Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

30
Jun11

Desventuras do Abílio

salvoconduto

 

 

O Sr. Abílio está inconsolável, diz à mulher que lhe apetece cortar os 2 deditos que em má hora se lembrou de esticar durante a campanha eleitoral.

 

Resmunga que estava a contar com o 13º. mês para ajudar a pagar umas dívidas que deixou acumular e comprar o bacalhau para a ceia de Natal.

 

À cautela a mulher escondeu as facas todas lá em casa, mas não deixa de lhe recordar que bem o tinha avisado e que a ela só lhe viram esticado o dedo médio da mão, com os outros todos sempre bem recolhidos.

 

Oh homem, diz ela, prontos, acalma-te, é que se vais por esse caminho depressa ficas maneta...

 

23
Jun11

É a crise, estúpido.

salvoconduto

 

 

Eu sei que daqui a umas horas estarei a comer umas sardinhas em boa companhia mas se não coloco aqui isto não como sossegado e ainda fico com alguma espinha atravessada. Sobre o presidente da Câmara de Grândola já aqui falei, fomos colegas de armas em terras de Samora Machel.

 

A meio da comissão separámo-nos, reencontrámo-nos no largo do Carmo, tinha ele metido o "chico", mas ainda continuava como alferes. Voltei a ter notícias dele quando já ocupava a presidência da câmara de Grândola, então já major na reserva, onde tinha como hobby fazer a vida negra à CDU lá do sítio. Palavroso mas gago. Tenho para aqui umas fotos da época e juro que quando as revejo sinto o papel a vibrar, até as fotos trouxeram a gaguez do Beato.


Mas agora ao fim destes anos todos parece que a gaguez desapareceu. Acaba de nomear para seu adjunto o seu próprio filho, porque, diz ele finalmente sem gaguejar, o perfil profissional do cargo exige uma pessoa de confiança e eficácia e como ele tem confiança absoluta no filho que diz conhecer há 29 anos, pronto já está.

 

Oram digam lá se não revela um espírito empreendedor e ao mesmo tempo solidário...

 

Dizem as más-línguas lá da terra que a decisão é completamente inde-fensável, pois contraria o princípio legal de que os eleitos não podem discutir e votar assuntos em que estejam envolvidos familiares directos e acrescentam ainda que a nomeação é de todo injustificável dada a crise que se vive e por a câmara registar desde o ano passado quebras significativas nas receitas.

 

É claro que esta gente é invejosa pois foi mesmo a pensar na crise que o Beato nomeou o filho, é que às tantas o júnior não lhe desamparava a loja lá em casa.

 

20
Jun11

Cá se fazem, cá se pagam

salvoconduto

 

 

Lembram-se da galinha que fugia à frente de Fernando Nobre com o pão roubado no bico? Teimosamente o raio da pita continua a fazer das suas, desta vez carrega no bico os votos que fazem falta a Nobre para se poder mirar ao espelho, coçar o umbigo e finalmente exclamar: já sou presidente da Junta, perdão, d'assembleia!

 

O raio da pita trocou-lhe as voltas, que diabo, embirrou com ele, não lhe perdoa o que dela disse em plena televisão, logo ela que toda a vida foi obrigada a trabalho escravo e sempre punha uns ovos extra para umas gemadas dos mais enfraquecidos.

 

Ainda continua a correr, às voltas ao parlamento, até largou algumas penas quando Passos Coelho com pose de galo e com um salto acrobático tentou depená-la mesmo ali. Chegou a ser nomeado um grupo liderado por Passos Coelho devidamente acolitado por Miguel Relvas, Miguel Macedo e Carlos Abreu Amorim para dar caça à galinha, o deputado das "moedas" que vai para secretário de estado, foi mais longe e tentou matar a bicha com um dos seus gritinhos estridentes, mas como corre a danada da pita.


Incrédulo o povo assiste ao arraial. Segue a marcha, estamos em época de santos populares…

 

14
Jun11

Carrapatos continuam em alta II

salvoconduto

 

 

O governo ainda não tomou posse mas os seus prosélitos já se encarregam de que nada se atravesse no seu caminho, regressam os tiques do passado, agora que o vento sopra de feição, depois de ter cortado a voz a Honório Novo, Alice Vieira e Oscar Mascarenhas nas colunas do JN sobem a parada, pegam no lápis azul, há muito encerrado numa gaveta do sótão do antigo regime, e riscam do mapa todo o artigo do capitão de Abril Pezarat Correia destinado ao DN. Sem mais delongas aqui reproduzo o texto:


 

PAULO PORTAS MINISTRO?


Ana Gomes provocou uma tempestade mediática com as suas declarações sobre Paulo Portas. Considero muito Ana Gomes, uma mulher de causas, frontal, corajosa, diplomata com muito relevantes serviços prestados a Portugal e à Humanidade. Confesso que me escapa alguma da sua argumentação contra Paulo Portas e não alcanço a invocação do exemplo de Strauss-Kahn. Mas estou com ela na sua conclusão: Paulo Portas não deve ser ministro na República Portuguesa. Partilho inteiramente a conclusão ainda que através de diferentes premissas.

 

Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa Nacional de anterior governo, mentiu deliberadamente aos portugueses sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, que serviram de pretexto para a guerra de agressão anglo-americana desencadeada em 2003. Sublinho o deliberadamente porque, não há muito tempo, num frente-a-frente televisivo, salvo erro na SICNotícias, a deputada do CDS Teresa Caeiro mostrou-se muito ofendida por Alfredo Barroso se ter referido a este caso exactamente nesses termos.

 

A verdade é que Paulo Portas, regressado de uma visita de Estado aos EUA, declarou à comunicação social que “vira provas insofismáveis da existência de armas de destruição maciça no Iraque” (cito de cor mas as palavras foram muito aproximadamente estas). Ele não afirmou que lhe tinham dito que essas provas existiam. Não. Garantiu que vira as provas. Ora, como as armas não existiam logo as provas também não, Portas mentiu deliberadamente. E mentiu com dolo, visto que a mentira visava justificar o envolvimento de Portugal naquela guerra perversa e que se traduziu num desastre estratégico.

 

A tese de que afinal Portas foi enganado não colhe. É a segunda mentira. Portas não foi enganado, enganou. Um político que usa assim, fraudulentamente, o seu cargo de Estado, não deve voltar a ser ministro. Mas já não é a primeira vez que esgrimo argumentos pelo seu impedimento para funções ministeriais.

 

Em 12 de Abril de 2002 publiquei um artigo no Diário de Notícias em que denunciava o insulto de Paulo Portas à Instituição Militar, quando classificou a morte em combate de Jonas Savimbi como um “assassinato”. Note-se que a UNITA assumiu claramente – e como tal fazendo o elogio do seu líder –, a sua morte em combate. Portas viria pouco depois dessas declarações a ser nomeado ministro e, por isso, escrevi naquele texto: «O que se estranha, porque é grave, é que o autor de tal disparate tenha sido, posteriormente, nomeado ministro da Defesa Nacional, que tutela as Forças Armadas.

 

Para o actual ministro da Defesa Nacional, baixas em combate, de elementos combatentes, particularmente de chefes destacados, fardados e militarmente enquadrados, num cenário e teatro de guerra, em confronto com militares inimigos, também fardados e enquadrados, constituem assassinatos. Os militares portugueses sabem que, hoje, se forem enviados para cenários de guerra […] onde eventualmente se empenhem em acções que provoquem baixas, podem vir a ser considerados, pelo ministro de que dependem, como tendo participado em assassinatos. Os militares portugueses sabem que hoje, o ministro da tutela, considera as Forças Armadas uma instituição de assassinos potenciais». Mantenho integralmente o que então escrevi.

 

Um homem que, com tanta leviandade, mente e aborda assuntos fundamentais de Estado, carece de dimensão ética para ser ministro da República. Lamentavelmente já o foi uma vez. Se voltar a sê-lo, como cidadão sentir-me-ei ofendido. Como militar participante no 25 de Abril, acto fundador do regime democrático vigente, sentir-me-ei traído.


Junho de 2011-06-13
PEDRO DE PEZARAT CORREIA

 

 

Pezarat Correia e os capitães de Abril ainda vivos que se cuidem, pelo caminho que isto leva ainda serão julgados na barra do tribunal por terem dado início a uma revolução...

13
Jun11

Quem não se sente...

salvoconduto

 

 

Mira Amaral e eu temos uma coisa em comum somos ambos aposentados pela CGD e por aí se acabam as convergências, o resto é só divergências e não são pequenas, para a ela ter direito descontei 43 anos e nove meses, a ele bastou-lhe ano e meio.

 

Mira Amaral anda radiante, particularmente feliz esta noite no jornal da RTPN a dar conselhos a quem o ouvia, o costume, que temos que ser poupados, aguentar a crise, etecetera e tal. Ri-se o finório.

 

Se já estava com a telha fiquei pior, depois de me terem sacado hoje 20% no subsídio de férias, dizem que "por solidariedade" com o pessoal do activo e de saber que na obscena reforma dele ninguém tocou. Continua a rir-se o finório...

12
Jun11

Carrapatos continuam em alta

salvoconduto

 

Soares voltou a aparecer de braço dado com Frank Carlucci e a lembrar com a maior cara de pau que se reunia com o ex-director da CIA mais do que uma vez por semana no período que se seguiu ao 25 de Abril.

 

Miguel Cadilhe afirma-se disposto a vender a CGD, portos, aeroportos e demais infra-estruturas. A alma não vende, há muito está hipotecada ao diabo.


António Barreto diz que é preciso alterar a Constituição e adaptá-la aos mercados, o povo depois que a ela se adapte.

 

Cavaco Silva, o carrapato-mor, afirma que nos devemos voltar para a agricultura que ele ajudou a destruir.

 

Siga a marcha que hoje é Santo António.

06
Jun11

Mais P, menos P

salvoconduto

 

 

A Sul o mundo gira e avança, a Norte marca passo. Enquanto por cá a direita está para ficar, com uma maioria um presidente, na América do Sul continuam os ventos de mudança, desta vez no Peru, onde o candidato da coligação de esquerda "Gana Peru" acaba de derrotar o projecto passadista encabeçado pela herdeira política de Alberto Fujimori, sua filha Keiko. Depois de uma vertiginosa e violenta segunda volta em que a direita utilizou todas as velhas armas, a coacção, a agressão, o despedi-mento de jornalistas, a vitória parece garantida para Ollanta Humala.

 

Ainda os votos estão a ser recontados e as ameaças dos mercados já se fazem sentir. Por cá também, mas temos dois "bons" alunos a dirigir o país...


Mais Peru a Sul menos Portugal a Norte, assim se faz a história deste 5 de Junho.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D