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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

08
Jan11

No meio da sopa não

salvoconduto

 

 

A única coisa que até hoje escrevi aqui no blog sobre a Cavaco no caso BPN foi o post anterior e todo ele voltado para as infelizes declarações sobre a competência ou falta dela na nomeação da equipa que foi gerir aquele malfadado banco após a nacionalização dos seus prejuízos.


Recusei-me a enveredar por outros caminhos e análises de que a blogosfera está cheia, mas tudo tem o seu limite e agora estou como a personagem nas nossas anedotas de escola, "vale tudo menos fornicar no meio da sopa"!


Fiquei assim depois ler o Sol on-line sob o título "BPN: Cavaco afinal vendeu barato" que concluiu que afinal Cavaco ainda perdeu 36.682 euros. (sic)

 

A jornalista que escreveu o artigo é mesmo uma leoa, salta, move as ancas, esfrega-se, vale tudo!

 

A notícia pode ser lida aqui. Dela extraio apenas um parágrafo, já que me dei ao trabalho de lê-la mas fiquem a saber que o bold é da minha responsabilidade:


"Cavaco e a filha tinham comprado as acções em Abril de 2001, directa-mente a Oliveira Costa, pelo mesmo preço a que só este enquanto presidente da SLN podia adquirir: um euro." No meio de tanta excitação a jornalista nem deve ter dado conta dele.

 

E já agora que meti a mão na merda digo-vos que fiquei com a pulga atrás da orelha quando ouvi João Soares dizer a Paula Teixeira da Cruz que lhe dava um bolo se mostrasse um documento ou cheque a suportar a operação de venda das ditas acções.


João Soares tem a escola do velho, daí a razão por que isto me está a cheirar mal. À cautela vou lavar também o teclado, é que cheira mesmo mal...


E agora que desabafei, o blogue volta de novo a ser aprumadinho e asseadinho. Boa noite.

04
Jan11

Os homens do Presidente

salvoconduto

 

 

Apesar de Faria de Oliveira e Norberto Rosa fazerem parte da sua Comissão de Honra, ambos membros do Conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, ocupando o primeiro o cargo de presidente, Cavaco Silva não deixou de lhes espetar a faca nas costas, tal como fez com Fernando Nogueira ou com Santana Lopes.


Depois de num debate ter levantado graves suspeições relativamente ao comportamento da Caixa na gestão do BPN, Cavaco vem novamente a terreiro e faz questão de verificar se a faca ficou bem enterrada.


Coloca os seus amigos outra vez no pau da roupa ao “insinuar” que Faria de Oliveira não nomeou profissionais competentes para a gestão do BPN: "Fiz uma comparação com os bancos ingleses onde foram nomeadas administrações altamente profissionais e independentes. O modelo em Portugal foi diferente. São administradores em part-time".


A administração da Caixa reagiu às afirmações recordando o Presidente da República de que no BPN estão quatro administradores a tempo inteiro.


Já quanto à alegada falta de profissionalismo a coisa pia mais fino, uma vez que não será fácil responder a este insulto. Adorava ver a resposta...


Cavaco é como é, rasteirinho, até para os amigos.


Desconfiado por natureza, descrente por vocação, intriguista por profissão, fazedor de capangas corcundas, leva a vida de soslaio e assusta-se com a própria sombra.

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