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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

30
Ago11

É para a desbunda

salvoconduto

 

 

Para quem não saiba quem é o pinoca que está a dar a aulinha aqui fica, Diogo Leite Campos, vice-presidente do PSD.

 

Razão tem ele em se queixar já que só tem como rendimentos duas reformas, uma de 5.000€ e outra de 3.240€ a que vai juntando sabe-se lá com que esforço os lucros de uma sociedade de advogados.


Volta a ter razão quando afirma que em Portugal não há ricos, mas de mentecaptos estamos bem servidos. Podem crer que se estes fossem taxados cada vez que abrem assim a boca isto chiava de outra maneira.

 

 

29
Ago11

A solução

salvoconduto

 

 

Acabou o passatempo, pronto para nova semana. Argutos como são a Justine, a Maria e o Carlos descobriram a resposta certa. Na realidade Daniel Catalão gosta muito da cor vermelha, mas é no marisco e na tourada. Talvez por isso lhe fugiu a vista daquela notícia sobre a presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo, a mesma com quem Sebastián Piñera se recusava a dialogar e que agora teve de engolir o sapo convocando-a para uma reunião mas, à boa maneira de Dom José Policarpo, lá vai dizendo que "não é o momento de deitarmos culpas uns aos outros. É o momento de nos unirmos para resolver os problemas", não sei mesmo se não terá feito o sinal da cruz e interrogo-me que tipo de amuletos e mezinhas não levará para a reunião com aquela a quem já chamou bruxa já que não pode utilizar a fogueira de outros tempos...


Está bom de ver que o único problema que Piñera tem é a contestação na rua e talvez por isso fazendo jus à afirmação de não deitar a culpa nos outros lá vai começando precisamente por acusar os estudan-tes de durante três meses provocarem muita dor e muito dano ao povo chileno e que por causa da luta estudantil muita gente viu perder o que com tanto esforço tinha construído durante toda uma vida e voltou a repetir as mesmíssimas ideias lançadas durante o conflito.


Está-se mesmo a ver, lá como cá o "diálogo" promete. Há no entanto um "mas" ou um "senão", a luta já extravasou o mundo estudantil e alargou-se aos movimentos sociais, o que promete dar ainda mais consistência e ânimo à luta encabeçada pela federação de que Camila Vallejo faz parte.

 

Vamos lá então seguir de perto a situação no Chile quer Daniel Catalão goste ou não...

 

27
Ago11

Passatempo

salvoconduto

 

 

São dos que gostam de se entreter com passatempos a modos de palavras cruzadas, sodoku, sopa de letras ou até mesmo descobrir as seis ou oito diferenças entre duas imagens que vos são apresentadas? Pois então aqui vos deixo um desses passatempos, desde já alertando que não será fácil e não vale fazer batota indo logo procurar a solução ao site da RTP.


Estão a ver a capa do Público aqui em cima? Vamos então lá, a Daniel Catalão jornalista da RTP coube-lhe em sorte apresentar as capas dos jornais do dia seguinte. Empenhado como é agarrou a tarefa com ambas as mãos, claro que foi com ambas, as duas que tem, que o homem não é maneta e muito menos aleijadinho.

 

Chegado à página do Público destacou e perorou sobre cada uma das notícias ou cabeçalhos com excepção de uma. Ora aqui é que está o desafio, quem é que acerta na notícia omitida? Já vos alertei que não será fácil, para aqueles que não querem atirar a moeda ao ar garanto que vão ter que somar muitas premissas para chegar à solução. Divirtam-se, faz bem aos neurónios.


Já me ia embora mas resolvi voltar atrás, vá lá eu dou uma ajuda, Catalão ocupa os tempos livres em "Computer, internet e gadgets geek", gostava de viver em Nova Iorque, tem como cor preferida o vermelho e o livro da sua vida é o Triunfo dos Porcos de George Orwell. Ajudei? Mais não pode ser, se não deixa de ser passatempo.

 

26
Ago11

Os gringos e os índios de Benghazi

salvoconduto

 

 

Começa agora outra corrida, ou melhor, já começou. A questão está em ver quem leva a dianteira. Se é certo que a França fez o melhor treino ao antecipar-se a toda a gente no reconhecimento daquele saco de gatos que leva o nome de CNT como governo de jure da Líbia, o certo é que nesta coisa de negócios nem sempre o que arranca primeiro terá garantido o melhor tempo.


Que o digam as empresas alemãs que também elas não esperaram pela queda de Trípoli. Vinte já haviam metido os pés ao caminho três semanas atrás, guiadas por Hans-Joachim Otto, secretário de estado da economia do governo de Ângela Merkel, transportados em avião militar até Benghazi.

 

Claro que à boa maneira ibérica, quando desembarcavam em terras da Índia ou das Américas ofertavam os indígenas com missangas, espelhos e panelas à mistura com o álcool necessário para lhes toldar o cérebro, também estes levaram as suas ofertas, com seringas e medicamentos pelo meio, alguns deles por certo fora de prazo, reafirmando até à exaustação que ali foram por bem e dispõem-se mesmo a fumar o cachimbo do chefe índio lá do sítio, contenha ele o que contiver.

 

Há quem salive demasiado e não se contenha. Ouro! Ouro negro! Exclamam ao pôr os pés em terra, terra que promete, para além do ouro negro tem muito escombro que é preciso reconstruir. Uma vez iniciada a reconstrução as oportunidades de negócio sucederão umas atrás das outras, com abundância e lucro também.


"Assim que o petróleo e o gás natural voltarem a jorrar, a Líbia será um país rico e nós também" deste modo se expressava Meier-Ewert um desses empresários em terras dos índios de Benghazi.


Um outro que leva o nome de Felix Neugar, perito da Câmara da Indústria e Comércio da Alemanha para as questões de África levanta o ânimo dos seus pares ao afirmar que apesar da Líbia ser mais rica do que os seus vizinhos africanos o nível das infra-estruturas é altamente inadequado, estando mais ao nível da Síria ou do Egipto, o que lhes garante desde logo pano para mangas, garantidos que estão os contratos celebrados com Kadhafi, agora é só expandi-los eliminados que foram alguns dos obstáculos.


Mas não julguem os capatazes de Merkel que por ali andam sozinhos, também outros estão a bater às portas de Benghazi, já por lá andaram os gringos chefiados por Mccain a mando de Obama, que nestas coisas do petróleo não se guardam ressentimentos, todos por todos desde que nós sejamos os primeiros.

 

Quem não está achar muita piada a estas viagens não programadas são os italianos da ENI que fazem o que podem para manter o estatuto nesta coisa do petróleo em terra que foi de Kadhafi e já garantiram um encontro entre Berlusconi e o líder índio Mahmoud Jibril.


Definida que esteja a pole position resta ao inocentes úteis do costume fazer alinhar os seus carros para dar mais colorido à corrida.

 

Garantidos parecem igualmente estar grandes eventos nas respectivas capitais a favor da caridade pró-Líbia, e dos negócios claro. Promete ser bonita a festa, pá, até o Arrastão foi convidado.

25
Ago11

Pior do que podre

salvoconduto

 

 

É assim que fico quando riem na cara do cidadão normal, porque anormais são aqueles que quando confrontados com os crimes mais hediondos nada fazem para os julgar, ou porque são de alguma forma coniventes ou porque vivem apenas de aparências.


Ainda há poucos dias dei conta de que o governo de El Salvador tinha colocado ao dispor da Justiça 9 execráveis figuras autores morais e materiais do assassínio de 6 padres jesuítas e mais duas mulheres.


Apesar de terem sido "amnistiados" pelos seus pares na longa noite negra de El Salvador esperava-se agora que depois de emitido um mandado de detenção pela Interpol expiassem finalmente as culpas, em El Salvador ou em Espanha, como aqui dei conta. Mas não, ainda mantêm a influência de outros tempos, daqueles em que despoticamente dispunham dos destinos do país e da vida das pobres almas que perante eles não se ajoelhassem, acabam de ser postos em liberdade pelo Supremo Tribunal de Justiça de El Salvador.


Viraram e reviraram o mandado da Interpol, conseguiram dar a volta, determinando que o texto de tal mandado apenas é uma "ordem de localização", não de captura. Finos como ele são.


Os jesuítas assassinados devem por certo ter dado também uma volta na tumba e nem sabem que nos tumultos de Londres foi preso e sumariamente condenado um pobre diabo por ter roubado uma garrafa de água.


Até eu fico cá com uma sede...

 

24
Ago11

Pobre não enxerga, pitosgas me confesso

salvoconduto

 

 

Reconheço hoje que porventura me excedi quando vim para aqui carpir mágoas por me terem ido ao bolso na pensão de reforma. Estava longe de imaginar que afinal há gente bem mais necessitada do que eu e que na realidade tenho andado a viver acima das possibilidades deste país que afinal é constituído por uma imensidão de pobretanas como justa-mente acaba de afirmar Américo Amorim que diz contar repetidamente os tostões a ver se lhe chegam ao fim do mês.


Não sei por que carga de água alguém se lembrou de atirar com o nome dele para a ribalta, indigitando-o à cabeça para pagar imposto-extra, lo-go ele que é um simples trabalhador. Se fosse o meu nome que tivesse saltado até vá que não, não seria de estranhar, que raio se passa na cabeça desta gente quando lança assim para a praça pública o nome do desgraçado?

 

É nestas alturas que se vê quem conhece o verdadeiro significado da palavra solidariedade. Aqui estou eu na primeira fila, solidário com Amorim mas também com Fernando Pinto o timoneiro da TAP a quem acusam de gastar demais ao telemóvel, logo ele, que muito boa gente há bem pouco tempo acusava de avareza.


Solidário também com a Administração da Caixa, onde trabalhei, e que agora vê também o seu nome escarrapachado nos tablóides e revistas cor-de-rosa por terem gasto em telefones mais 54% do que um ano antes, eles que só haviam utilizado 22 mil euros, porquê agora tanta celeuma? Afinal só foram 32 mil.

 

Não há nada como a frieza da distância, hoje arrependo-me dos desvarios do passado quando chorava baba e ranho se a administração daquela casa não me aumentasse em 1% ou até mesmo 0,5. Está agora para mim mais claro do que nunca que cada um deve viver na justa medida das suas possibilidades e eles sabiam-no melhor do que ninguém, teimei tanto em não entender que só buscavam o meu bem-estar, as preocupações ficavam com eles.

 

Razão tem o deputado brasileiro, Antonio Salim Curiati, ao defender o controlo de natalidade da população pobre. Não é nada, não é nada, mas como ele muito bem diz se se dá tostão a essa gente logo começam a fazer filhos à vontade, pior do que coelhos. Igualmente razão teve o "outro" em cortar no abono de família. Pobre não enxerga mesmo.


Pois vale mais tarde do que nunca, aqui fica o meu arrependimento. Vou mesmo treinar umas caminhadas, ainda hei-de ir a Fátima a pé, as malditas das bolhas é que me assustam. Bem vistas as coisas foi por uma tal de bolha imobiliária que esta merda deu no que deu.

 

23
Ago11

“Perder o ano, mas ganhar o futuro”

salvoconduto

 

 

O governo chileno de Piñera está com as calças na mão perante a luta dos estudantes que se estende já a outros sectores da sociedade. À falta de melhor argumento as elites do Chile vão avisando os estudantes que por este caminho vão perder o ano. Claro que até o poderão perder mas certamente ganharão algo mais importante, o futuro.


A comunicação social cá do burgo decidiu manter uma espessa cortina sobre os acontecimentos na Praça Ñuñoa e Praça das Armas ambas em Santiago, não passam além da praça do Areeiro, mantêm-se entrinchei-rados nas redacções dos jornais preocupados apenas na propaganda ao governo de Passos Coelho ou às medidas da troika. No Chile? No passa nada.

 

22
Ago11

A cara com a careta

salvoconduto

 

 

O que me vale é que já estou habituado, há muito identifiquei as posições da igreja católica com o obscurantismo, com o lado mais conservador e retrógrado da nossa civilização, não estranho pois as palavras de D. José Policarpo.

 

A mesma igreja que conviveu de mãos dadas com ditaduras e genocídios, convive agora com o habitual à-vontade com a pior face do liberalismo instalado no país.

 

Quando a troika é ultrapassada pela direita, quando se ataca os traba-lhadores e se facilita o seu despedimento, quando se condena milhares à pobreza, outros tantos à miséria,  D. José Policarpo agasta-se e invecti-va com os que reclamam, à boa maneira de Cerejeira.

 

É esta a igreja que temos, aqui e no resto do mundo, sempre a remar mas a favor da "maré". Imagino em que estádio civilizacional nos pode-ríamos já encontrar não fora o obstáculo desta igreja ao longo dos séculos.


Os vendilhões tomaram conta do país, talvez por isso mesmo D. José Policarpo faça questão de demonstrar publicamente o ódio que nutre pelos sindicatos e demais movimentos de cidadãos que não vêem com bons olhos a sua presença, tem medo que um dia aqueles possam ser de novo expulsos do templo, o templo de que também ele se apoderou.


Antes que me lembrem que há no seio da igreja quem não perfilhe de tal mentalidade devo pela minha parte recordar que é mais do que certo que uma andorinha não consegue fazer a primavera.

 

É claro que recordo algumas das posições do antigo bispo de Setúbal, uma ou outra do bispo da forças armadas mas sobram-me demasiados dedos mesmo tendo em conta que já reservo alguns para aqueles outros, poucos também, que em terras da América-Latina frequentemente se tornam vítimas da igreja a que pertencem.


D. José Policarpo não dá lugar aos novos, controla-os e mantém um poder férreo, seguindo os passos e ensinamento de Cerejeira de má memória que amiúde faz questão de enaltecer.


É neste terreno que Policarpo mais gosta de se movimentar, a desgraça alheia, aquela que lhe vai garantindo que um rebanho de desesperados lhe bate à porta, os mesmos que em desespero também batem à porta do diabo.

 

21
Ago11

Um diz mata o outro esfola

salvoconduto

 

 

Há uns dias na caixa de comentários do CR e a propósito da intenção de António Costa portajar a entrada de veículos em Lisboa escrevi isto: "Eu coloco a questão da seguinte maneira: se estão criadas as condições para que o cidadão possa ali aceder através de transporte público, siga com a medida. Se pelo contrário tais condições não estiverem reunidas então estaremos perante um caso sério de aproveitamento da onda laranja. Como não possuo os dados, passo".

 

Quem aqui vêm com regularidade sabe como eu sou, sempre com um pé atrás, desconfiado, às vezes chego mesmo a interrogar-me se não serei enxertado em algum corno de cabra com tamanho mau feitio.

 

Agora ao saber que António Costa aumentou o aluguer das hortas de Lisboa, que já chegaram a merecer honras e destaque nos media cá do burgo, mais me convenço que nestas coisas que envolvam taxas e cobranças sob a capa o do bem-estar dos contribuintes é sempre bom ter um pé colocado bem atrás, mas mesmo muito atrás.


Depois daquela iniciativa de António Costa promover a empresa do Belmiro em plena Avenida da Liberdade só faltava mesmo esta medida, não é nada, não é nada, mas sempre são uns tomates e umas alfaces que o Belmiro deixava de vender.

 

Se a isto juntarmos a reportagem da SIC-N ouvista há poucas horas de que em Portugal existem milhões de hectares de terrenos que se transformaram em mato depressa concluiriamos que Portugal é habitado por uma data de preguiçosos que não querem trabalhar, como estão fartos de lembrar sociólogos ilustres como António Barreto que em boa hora, para os Belmiros e CIA, resolveu acabar com esses "vícios", a terra a quem a "trabalha", não foi ele quem se cansou de o afirmar?

 

Se a terra sempre foi feita para latifundiários que é essa merda de hortas à volta de Lisboa? Tem gente que não se enxerga, enquanto ia no raminho da salsa ou dos coentros ainda vá que não vá, agora meterem-se no negócio dos tomates ou das alfaces é coisa que não lembra nem ao diabo, vamos lá com calma, não é mesmo?! Ah ganda António, até os tomates ficaram cor-de-laranja!

 

19
Ago11

Ainda vou a tempo

salvoconduto

 

 

Para quem não sabe fica a saber que hoje é dia mundial da fotografia. Recordo a efeméride através uma das obras de Richard Avedon  (1923-2004) obtida em 1992. A modelo da foto de Avedon sei que é Stephanie Seymour, já do pitosgas não faço a mínima.

 

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