Há poucos dias Dom Januário, o capelão das forças armadas, veio a público tecer sensatas palavras de apoio aos mais desfavorecidos e lançando críticas para o interior da igreja. Não tive dúvidas do destinatário, Dom José Policarpo, o chefe da igreja católica em Portugal.
Agora é a vez deste, através do JN, vir a terreiro deixar claro que quem conduz os destinos da igreja é ele e só ele, reiterando os "princípios e causas" que defende, usando sofismas que por certo leu nas muitas oratórias de Cerejeira: Ninguém sai da política "com as mãos limpas", assim declara Policarpo.
Dom José Policarpo sabe do que fala, tal como Cerejeira vive de mãos dadas com esse lado da política e conhece-lhe bem os meandros que tanto lhe sujam as mãos.
Diz Policarpo que não se mete em política mas não faz outra coisa do que sucessivas coligações com o diabo para enaltecer o papel da troika e chamar os crentes a cumprir os respectivos mandamentos.
"Se nós colaborarmos todos, o próprio Governo encontrará soluções mais adaptadas" assim afirma ele para mais à frente acrescentar: "O Governo tem uma tarefa muito difícil. Tem um protocolo internacional para cumprir. A sua margem é muito limitada e a margem é de dentro das medidas necessárias escolher aquelas que vão mais ao encontro da pessoa humana", claro Dom José, é mesmo isso, aquelas que vão ao encontro dos mais ricos que aos pobres até lhes roubaram a condição humana, exactamente a mesma coisa que vossa senhoria faz com o seu rebanho.
Sei que há quem lhe beije a mão, eu nem sequer lha apertava com medo de ficar com a minha também suja, distância Dom José, distância, continue a apertar as mãos àqueles que lhe sujam as suas.