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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

12
Abr10

Amanhã pode ser tarde

salvoconduto

 

 

Porque é que as eleições na Guiné-Bissau sempre correm bem e depois tudo corre mal?

Os jogos de poder que se desenrolam depois e a instrumentalização das Forças Armadas guineenses acabam por deitar tudo a perder.

O narcotráfico domina a economia e quanto mais isso assim se mantiver mais a Guiné caminha para um estado falhado. Há uma forma de o combater, com forças armadas profissionalizadas que sejam imunes à instrumentalização, até lá qualquer aprendiz de sapateiro é nomeado general.

Mari Alkatiri que foi primeiro-ministro de Timor e que actualmente é líder do maior partido da oposição, Fretilin, sugere uma ajuda, uma conferência dos movimentos de libertação para ajudar à estabilidade na Guiné-Bissau. Ele sabe do fala, também o seu país passou por um grave período de instabilidade em 2006, que fez cair o seu governo, por ainda não estarem profissionalizadas as forças armadas de Timor.

É claro que cabe aos guineenses resolver os seus problemas, mas a solidariedade internacional pode dar uma grande ajuda. A mesma solidariedade que fez chegar a Timor um contingente de médicos e agora um outro de 32 professores cubanos.

A fazer alguma coisa por aquela gente é agora, amanhã pode ser tarde.

 

08
Abr10

O fim da inocência

salvoconduto

 

 

Ainda não assentou a poeira levantada por este vídeo sobre a guerra no Iraque e já me chega à mão outro miserável caso, agora no Afeganistão. Desta vez as tropas norte-americanas arrancaram dos corpos de três mulheres, duas delas grávidas, as balas com que as tinham atingido, no sentido de ocultar a verdadeira razão das mortes.

É o porta-voz do Ministério do Interior afegão que o confirma publica-mente e que acaba por aceitar o testemunho dos familiares das vítimas de um raide levado a cabo pelas Forças de Operações Especiais (SOF) dos Estados Unidos.

Mirza Mohammad Yarmand, chefe do departamento de investigação criminal do ministério confirmou esta quarta-feira que a investigação ministerial encontrou "indícios de adulteração na cena do crime por parte dos membros da patrulha militar", o que "confundiu" os investigadores da NATO sobre o incidente. Confuso fico eu com tanta sacanice e impu-nidade...

A investigação promovida pela NATO aos acontecimentos ocorridos no distrito de Gardez, na província de Paktiya em 12 de Fevereiro deste ano, havia já determinado que as forças internacionais eram responsáveis pelas mortes das três mulheres que estavam na mesma casa onde tinham sido igualmente mortos dois homens por uma patrulha que procurava um insurgente talibã.

Os dois homens, que se determinou mais tarde que não eram insurgentes, foram mortos apenas pelo simples facto de estarem armados e como tal parecerem "hostis". Notícia completa aquiaqui e mais uma vez vos recomendo ver o vídeo na íntegra.

08
Abr10

Pois...

salvoconduto

 

 

Mais de 7 mil presos palestinianos em 13 penitenciárias e centros de detenção israelitas deram início nesta quarta-feira a uma greve de fome por tempo indefinido, para pressionar o serviço penitenciário israelita, em busca de melhores condições.

Os presos querem que Israel "pare de humilhar" as suas famílias nos postos de controlo e nas portas de acesso às prisões e que as visitas de familiares residentes em Gaza sejam permitidas.

Os presos exigem ainda que centenas de familiares que moram de Cisjordânia, Jerusalém Oriental e árabes com cidadania israelita possam visitar seus parentes presos. Israel alega "razões de segurança" e proíbe as visitas.

Vou esperar sentado para ver as reacções...

07
Abr10

De vítima a vilão

salvoconduto

 

Dei conta aqui da libertação de um prisioneiro das Farc, Pablo Emilio Moncayo, ao fim de 12 anos de cativeiro. Pois bem, aquela "gente" na Colômbia o que gosta mesmo é de espectáculo. Porque o ex-refém não estava virado para aí, como acontecera com Ingrid Betancourt, porque não tinha nada a agradecer a Uribe, que não mexeu uma palha para o libertar durante esses 12 anos, não lhe perdoam e transformam-no agora em vilão.

O sargento enfrenta hoje uma chuva de críticas de um grupo de colombianos que se escondem atrás dos respectivos blogs da Internet e em "distintos" meios de comunicação e o acusam de converter-se em guerrilheiro durante o tempo em que esteve sequestrado.

Tudo porque quem o esperava ver chorar, gritar e até saltar para as câmaras se decepcionou, até já tinham montado a tenda, desmancha prazeres. 

Aquele que elogiaram quando tinha 19 anos voltava agora com 31, frio, não ligando às câmaras. Não lhe perdoam, afiam a língua e em tudo o que é jornal de bem deixam o que lhes vai nas almas impolutas, “transformou-se em guerrilheiro”, “lavaram-lhe o cérebro”, “tarado”, “traidor”, “chaga social que há que varrer”.

Outros vão mais longe e acusam-no de ser um “recruta que se infiltrou no exército no ataque a Patascoy onde acabou sequestrado”.

Luis Guillermo Vélez, um desses bloger, insinua mesmo que não esteve sequestrado mas sim num passeio ecológico durante 12 anos.

Para rematar, questionam Pablo Emilio Moncayo por ter agradecido ao presidente do Ecuador, Rafael Correa, Hugo Chávez da Venezuela e ao presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. A Álvaro Uribe nem sequer os seus lábios o pronunciaram e, acusam, parecia como se sentisse rancor ou ódio.

Por seu lado Uribe limitou-se a dizer: “Felicito o Professor Gustavo Moncayo (seu pai) e à sua família pela libertação do seu ente querido”, omitindo o seu nome no discurso que efectuou horas depois da entrega por parte da guerrilha.

Quem verdadeiramente compreende o ex-refém é o seu pai, Gustavo Moncayo, que durante 12 anos bateu à porta de Uribe, sistematicamente fechada, apenas uma vez foi recebido num encontro que a imagem abaixo documenta, solicitando os seus esforços pela libertação do filho e sabe bem o que sempre encontrou, indiferença.

Foi essa indiferença que o levou a abandonar o cargo de professor e se dedicar exclusivamente à causa da libertação do seu filho demais reféns, à procura de um acordo humanitário, sempre negado por Uribe. Só encontrou eco fora do país, nomeadamente no Equador, Venezuela e Brasil.

 

 

Encontro entre o pai de Moncayo e Uribe, anos atrás

Enquanto uma parte do país se retorce em comentários de mau gosto, por certo Pablo Emilio Moncayo perguntar-se-á qual pode ter sido o seu erro, o seu pecado e porque em lugar de se alegra-rem o atacam com comentários que põem em risco a sua integridade, acaso estariam à espera de uma libertação com espectáculo incluído?

06
Abr10

Assassinato colateral

salvoconduto

 

 

 

Este vídeo foi posto a circular pela Wikileads com a intenção de mostrar as absolutamente “seguras” tácticas de guerra e a "conduta" das forças militares norte-americanas no Iraque.

As imagens, que só agora foi possível divulgar, mostram, desde o campo de visão de um piloto de um helicóptero Apache, os disparos contra um grupo de homens armados e outros que não transportavam qualquer arma e que andam pela rua num bairro de Nova Bagdad. Entre eles, estavam o fotógrafo da Reuters Namir Noor-Eldeen e o seu condutor, Saeed Chmagh, que morreram nesse ataque em 12 de Julho de 2007.

O vídeo, apresentado ontem em Washington e intitulado "assassinato colateral", mostra também o desenrolar do socorro às vítimas, a morte a sangue frio dos socorristas e pode ver-se que também foram feridas duas crianças.

No dia seguinte ao ataque, o exército dos EUA explicava a morte dos funcionários da Reuters como resultante de um "confronto" entre as suas tropas e insurgentes. No vídeo apenas se vêm os disparos do helicóptero...

Um porta-voz militar disse ao The New York Times que "não há dúvida de que as forças da coligação estavam claramente no meio de uma operação de combate contra uma força hostil". A agência Reuters exigiu sem êxito uma investigação e a obtenção do material audiovisual apelando à Lei de Liberdade de Informação.

Como resposta, o exército norte-americano concluiu que as acções dos militares durante o "combate" estavam de acordo com a lei em conflitos armados e regras de combate (Rules of Engagement), a normativa que define quando, aonde e como o uso da força pode ser accionado.

No vídeo ouve-se, num alarde de humanidade, um militar a gritar: "olha para esses sacanas mortos" e outro a suplicar por autorização para disparar contra dois homens que pararam o seu veículo para socorrer os feridos.

Dentro dessa “perigosa” viatura estavam duas crianças que depois de serem alvejadas não são tratadas num hospital militar mas sim deixados à sua sorte no hospital local.

Elucidativo quando no final um dos militares assume que “foi culpa deles, por colocarem as crianças no meio dum combate”.

Claramente!... Salvo que era um combate onde só houve tiros de uma parte... Aconselho vivamente o seu visionamento integral e depois façam também o vosso juízo.

04
Abr10

Tocou a reunir...

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Ah e tal, pedofilia também existe noutros sectores da sociedade... Existe, existe mas não é a mesma coisa. Nos outros sectores da sociedade quando apanhados são julgados e condenados. Na igreja ficam-se por um simples pedido de perdão.

De repente grande parte dos blogs de direita passou a usar esse argumento. Declarando-se ofendidos pelas críticas acabam por defender os actos de pedofilia praticados por sacerdotes por esse mundo fora.

Uns chegam mesmo a afirmar que está montada uma teia que visa apenas a destituição de Ratzinguer, outros vão mais longe e afirmam que se pretende a destruição da igreja. Com essa actuação mais não fazem do que vestir o hábito e fazer o monge à sua própria dimensão. Estou esclarecido.

Julgava eu que para os católicos estes actos seriam passíveis de redobrada condenação, porque ignóbeis, porque praticados na própria casa e em tudo contrários à doutrina que supostamente deveriam defender. Enganei-me, redondamente, pelo que leio. Talvez por aqui se entenda como foi possível esconder casos e casos durante dezenas ou centenas de anos.

Silenciaram-se as vítimas, ameaçaram-se as testemunhas, tudo em nome da "fé". Mas nos dias que correm a tarefa torna-se mais difícil. O volume de casos atingiu tal dimensão que não há mais forma de silenciá-los, por muito que isso desgoste alguns desses blogers. Em vez de exigirem a expulsão do sacerdócio e a prisão daqueles que praticaram os crimes vêm agora tentar que as vozes indignadas se calem.

O toque a reunir aí está, a direita mais retrógrada avança como avançaram os cruzados ou a inquisição. O governo italiano decidiu punir o magistrado Pietro Forno por declarar à imprensa que as hierarquias eclesiásticas encobrem os padres responsáveis por actos de pedofilia acusando-o de difamação.

O pregador da Casa Pontifícia, o franciscano Raniero Cantalamessa, a única pessoa autorizada a pregar em nome do Papa, comparou as críticas ao comportamento da Igreja católica pelos crimes de pedofilia à "violência colectiva" sofrida pelos Judeus.

Em gesto de desagravo bispos latinos publicam uma carta na qual expressam a sua solidariedade ao Pontífice "unindo-se a ele na oração" contra os "infiéis".

Estranha esta igreja que se fecha sobre si mesma procurando negar a realidade, a terra deixou outra vez de ser redonda...

02
Abr10

Para lá de outras coisas também gostam do tinto...

salvoconduto

 

 

 

Eu sempre disse que não é boa ideia ter o vinho na sacristia. Sangue de Cristo? Desse também eu o bebo! Tenho uma garrafa dele, Brites de Aguiar, preparada para o Domingo de Páscoa e quase que garanto que não irei fazer a figurinha de um sacerdote francês que antes de ir para um funeral fez aquilo que só o sacristão ousava fazer, emborcou o vinho da missa todo.

Conclusão, chegou atrasado e com uns valentes copos a mais ao funeral que devia oficiar, na pequena localidade de Muret, no sul de França e acabou a esmurrar um dos amigos da defunta. Teve que soprar ao balão e acabou detido pelos gendarmes.

Agora o arcebispado diz-se "consternado", mas quem não está pelos ajustes são os familiares da defunta que já apresentarem queixa. Afirmam que o raio do cura "titubeava e nem sequer conseguia falar, mas mesmo assim insistiu em celebrar o ofício religioso". Bem se opuseram, até os empregados da funerária tentaram interromper o "sermão" e que o diabo do padre, salvo seja, se desculpasse perante os familiares da defunta.

Não só continuou com o ininteligível balbuciar, como se encrespou e reagiu violentamente, dando um murro num amigo do filho da defunta antes da chegada dos gendarmes que depois de confirmarem que o homem estava completamente "encharcado" o meteram em "clausura e recolhimento". E ainda só eram 10.50 da manhã...

Para além de "consternado" o arcebispado pede perdão à família e à comunidade de Muret e ao mesmo tempo diz que tomará todas as medidas necessárias para que o pároco "se possa libertar da sua perdição pelo álcool". Do álcool até é capaz de ser fácil, se retirarem o vinho das sacristias, já quanto a outros vícios me parece mais difícil...

Quanto a vocês tenham uma boa Páscoa, agarrem-se ao cabrito e afinfem-lhe no tinto, que eu vos garanto que não é pecado.

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