Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

07
Abr09

Porque não?

salvoconduto

 

 

Simbólico ou não o primeiro passo está dado, uma queixa-crime contra Aznar pela morte e devastação no Iraque, foi apresentada pela plataforma 'Juicio a Aznar' que responsabiliza o ex-primeiro ministro espanhol de toda a morte e devastação causada por aquela guerra.

Isabel Casanova, mãe de Jorge Rodriguez Casanova, uma das 192 pessoas falecidas nos atentados do 11 de Março em Espanha, foi a encarregada de transmitir a cerca de trinta pessoas que esperavam à porta do Supremo Tribunal que já tinha sido cumprido o objectivo que a Plataforma 'Juicio a Aznar' se tinha proposto há dois anos. Alguns dos seus membros acabavam de apresentar ao Tribunal uma queixa-crime contra o ex-primeiro ministro e contra os seus ministros da Defesa, Federico Trillo, Negócios Estrangeiros, Ana Palacio, pela intervenção espanhola na guerra do Iraque e suas consequências, entre elas os atentados de 2004 em Madrid.

Um dos advogados que formam a comissão jurídica da Plataforma, Agustin Moran, explicou que a queixa-crime se refere a "três tipos de delito". O primeiro tem que ver com o tipificado em 13 artigos do Código Penal referentes à "declaração de guerra à margem do que a Constituição estabelece", entre os quais figura o delito de alta traição.

O segundo tipo é toda a morte e devastação originada como consequência das decisões da invasão e ocupação do Iraque: milhares e milhares de mortes e a destruição de bens. E, em terceiro lugar, a acusação pelos 192 mortos e os 2.000 feridos em consequência dos atentados de 2004, porque se acredita que houve uma relação causa e efeito entre esse atentado e a participação do Estado espanhol na agressão ao Iraque.

Isabel Casanova, visivelmente emocionada, destacou a importância que para ela tinha a queixa-crime. "É um dos poucos dias que, desde há cinco anos, estou sorrindo do coração". "Nós merecemos que isto se admita em julgado, por mim, pelo milhão de assassinados no Iraque, por todos os que não estão aqui".

A queixa-crime, de 37 páginas qualifica de "exercício de cinismo sem limites", a acção de Aznar em relação à guerra do Iraque e afirma que "a implicação de Espanha foi total e absoluta".

A participação, decidida à margem da ONU e da Constituição espanhola, "provocou trágicas consequências para cidadãos espanhóis que se concretizaram nos terríveis atentados do 11 de Março de 2004".

Que seja a o primeiro de muitos outros culpados a ter que depor pelos seus actos em tribunal. Um movimento similar está em marcha nos Estados Unidos.

 

Fonte: El Mundo

05
Abr09

70 Anos depois

salvoconduto

 

A Espanha está a lembrar os 70 anos da guerra civil. O jornal Público espanhol está a divulgar acontecimentos e documentos da época. Não posso deixar de transcrever dois parágrafos, que são bem elucidativos do papel da igreja católica naquela época negra para o povo espanhol:

"Ajoelhado, o ditador Francisco Franco rezou uns instantes. O bispo de Madrid, Leopoldo Eijo e Garay, dizia-lhe na igreja de Salesas: "Nunca incensei ninguém com tanta satisfação como agora o faço com Vossa Excelência".

Era o dia 20 de Maio de 1939, apenas um mês e meio depois do fim da Guerra Civil, e o Caudilho, triunfante, entregava ao Primado de Espanha, o cardeal Isidro Goma, a sua espada como símbolo da "vitória" sobre a República."

Um mês e meio antes o Papa Pio XII enviara ao ditador um telegrama: "Agradecemos desejada vitória católica. Fazemos votos para que este queridíssimo país empreenda com novo vigor as suas antigas tradições cristãs". É este que o actual Papa quer santificar...

Foi precisamente às tradições mais negras que se dedicaram os bispos espanhóis, aos quais Franco não teve que pedir a sua adesão. A hierarquia eclesiástica tinha-se oferecido gostosamente desde o primeiro minuto do Golpe de Estado de Julho de 1936. Cúmplice, partilhou o poder com Franco até ao fim dos seus dias.

03
Abr09

Lembrando Adriano

salvoconduto

 

 

Deliberadamente esquecido por muitos, felizmente lembrado por outros tantos, o Adriano celebraria no dia 9 de Abril o seu aniversário, se fosse vivo.

O Centro Artístico, Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira vai organizar uma Homenagem a Adriano, composto pelas seguintes iniciativas: No período de 3 a 25 Abril “Exposição Evocativa” no Auditório Municipal de V. N. de Gaia, a inauguração será no dia 3 de Abril pelas 21h30 e decorrerá diariamente entre as 15 e as 23 horas.

Concerto de Homenagem a Adriano no dia 9 de Abril, data do seu nascimento, com a presença do Grupo de Fados do ISEP, Grupo Pé na Terra, Paulo de Carvalho, Canto Nono e José Mário Branco, a partir das 21h30. Tertúlia/Exposição na sede dos Plebeus Avintenses no dia 27 de Abril a partir das 21h30.

Actividades desportivas com jovens do Agrupamento de Escolas Adriano Correia de Oliveira em Avintes nos dias 28 de Abril e 5 e 6 de Maio a partir das 17 horas. Café/ Concerto de encerramento das actividades com fados e poesia na sede do Agrupamento Adriano Correia de Oliveira em Avintes pelas 21h30.

Com ele começaremos a celebrar Abril.

01
Abr09

A culpa é dos tremoços

salvoconduto

Quem fala verdade? O procurador ou o Presidente Sindicato dos Magistrados do Ministério Público? Porque será que o PGR diz que não há pressões sobre os magistrados que detêm o caso Freeport se ao mesmo tempo manda chamar precisamente o acusado dessas pressões, Lopes da Mota para uma reunião em Lisboa e promove uma acareação com Vitor Magalhães e Pais Faria, os magistrados que se queixam?

Porra, porra ainda criticam o Presidente Sindicato dos Magistrados do Ministério Público de se dirigir directamente ao Presidente da República! Se calhar preferiam que o mesmo se dirigisse a Vitalino Canas, o tal que nos tenta impingir como verdade absoluta e definitiva a afirmação da Procuradoria-Geral da República de que não existe “nenhuma intimidação e nenhuma pressão sobre os magistrados titulares do processo Freeport ou eventualmente de todos os outros processos que têm sido referidos”.

Querem lá ver que o caso Freeport nunca existiu, que aquele DVD foi elaborado pelo Steven Spilberg? Querem lá ver que em Alcochete só existe a academia do Sporting, que o Outlet de Alcochete é fruto da minha fantasia? Que raio de mania que me deu para comer tremoços a meio da noite para enganar a fome, se ao mesmo tempo me provocam estes sonhos destravados!

Querem lá ver que que as eventuais sanções naquele processo se encontram prescritas  e por minha e exclusiva culpa? Ou será dos tremoços?

 

Nota: O meu post de ontem era obviamente dedicado ao dia das mentiras, mas não se trata em si de uma mentira, apenas a omissão do ano em que ocorreu o golpe, 2002.

01
Abr09

Hugo Chavez deposto, golpe de estado na Venezuela!

salvoconduto

O general Lucas Rincón, chefe das Forças Armadas Venezuelanas, anunciou que Chávez se demitiu, tendo o presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona, assumido a presidência da República. Hugo Chávez terá no entanto conseguido enviar uma mensagem dizendo: ""No he renunciado al poder legítimo que el pueblo me dio. Por siempre Hugo Chávez".

Carmona dissolveu a Assembleia, os poderes judiciais e atribuiu-se a si próprio poderes extraordinários. Carmona declarou publicamente que no prazo de um ano se celebrarão novas eleições presidenciais e legislativas. Os acontecimentos geraram levantamentos populares nas ruas de Caracas protagonizados por apoiantes do regime agora  deposto.

Chavez encontra-se sob prisão na ilha de La Orchila e aí aguardará até ser julgado. Sabe-se agora que vários membros do governo dos EUA haviam mantido frequentes contactos com diversos líderes golpistas, nos meses e, principalmente, nas semanas anteriores ao golpe. Entretanto o governo americano já negou que tivesse patrocinado, ou sequer apoiado, qualquer solução não-democrática para a Venezuela: Os Estados Unidos não sabiam que haveria esta tentativa de derrubar ou de tirar de Hugo Chávez do poder, declarou um alto oficial do governo americano.

No entanto apoiantes de Hugo Chávez afirmam que os Estados Unidos apoiaram o golpe de estado, afirmando que nos últimos dias os radares do país detectaram a presença de navios e aviões militares americanos em território venezuelano.

A OUA, organização dos Estados Americanos, acabou de condenar o golpe e prosseguem confrontos nas ruas entre apoiantes e opositores de Chávez.

Não é nada que não estivesse há muito nos planos da extrema-direita venezuelana que convive mal com a democracia, principal-mente quando vê postos em causa muito dos seus privilégios conquistados em regimes ditatoriais anteriores. Novamente a pata militar faz impôr a sua vontade. De nada valeu a hugo Chavez submeter-se ao julgamento popular através do voto.

Que acontecerá agora em países como a Bolívia e o Equador? As próximas horas trarão por certo mais esclarecimentos.

Pág. 3/3

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D