirar-lhe a inquietação, prolongou-lhe o prazo do empréstimo e congelou o pagamento de juros por mais quatro ou cinco anos até que a bolsa recupere, coisa que não faz com o cidadão comum. Estranho o papel da CGD, o banco do Estado, no meio de tudo isto. 

Enquanto isso...

Borgstena, Nelas: 108 pessoas; Bordalo Pinheiro, Caldas da Rainha: 150 pessoas; FEHST, Braga: 170 pessoas; Unidade de Saúde de Coimbra: 100 pessoas; Intipor, Amares: 150 pessoas; Philips, Ovar: 70 pessoas; Camac, Santo Tirso: 290 pessoas; Subercor e Vinicor, Santa Maria da Feira: 150 pessoas; Diehl, Vila do Conde: 60 pessoas; Ecco, Santa Maria da Feira: 180 pessoas; Citroën, Mangualde: 400 pessoas; Qimonda, Vila do Conde: 1700 pessoas, etc., etc..

Há gente que não tem um pingo de vergonha!

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D