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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

19
Mai10

Recebido por e-mail

salvoconduto

 

 

"Vamos imaginar que uma empresa precisava, urgentemente, de contratar um colaborador para substituir um advogado que não conseguiu, por motivos que neste momento não são para aqui chamados, dar conta do recado. Este, por sua vez, já tinha sido uma solução de recurso perante a inusitada saída de outro.
 
Após várias propostas, o Conselho de Administração da empresa decidiu, por voto secreto, contratar um engenheiro que se apresentou a concurso. Um tipo bem-falante e melhor apresentado, além de alguns tiques de autoridade tão ao gosto dos senhores administradores.
 
Aos poucos, para surpresa geral, foram descobrindo que o autoritarismo era teimosia e que a licenciatura era brincadeira. Sem falar no barrete que foi a negociação com uns importantes fornecedores ingleses que não perceberam patavina do que o homem lhes disse. Passado alguns anos e inúmeras confusões com fornecedores, clientes e familiares próximos do dito engenheiro, a empresa começou a definhar. O dinheiro deixou de entrar e as dívidas a acumular. A situação económica e financeira era desesperante. Se nada fosse feito, o fecho total da empresa era a única saída.
 
Entretanto, a comissão de trabalhadores e o sindicato exigiam o rápido despedimento do causador da enfermidade. A situação atingia proporções indescritíveis. O Conselho de Administração decidiu marcar uma reunião de urgência. Adivinhe qual a decisão:
 
a) Despedimento imediato com justa causa?
 
b) Fechar, por e simplesmente, a empresa?
 
c) Contratar um professor de dança?"

 

 

Adenda: Mão amiga fez-me entretanto chegar o nome do autor do texto supra: Fernando M. de Sá. Aqui fica a devida vénia.

16
Mai10

A "limpeza" prossegue nas Honduras

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Depois dos sindicalistas e dos jornalistas chegou agora a vez de cinco magistrados nas Honduras. O Supremo daquele país, o mesmo que no dia do golpe de estado disse que os golpistas actuaram " em defesa do estado de direito", acaba de expulsar da magistratura o presidente, três magistrados e um defensor público da associação hondurenha Juízes pela Democracia por se terem manifestado contra o golpe.

A associação Juízes pela Democracia tem 120 associados dos cerca de 600 juízes que há nas Honduras.

Dois dos magistrados começam na segunda-feira uma greve de fome para protestar contra a "situação geral de impunidade" que, segundo eles, se vive agora no país presidido por Porfirio Lobo.

Fora em Cuba e por estas horas a comunicação social encher-se-ia de parangonas, até já teríamos uma petição a correr na internet...

14
Mai10

O terceiro segredo de Fátima

salvoconduto

 

Imagem roubada daqui

 

Enquanto Passos Coelho ia ao "perdoa-me" da Fátima Lopes, a outra Fátima revelava finalmente o seu terceiro segredo...

Depois de ter embandeirado em arco e agora embasbacada com a cena do perdoa-me de Passos Coelho a direita na blogosfera tosse, tosse e vê-se em palpos de aranha para arranjar argumentos para a clonagem José Sócrates/Passos Coelho.

12
Mai10

Razoável

salvoconduto

 

 

 

A OCDE refere que Portugal tem uma taxa de 20% sobre os dividendos recebidos pelos accionistas. Esta taxa pode ser aumentada, talvez consideravelmente", é o que afirma Bert Brys, economista da OCDE. A carga fiscal global sobre os dividendos, incluindo o imposto das empresas sobre os lucros é de 41,2%, afirma ainda o especialista em política fiscal. "Subir a taxa sobre dividendos para 25% implicaria uma carga fiscal de 44,9%, o que parece razoável".

Por cá razoável é aumentar o IVA sobre os artigos de primeira necessidade e em igual percentagem ao aumento do iva sobre um iate. É assim que o entendem o primeiro-ministro e o seu vice, Passos Coelho.

10
Mai10

Honduras - O regresso dos esquadrões da morte

salvoconduto

 

 

 

Ao fim da tarde de 03 de Fevereiro, Vanessa Zepeda, uma enfermeira de 28 anos de idade, saiu de uma reunião no sindicato e começou a caminhar para o supermercado para comprar material escolar para seus filhos.

Não conseguiu.

De acordo com testemunhas, ao deixar o parque do sindicato, Zepeda foi forçada a entrar num sedan branco sem chapas de matrícula por dois homens mascarados e vestidos com uniformes.

Poucas horas depois de ser sequestrada, o seu cadáver, ainda vestido com a bata azul do hospital, foi lançado de um carro em movimento no bairro Loarque no lado sul da cidade, um conhecido bastião da resistência.

Zepeda era membro da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que, como muitos países, incluindo Brasil e Argentina, não reconhece o governo apoiado pelos militares do presidente Porfirio "Pepe" Lobo, que tomou posse em Janeiro, depois de muito contestadas eleições.

Zepeda era também uma líder no Sindicato dos Trabalhadores da Segurança Social. Antes do sequestro, participou numa reunião na sede da União de Sindicatos para falar sobre a necessidade de se juntarem com outros sindicatos para resistir pacificamente ao governo de Lobo.

"Vanessa era muito empenhada em ajudar os outros", diz Bessi Torrez, mãe de Zepeda, numa entrevista por telefone à revista "In These Times". (Torrez tinha concordado em reunir-se em público, mas, posteriormente cancelou devido ao medo de ser vista com um jornalista estrangeiro.) "Ela também trabalhou no duro para ajudar a unir sindicatos diferentes, para que pudessem consolidar os seus interesses. Ela sacrificou tudo pela Resistência ".

Depois do corpo de Zepeda ser encontrado, a mãe foi notificada e disseram-lhe para ir directa para a morgue, em vez da própria cena do crime. Quando Torrez chegou, não foi autorizada a ver qualquer uma das provas forenses ou registos da investigação.

"Foi muito estranho", diz ela. "O processo foi tão misterioso."

Desde o golpe de estado de Junho passado, vários dirigentes sindicais morreram igualmente em circunstâncias "misteriosas". Muitos hondurenhos  acreditam que o governo apoiado pelos militares é o responsável por estes assassinatos. Dos 43 membros do FNRP que foram mortos, cerca de metade eram sindicalistas.

Gilda Batista, directora da organização de direitos humanos baseada em Tegucigalpa, Refúgio Sem Limites (ASL), investigou o assassinato de Zepeda e outros dirigentes sindicais recentemente executados. Batista diz que a sua investigação a leva a crer que os esquadrões da morte "estão a ser financiados por meios governamentais e militares."

Batista acredita que a execução de pessoas-chave como Zepeda "envia uma mensagem para a resistência de que os membros dos sindicatos serão assassinados se intrometerem na arena política." No caso de Zepeda, os especialistas forenses finalmente declararam o caso como homicídio, mas ainda não revelaram qualquer detalhe sobre a causa da morte. Mais de três semanas após a autópsia, Torrez ainda está a aguardar uma explicação do governo sobre o assassinato da filha.

"O governo de Lobo sabe que os sindicalistas são uma das suas maiores ameaças. O movimento sindical tem sido realmente fundamental para a resistência", diz Dana Frank, professor de história na Universidade da Califórnia, Santa Cruz, numa entrevista num gabinete de direitos humanos em Tegucigalpa. "Em Tegucigalpa, muitas das maiores reuniões de resistência acontecem no prédio daquela união sindical. Os sindicatos são uma ameaça porque eles têm uma visão mais ampla para as Honduras."

Não existem estatísticas governamentais detalhando quantos trabalhadores do país são sindicalizados, mas de acordo com o gabinete do Secretário do Trabalho das Honduras, existem actualmente 527 sindicatos, ou organizações nos locais de trabalho, representando tanto o sector público como o privado.

Embora o Departamento de Estado dos EUA reconheça o governo de Lobo, os assassinatos de líderes sindicais e outros abusos dos direitos humanos nas Honduras, chegaram a tal ponto que nove membros da Câmara dos Representantes enviaram uma carta a Hillary Clinton no início de Março, pedindo à secretária de estado para investigar a violência.

Ao estilo dos anos 80, à semelhança da Colômbia, os esquadrões da morte estão de volta nas Honduras. Sindicalistas e jornalistas são alvos preferenciais.

 

Fonte: "In These Times"

08
Mai10

É por estas e por outras...

salvoconduto

 

 

Recebido por e-mail de um "murcão" jubilado, com quem aprendi e passei bons tempos no sindicalismo, quer o Gaspar Martins que me o enviou quer o Avelino Gonçalves a que o mesmo se refere:

"Na tarde (15h) do próximo sábado, dia 8 de Maio, na Pr. Carlos Alberto, 71 – Porto (Sala de Música do palacete Viscondes Balsemão) vai-se rememorar a última Grande Guerra para que nunca mais aconteça. Entre os intervenientes, figura um grande amigo cujo exemplo não me canso de enaltecer. Trata-se de Avelino Pacheco Gonçalves que foi Presidente do Sindicato dos Bancários do Norte de Junho/1972 a Janº/1975, Foi também Ministro do Trabalho do primeiro governo a seguir ao 25/Abril/74. Pediu ao Banco de Portugal (BP) uma licença sem vencimento após terminar o mandato no Sindicato. Apesar da época apodada de PREC pelos vencidos do "25 de Abril", foi-lhe recusada a licença, com isso cessando o seu vínculo ao banco. Quando completou 65 anos, requereu ao BP, como está fixado na respectiva convenção colectiva, a devida reforma. Foi-lhe atribuída uma prestação mensal que não chegava aos 130 € e, actualmente, é de 137 € !!!

Vejamos por agora dois exemplos recentes:

* Vítor Bento é um quadro do Banco de Portugal (BP) e actual presidente da SIBS, a sociedade que gere o Multibanco. Está de licença sem vencimento há nove anos, quando os próprios regulamentos do BP estipulam o máximo de três anos. Pois foi promovido por mérito em Maio de 2008, com efeitos retroactivos a Janeiro do mesmo ano. O que se traduzirá em mais 720 euros mensais quando o economista voltar ao banco, com reflexos também no valor da sua futura reforma.

* Mira Amaral passou ano e meio pela administração da Cx. Geral de Depósitos e saiu com uma reforma de 18 mil euros mensais! Pelos vistos, não estava incapaz para a profissão, pois foi ocupar o lugar de presidente da administração duma empresa concorrente – o BIC, o banco da filha do Presidente de Angola.

Peço desculpa, mas afino quando ouço ou leio o argumento indigente dos que ou não votam ou votam sempre nos mesmos, de que “os políticos são todos iguais”. Amigos como o Avelino tal como muitos outros não merecem ser metidos no mesmo saco. A política não é um meio para se servir mas para servir. Aqui está a sua nobreza…

No sábado, lá irei para lhe dar um abraço e confraternizar com quem quiser aparecer."

Pois é Gaspar, este país está nas mãos dos que se servem, não nas dos que servem, e não é só na política...

05
Mai10

Vai ter que sentar o cú no mocho III

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O ex-ditador argentino, Rafael Videla, senta de novo o cu no mocho, desta vez para ser julgado pelo fuzilamento de 32 presos políticos nas prisões da província de Córdoba. Lá para Setembro sentar-se-á outra vez para responder pelo roubo de bebés durante o regime militar.

Rafael Videla foi processado por delitos de lesa humanidade cometidos durante a última ditadura (1976-1983). O ex-ditador foi acusado de cometer sequestros, torturas e homicídios agravados contra 49 pessoas no âmbito da chamada "mega causa" do Primeiro Corpo do Exército, na qual se julgam todos os crimes cometidos por esta jurisdição militar.

As vítimas foram encontradas pela Equipa Argentina de Antropologia Forense (EAAF) durante os últimos meses em diversos cemitérios de Buenos Aires. Tinham sido enterradas sob o nome N.N., que provém das palavras latinas "Nomen Nescio" (sem nome conhecido). São parte das 30.000 pessoas desaparecidas durante a ditadura na Argentina.

Que na prisão haja alguém que o "lembre" das atrocidades que cometeu...

03
Mai10

Contrastes II

salvoconduto

 

 

A desorientação é total, o oportunismo é mais que muito. Enquanto os EUA ponderam apresentar uma queixa crime contra a agência financeira Goldman Sachs,  por cá, na sequência do ataque especulativo ao euro praticado pelas as agências de rating, incriminam-se os desempregados...

Depois da Portugal Telecom, EDP, Galp Energia e Zon Multimédia a Cimpor é a quinta empresa participada pelo Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, a dizer "não" à proposta do Governo de reduzir salários e congelar os prémios dos gestores.

Na SIC- Notícias Paulo Rangel afirmava há poucos dias atrás, num frente a frente com Vicente Jorge Silva, que teria que haver um corte nos salários mais elevados em Portugal. Quando o Vicente arregalou ainda mais os olhos e lhe disse que eles não queriam nem deixavam, o Paulinho apressou-se a dizer: "não é desses que estou a falar, é dos trabalhadores!" (sic).

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