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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

23
Fev11

Bad feeling

salvoconduto

 

 

De calças na mão o Ocidente, depois de ter andado décadas a apoiar ditadores no Médio Oriente e Norte de África, não sabe agora o que fazer perante a onda de revolta que cavalga aquela região.

 

Em nome do petróleo os promoveu, em nome no petróleo reza a Deus e Alá para que a coisa acabe depressa e de feição. Habituado a resolver tudo pela força, invasões se necessário, clama agora que se decidam as revoltas por via pacífica, arredada que está, para já, a possibilidade de intervenção militar naqueles países.

 

Ao dar-se conta que o preço do petróleo vai subindo, atingiu já o máximo dos dois últimos anos, o Ocidente alerta para o "caos" que se está a instalar naquela região esquecendo que ainda há poucos meses "saudava o forte comportamento macroeconómico e o progresso, o reforço do papel do sector privado" assim como o "ambicioso programa de privati-zação dos bancos bem como o desenvolvimento do nascente sector financeiro", borrifando-se para as liberdades, as leis e as instituições daqueles países.

 

Trágico foi nunca se dar conta que para além do petróleo por ali também existia povo, como trágico será se não deixar esse povo encontrar internamente a solução para as duas dificuldades, só a ele cabe traçar o seu futuro.

12
Fev11

O ditador caiu, o regime ainda não

salvoconduto

 

 

 

18 dias depois o tirano partiu. Uma ternurinha ver os líderes ocidentais reagir ao anúncio da queda do ditador com “recados” às forças armadas do Egipto. Alguns, como Ângela Merkel, não escondem a amizade de longa data e assinalam que Mubarak prestou "mais um grande serviço" ao Egipto.


Se o caminho se faz caminhando o povo egípcio ainda tem muito para andar, o verdadeiro trabalho ainda está por realizar e há quem disso tenha consciência como é o caso de Wael Ghonim, o executivo do Google que se destacou na revolta, que escreveu no Twitter: "Queridos governos ocidentais, estiveram em silêncio durante 30 anos a apoiar o regime que nos oprimia. Por favor não se envolvam agora”.

 

Uma coisa é certa, este dia de felicidade já ninguém lhes tira.

11
Fev11

Ainda não foi desta

salvoconduto

 

 

 

O povo egípcio concentrado na Praça Tahrir chegou a convencer-se que era ontem que se via livre de Mubarak e hoje interroga-se por que teima em cair o ditador.


Por esse mundo fora já se avançaram mil e uma razões. A mais "séria" que li foi a de um analista que advoga que por vezes a cooperação com ditadores é correcta e de somenos importância quando comparada com os interesses do ocidente. Claro, ele há ditadores e ditadores, os "nossos" e os dos "outros"...

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Algo me diz que o povo egípcio não está pelos ajustes e cedo ou tarde acabará por conseguir ver-se livre do ditador, pois sentem que têm mais a ganhar do que temer os conselhos desta "irmandade" que os oprime há décadas.

07
Fev11

Não há almoços grátis

salvoconduto

 

    

Não há bicho-careta que não tenha já colocado aquela música que passou a ser hino de uma geração que se diz parva e enganada, não vou por aí, no estado em que as coisas estão não entendo como ainda há quem se deixe enganar e vote repetidamente naqueles que também repetidamente os fazem de parvos, o que só é possivel pelo seu consentimento e não me venham com a treta de que não há saída ou alternativa.


Talvez por isso recordo uma outra acção dos nuestros hermanos, em Sevilha, que em vez de se encafifarem numa sala de espectáculos às escuras a lamuriarem-se da sua sorte ao som da mais recente e dengosa música dos Deolinda preferiram uma forma mais audaz de protesto. 

 

Esse grupo de activistas de nome “Flo6x8.com”, entrou numa dependência do Banco Santander e ali mesmo no meio de uma rumba protestaram contra a crise económica e um dos seus causadores, a banca.


A "onda" foi tão curtida que até os clientes presentes se juntaram à festa, ao protesto. Tiveram ainda a feliz ideia de se "mancomunar" com uma estação de rádio que transmitiu a música para a iniciativa.


Se por cá quiserem fazer algo semelhante contem comigo, mas não me convidem para me sentar numa qualquer esquina a lamentar a vossa/minha sorte. De parvo tenho muito pouco.


Ainda "sou do tempo" em que depois de um espectáculo desses se saía do mesmíssimo Coliseu a entoar as canções ou palavras de ordem ouvidas lá dentro e olhem que não era fácil, a bófia circundava o quarteirão,  aproveitava sempre para "molhar a sopa" e alguns mais "notados" acabavam por ir passar uns dias à sede da "dita" ali na Rua do Heroísmo, mas valia sempre a pena.

06
Fev11

Com a verdade me enganas...

salvoconduto

 

 

 

Se dúvidas houvesse quando no post anterior afirmei que George Wisner, o enviado especial de Obama ao Egipto, é rápido e ágil a trabalhar, a sua última declaração na Conferência de Segurança de Munique, onde preconizou a manutenção de Mubarak, é mais do que elucidativa: "Precisamos de um consenso nacional antes de continuar a avançar. O presidente do Egipto deve continuar no cargo até que seja eleito um novo presidente".


Wisner não se ficou por aqui e advertiu que "uma excessiva pressão internacional neste momento não seria útil e convém manter com as actuais autoridades uma atmosfera de comunicação e assessoria, sem romper pontes com equipas com as quais se trabalha há décadas. Tomar posições que rompam essa relação faria perder a nossa capacidade de influência".


Com semelhante "balão de oxigénio" Mubarak sente-se mais à vontade e já faz planos para o futuro. 

 

Não tarda nada e Obama estará a anunciar que Mubarak é a solução para o Egipto ao mesmo tempo que apontará o dedo ao povo egípcio que se vem manifestando na Praça Tahrir...

03
Fev11

O enviado especial

salvoconduto

 

 

 

Frank George Wisner II, assim se chama o homem de confiança de Obama enviado para resolver o "caos" reinante no Egipto. Com o background que possui antevê-se que a situação conheça rapidamente novos contornos.

 

É outro cuja "pegada" também se estende pelos quatro cantos do mundo, na Zâmbia, nas Filipinas, na Índia, no próprio Egipto, onde se fez íntimo de Mubarak. Foi o enviado especial de George Bush à troika que "negociou" o Kosovo.

 

É rápido e ágil a trabalhar. Mal pôs o pé no Cairo aí estão os primeiros "sinais" da sua presença e forma de negociar.


Não terá sido por acaso que os seguidores de Mubarak investiram ontem sobre a praça Tahrir onde os opositores se vêm manifestando pacifica-mente.

 

A presença de Frank G. Wisner terá também outra vantagem, permitirá a certos blogers começar a "escrever" sobre a situação no Egipto, já que têm estado votados a forçado e confrangedor silêncio...

01
Fev11

O Prémio Pulitzer é já em Abril...

salvoconduto

 

 

 

Não queria acreditar quando passei por um blogue que destacava um artigo de opinião da autoria de José António Saraiva, director do jornal o Sol, fui lá e confirmei. A prosa que se segue é apenas um parágrafo dessa douta opinião.


"Olhando agora para as Forças Armadas, que eram uma reserva da nação, perderam toda a relevância. Por outro lado, o serviço militar obrigatório acabou sem qualquer debate público, como se fosse uma coisa sem importância nenhuma. Ora, para muita gente, era uma directriz. Havia jovens vindos da província que tomavam na tropa o primeiro banho! E às vezes aprendiam ofícios - como cozinhar ou conduzir - que lhes davam uma ferramenta para a vida, além de regras de disciplina que ficavam pelo tempo fora. Este jovem que estava em Nova Iorque com Carlos Castro - que terrível coincidência a proximidade entre as palavras Castro e castrado - noutra época estaria a cumprir o serviço militar e não teria dado cabo da vida."


Não compreendo como essas alminhas sempre prontas a atribuir um prémio ao primeiro traque de um qualquer cubano se esquecem desta alma penada.

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