Mais um prisioneiro libertado, da parte de Uribe népia.
Como deixei antever dois posts abaixo, foi libertado unilateral-mente ontem à tarde pelas FARC, com mediação e apoio de Piedad Córdoba, da Cruz Vermelha e do governo brasileiro, o sargento Pablo Emilio Moncayo, em posse da guerrilha há doze anos.
Muito sereno, Moncayo compareceu com um tom pausado perante a imprensa no aeroporto Florencia, na Colômbia, para onde o transportou a missão humanitária encabeçada pela senadora Piedad Córdoba, a quem qualificou carinhosamente de "incansável". Tudo isto uma vez mais ao arrepio de qualquer show mediático das televisões de Uribe e mais uma vez com a ausência de Ingrid Bettencourt.
Pablo Emilio Moncayo trouxe uma mensagem dos seus companheiro de cativeiro, que lhe pediram que procurasse uma organização não governamental internacional para ajudá-los a ser libertados.
Sobre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Moncayo disse que "existem, são uma realidade, não se as pode negar por mais que se queira, parecem invisíveis mas estão aí".
"Também quero saudar e agradecer ao senhor presidente do Equador, Rafael Correa, por ser ele quem solicitou um gesto de paz da parte da guerrilha com a minha entrega", e prosseguiu com mais agradecimentos, "ao senhor presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e ao senhor presidente do Brasil, Lula da Silva".
Sobre Uribe, que personifica os entraves ao diálogo político com vista à libertação de todos os prisioneiros, nem uma palavra.