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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

29
Dez09

Dentro do espírito da quadra...

salvoconduto

 

 

Ao que parece a passagem de ano vai ter muito foguetório. A alguns dias da mesma já se lançam os foguetes! Depois dos mísseis de cruzeiro sobre o Iémen é agora a vez do Paquistão. Mais uns quantos mísseis lançados desde aviões não tripulados sobre uma zona tribal no Noroeste do Paquistão, vá-se lá saber porquê, atingiram uma casa na localidade de Saidgi matando treze pessoas e ferindo mais três.

Há quem afirme que se tratou de um dano colateral, mas eu não alinho nessa. Penso isso sim que apenas se tratou de iluminar os céus e testar novos efeitos pirotécnicos. Aquela malta que pilota estes aparelhos desde os Estados Unidos é muito dada a estas coisas e gosta à brava de ver este fogo-de-artifício no monitor dos computadores, chegam mesmo a colocá-lo como papel de fundo e num gesto de boa vontade lançam-no mesmo sobre as casas daqueles que não estão habituados a estas festarolas e nem tão-pouco têm o calendário acertado pelo ocidente.

O arraial de Sábado é já o terceiro desde 17 de Dezembro naquela localidade. Este tipo de foguetório tem ainda uma vantagem, como ninguém vai a tripular os aviões ninguém pode acusar os states de invasão do Paquistão...

É claro que há alguns desmancha-prazeres no governo paquis-tanês que oficialmente se opõem a estes arraiais, afirmando que representam uma violação da sua soberania territorial e que aumentam o ressentimento da população, mas há outros que dizem que se enquadra na época e que além do mais são feitos a pretexto da paz.

26
Dez09

Notícias pelo Natal

salvoconduto

 

Tenho andado aqui às voltas para escolher uma notícia digna do Natal. De início pensei no plano de Obama para o sistema nacional de saúde americano. Depressa a pus de parte ao constatar que afinal de saúde pública nada tem e que quem fica a lucrar são as grandes seguradoras.

Depois passei por aquela distinção da UNICEF atribuída a Cuba por não ter no seu territórios crianças subnutridas, cujo número no mundo ascende a 180.000.000 (para quem não é bom em algarismos, cento e oitenta milhões).

Mas eu queria ainda uma melhor notícia de Natal. Ouvi e li as histórias dos sem-abrigo que nesta data são bafejados com uma refeição quente e algumas roupas para lhes mitigar o frio, mas mesmo ainda assim não chegava para me aquecer.

Eis que de longe me chega a notícia digna deste Natal. Do Paraguai, da América-Latina. Pode lá ser, um golpe de estado? Não!

O governo de Fernando Lugo, declarou os serviços de saúde públicos gratuitos para o seu povo. Isto num país em que 38% dos 6,2 milhões de habitantes vivem na pobreza e 20% estão na miséria. Percebem porque escolhi esta como a verdadeira prenda de Natal?

20
Dez09

Soltar o cão

salvoconduto

Quem vos avisa, vosso amigo é... Dêem uma volta pelas redondezas das vossas casas e se virem movimentos suspeitos o melhor é mudarem para outra ou de preferência de cidade, just in case.

É que pode acontecer-vos o mesmo que no Iémen. Alguns habitan-tes não seguiram essas regras básicas, tufa, levaram com dois mísseis de cruzeiro em cima!

Agora adivinhem lá quem ordenou o bombardeamento sobre o Iémen? Não, não chegam lá facilmente. Só podia ser um defensor da paz, assim tipo prémio Nobel, topam?

Nem mais nem menos. Porque era suspeito que numa localidade a norte de Sanaa, capital do Iémen, haviam militantes da al-Qaeda, Obama não esteve com meias medidas e ordenou o lançamento de mísseis de cruzeiro e prontos, ficou sanado o problema.

Dizem as más-línguas que foi a pedido da Arábia Saudita. Ao que parece os estados soberanos estão em riscos de desaparecer e já não é preciso declarar guerra a ninguém para se lhes acertar com uns mísseis em cima.

Percebem por que estou preocupado com vocês? Eu sei lá se no andar de baixo do prédio onde vocês moram está lá algum desses radicais. Imaginem até que um vosso vizinho que não vos grama mete umas cunhas, assim como os sauditas?

Por amor de Deus vocês cuidem-se! Levar com um míssil em cima, agora em plena quadra natalícia, é algo que não vos desejo.

Há já quem afirme que esta é a nova ordem mundial de Obama...

16
Dez09

Estou com a telha

salvoconduto

Depois de dezasseis anos de vida, catorze dos quais na minha companhia, o meu pequeno amigo Pitosgas, Piscas como carinhosamente lhe chamávamos, deixou-me.

De repente a casa ficou enorme, vazia, demasiado silenciosa. Tudo é diferente. Porque insisto em fechar a porta da sala se já não é necessário? Já sinto saudades do seu "mau feitio", por causa dele havia quem lhe chamasse Diabo da Tasmânia.

E por volta das duas, três horas da manhã quando descer ao piso de baixo, quando abrir o frigorífico, com quem vou partilhar o presunto, o salsichão, cujo cheiro o despertava logo? Marchava tudo, só os tremoços é que não, já só tinha "ginjavas"...

Nero, Moustache, Brutus e agora o Pitosgas, será que ainda há lugar para mais? A companheira afirma que não. Por hoje concordo com ela. Amanhã logo se vê. Uma coisa é certa, dou muito valor às boas companhias...

16
Dez09

Os vermelhos invadem o Congresso

salvoconduto

 

Sempre que aqui escrevo sobre o Afeganistão ou o Iraque há quem fique escandalizado e me aponte, no meu e-mail, como mais um vermelho, um anti-americano de merda (sic), entre outras coisas... E se aquilo que escrevo o fosse também, por exemplo, por um congressista norte-americano? Acusá-lo-íamos igualmente ou apenas diríamos que é um "democrata"? Vá lá o diabo sabê-lo...

Pelo sim pelo não deixo-vos aqui um excerto da recente intervenção desse congressista a propósito do envio de mais 30.000 soldados e façam o favor de não lhe chamar nomes. Aqueles que quiserem desabafar façam como o costume, vertam a vossa bílis no meu e-mail, já que teimam em não o fazer aqui no blogue. O Anti-spam do Kaspersky fará a triagem...

"...Tenho sérias preocupações acerca da decisão de adicionar 30.000 militares e ainda um número não identificado de pessoal civil à nossa operação no Afeganistão. Este reforço elevará os níveis das tropas dos EU a aproximadamente os mesmos dos soviéticos quando ocuparam o Afeganistão com resultados desastrosos nos anos oitenta. Temo que a ocupação militar dos EU possa acabar de maneira semelhante.

Nos finais de 1986 o comandante das forças armadas soviéticas, marechal Sergei Akhromeev, disse ao então Secretário-Geral Mikhail Gorbachev, "As acções militares no Afeganistão atingirão em breve os sete anos. Não há um único pedaço de terra neste país que não tenha sido ocupado por um soldado soviético. Apesar disso, a maioria do território continua nas mãos dos rebeldes."

Não tardou muito a Gorbachev iniciar a retirada soviética da desventura no Afeganistão. Milhares tinham morrido de ambos os lados, e ainda assim a ocupação falhou na criação de um governo nacional estável.

É a nossa presença como ocupantes que alimenta a insurgência. Como seria o caso se nós fossemos invadidos e ocupados, diversos grupos puseram de lado as suas divergências para se unirem contra a ocupação estrangeira. Acrescentando mais tropas dos EU apenas beneficiará aqueles que recrutam combatentes para atacar os nossos soldados e aqueles que usam a ocupação dos EU para convencer as aldeias a colocarem-se ao lado dos talibãs.

Do mesmo modo, dizem-nos que temos que "ganhar" no Afeganistão para que a al-Qaeda não possa usar território afegão para planear futuros ataques contra os EU. Devemos lembrar-nos que o ataque nos Estados Unidos no 11 de Setembro de 2001 foi, de acordo do Relatório da Comissão para o 11/9, largamente planeado nos EU (e Alemanha) por terroristas que estavam no nosso país legalmente. De acordo com a lógica daqueles que defendem a acção militar contra o Afeganistão porque a al-Qaeda estava fisicamente presente, poderia argumentar-se a favor de ataques aéreos dos EU contra vários estados dos EU e Alemanha! Não faz sentido. Os talibãs permitiram a al-Qaeda a permanecer no Afeganistão porque ambos estavam comprometidos, com a assistência dos EU, na insurgência contra a ocupação soviética.

Sem embargo, o presidente do Conselho Nacional de Segurança, general James Jones, disse numa recente entrevista que menos de 100 membros da al-Qaeda permanecem no Afeganistão e que a chance deles reconstituírem uma presença significante é demasiado escassa. Devemos acreditar que mais 30.000 militares são precisos para derrotar 100 combatentes da al-Qaeda?

Temo que haverá uma pressão crescente para os EU invadirem o Paquistão, para onde muitos dos talibãs se escaparam. Ataques da CIA com aparelhos não tripulados no Paquistão já desestabilizaram esse país e mataram inúmeros inocentes, produzindo sentimentos anti-americanos e pedidos de vingança. Não vejo como isso contribua para a nossa segurança nacional.

Sempre me opus a esta "construção" de nações por inconstitucionais e ineficazes. O Afeganistão não é diferente. Temo que a única solução para o pântano do Afeganistão seja uma rápida e completa retirada desse país e da região. Não podemos permitir-nos a manter este império e a nossa ocupação destas terras estrangeiras não nos está a tornar mais seguros. É tempo de sair do Afeganistão."

Por certo a esta hora alguns já estarão a pensar: "e não querem lá ver que "eles" estão mesmo a invadir o Congresso? Sosseguem! O congressista autor destas palavras é republicano e chama-se Ron Paul.

15
Dez09

A vida tem destas coisas...

salvoconduto

 

 

Quando Pinochet foi preso em Inglaterra por ordem de Baltasar Garzón encontrava-se na presidência do Chile Eduardo Frei. Este decidiu defender a liberdade de Pinochet argumentando com a independência dos tribunais chilenos para julgá-lo. Como se sabe Pinochet nunca acertou as contas com a justiça. Mas a vida encarrega-se de nos dar lições.

Eduardo Frei ficou há pouco tempo a saber que afinal o seu pai Eduardo Frei Montalva que se julgava ter morrido de pós-operatório no hospital, em 1982, foi afinal assassinado no leito nesse hospital, por envenenamento, levado a cabo pelos esbirros de Pinochet, com pequenas doses de substância tóxicas enquanto recuperava da pequena cirurgia.

13
Dez09

Não fui eu!

salvoconduto

 

 

Já sei que a esta hora alguns frequentadores deste blogue estarão a pensar que eu me passei de vez e que acertei no Homem. Desenganem-se.

Afinal mais murro menos murro é ele próprio, Berlusconi, que fica a lucrar com estas cenas, passado que seja o mau bocado. Pela minha parte abomino a violência, apesar de ultimamente muito boa gente não se cansar de a defender.

Há no entanto uma pergunta que gostaria de fazer a Berlusconi, lui-même:  sabido que é o seu partido estar a elaborar uma nova lei para o super proteger e conceder-lhe imunidade à prova de bala, contra todas as patifarias que tem feito, ainda se admira que queiram fazer justiça pelas próprias mãos, já que pela via legal vossa excelência não deixa?

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