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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

21
Out11

Inquisidora-mor

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A ligeireza ganhou-a nos tempos de maoísta, a inteligência acusa a erosão dos anos, já não dá para mais, embora à nascença já fosse pouca. Com o mesmo megafone, a que se esqueceu de renovar as pilhas, adapta as palavras de ordem de então, acampa diariamente no "Blasfémias", repete a arenga liberal desta feita centrada nos funcionários públicos, vai servindo copos cheios de fel entre a populaça.

 

Helena Matos, o nome da criatura, lembrando as ratas de igreja em período de oração, repete vezes sem conta as mesmas rezas, pelo meio vai lançando pragas, esconjuros e benzedelas.


Exulta com os cortes decretados pelo governo, levanta a cruz e aponta-a a Cavaco para quem recomenda a fogueira pela heresia proferida sobre a equidade fiscal.

 

A mesma cruz aponta a Pacheco Pereira que cometeu igual pecado por afirmar que "um funcionário público que ganha 1000 euros ilíquidos é tão “rico” ou tão “pobre” como um trabalhador do sector privado com o mesmo salário. Isto no passado, porque hoje já é mais “pobre” e discriminado."

 

Metodicamente a inquisidora-mor vai gritando os nomes à populaça, os nomes daqueles que devem ser lançados à fogueira exultando-a amarrar desde já os hereges no pelourinho que expressamente mandou construir.

 

Da acampada no "Blasfémias" saltita diariamente para o jornal Público onde lhe pagam para continuar a pregação, a perseguição aos infiéis e a propagação da doutrina liberal. Carrega nas cores, pretos e ciganos são os primeiros da sua longa lista. Só os puros como ela merecem a redenção. Negaram-lhe há muito um lugar à mesa do Estado, ressabiada jurou que se iria vingar. Deixa escapar de vez em quando uma interjeição de ressentimento por os seus pares ainda não lhe terem reconhecido o abnegado trabalho, toda ela é fel por dentro. Corre-lhe vinagre nas veias, não dá conta que mirra a cada dia que passa agarrada à cruz e ao megafone.


Alguém tem para aí umas pilhas que lhe ceda? Não sejam mauzinhos das gastas não, embora por certo não daria conta.

 

19
Out11

Os índios do Albergue

salvoconduto

 

 

Viram-se na necessidade de alterar o nome do “albergue espanhol”, na realidade nunca o nome de um blogue se coadunava tanto com a realidade. De um albergue para outro, do albergue espanhol, para o albergue do governo e empresas públicas transitaram depressa e em força.


Mudado o nome para "Forte Apache" os índios continuam iguais servindo ou servindo-se.

 

Afinam estratégias com o sósia que dá pelo nome “Delito de Opinião”.


De um e de outro saíram fornadas para altos cargos no Estado e empresas públicas. Não se cansando de malhar na função pública sentam-se à sua mesa, parasitam o Estado que tanto criticam.


Dão voltas e reviravoltas para se justificar o OE, são a quinta coluna do governo. Chego mesmo a ficar preocupado com receio de os ver esturricar os neurónios.

 

Anda aí meio mundo às voltas com o roubo à mão armada levado a cabo pelo governo mas há sempre alguém que é mais genial que todos os outros na defesa deste OE. Forte Apache e Delito de Opinião estão na linha da frente e primam pela originalidade dos argumentos.

 

“Impecável”, assim qualifica, Rui C Pinto um dos escribas de serviço. Afirma o prosa “o OE foi entregue na Assembleia da República à hora prevista”.

 

Vai mais longe e afirma também que "a pontualidade e rigor neste acto público da entrega só podem trazer conforto". Nem mais, o conforto da pontualidade sobrepõe-se ao desconforto do conteúdo. Grande malha, vais longe.

 

Outro que também prima pela originalidade é João Campos que tem para si que a melhor defesa é o ataque e por isso dispara: "Qual é a posição de um funcionário público ateu quanto ao corte do subsídio de Natal?"


Tudo gente importante, tudo gente inteligente, tudo gente original.

 

18
Out11

Crise e luta de classes

salvoconduto

 

luta de classes
 

O aldrabão de S. Bento está a conseguir um dos seus intentos, nunca li tantos posts contra os funcionários públicos. Alguns destes caem que nem anjinhos e alinham na paródia. Será que não percebem que é de luta de classes que se trata e que uma delas está a esmagar as restantes?


O texto que vos convido a ler data de 2006, dois anos antes da crise da bolha financeira, a cinco anos de distância dos "buracos" onde nos querem meter.


É da autoria de Vicente Navaro, professor de Política Pública na Johns Hopkins University, EUA, e na Universidade Pompeu Fabra, Espanha.


Não poderia deixar de o evocar depois dos acontecimentos dos últimos dias, desde a declaração do primeiro-ministro até à manifestação de domingo à tarde.


É longo o artigo, mas é um desafio que vos faço, talvez comecem a interiorizar um pouco mais do que está a acontecer por esse mundo fora.

 

Deixo-vos o preâmbulo e o link para o texto integral:


"A tendência para olhar para a distribuição de poder pelo mundo enquanto se ignora o poder de classe em cada país é também evidente nas frequentes denúncias que as organizações internacionais são dominadas pelos países ricos. É frequentemente apontado o facto, por exemplo, de que 10 por cento da população mundial, vivendo nos países ricos, tem 43 por cento dos votos no FMI, mas não é verdade que 10 por cento da população vivendo nos chamados países ricos controle o FMI.

 

São as classes dominantes desses países que dominam o FMI, desenvol-vendo políticas públicas que prejudicam as classes dominadas do seu próprio país, tal como as de outros países."


Texto integral aqui. Está lá tudo bem explicado como já outros o fizeram antes e depois.

 

 

17
Out11

Frei João

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José Manuel Fernandes, o seboso, como alguém lhe chamou na caixa de comentários do caixote do lixo onde escreve desde que foi despedido do cargo de director do Público depois de por ali ter deixado escola na arte da mais baixa e vil insinuação, continua igual a si próprio no blog onde lhe deram asilo.

 

Afirma-se escandalizado pelo depoimento de uma senhora, da qual cita o nome, médica de família, ao Público de domingo sobre o SNS. Porque a referida senhora deu conta que se reformou aos 55 anos de idade com 30 anos de serviço e 1120 euros de pensão, sabujo como é, disparou por ali fora na arenga sobre os funcionários públicos, não poupando a adjectivos em relação à referida senhora.


Cuidou de saber se por acaso ela se reformou por invalidez? O cérebro não lhe dava para tanto.


Cuidou de saber se a senhora é uma das muitas que farta de tanta humilhação resolveu bater com a porta arcando com pesadas penalizações no montante de reforma? Uma vez vais o cérebro não dava para tanto, tal a montanha de sebo que o cobre.

 

Alguma vez JMF escreveu uma linha que fosse sobre as pensões milionárias dos seus mestres? Alguma vez JMF verteu nas folhas do Público o seu pesar por ver uma outra senhora, esta das suas hostes, reformar-se não com 55 anos mas 42? Não com 1120 euros mas 2300? Não com trinta anos de descontos mas apenas 9? Não por invalidez, mas fresquinha como uma alface, tal é o caso da actual presidenta da Assembleia da República? Quantos pesos quantas medidas?


Exaspera-se o seboso com os 1120 euros por 30 anos de trabalho mas não se exaspera pelo "subsídio de alojamento" de 1150 euros que recebe o Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo ou o Secretário de Estado das Comunicações José Cesário por terem residência a mais de 100 quilómetros de Lisboa quando ambos têm casa própria na capital. Nem uma linha.


Cai o Carmo e a Trindade pela reforma da senhora, de 1120 euros e 30 anos de trabalho mas moita-carrasco para o "subsídio" de 1150 euros, que se estende também ao ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, a Juvenal Peneda, adjunto do ministro da Administração Interna, aos Secretários de Estado Paulo Simões Júlio, Cecília Meireles, Daniel Campelo e Marco António Costa e à subsecretária de Estado adjunta Vânia Barros.

 

Alguém lhe ofereça um frasco de champô ou sabão macaco para lavar a cabeça que o sebo já pinga e tolda-lhe o raciocínio! Irra que esta gente tira-me do sério!

16
Out11

Para além de mentiroso é batoteiro

salvoconduto

 

 

Como o pior dos batoteiros, com ases e manilhas na manga, Passos Coelho afirma que os trabalhadores do sector público ganham mais 14% do que os trabalhadores do sector privado.

 

Socorrendo-me dos dados que me estão mais à mão gostaria que o aldrabão me demonstrasse onde e como um trabalhador do banco do Estado ganha mais 14% do que os seus pares do BES, BCP ou BPI.

 

Se fosse honesto divulgaria o salário de um médico, professor, enfermeiro, etc, etc, no sector público e no privado, comparando o comparável e mostrando onde estão esses 14%.

 

Não pode é nessa comparação incluir profissões que não existem num ou no outro sector. Não pode é nessa comparação incluir aqueles que vão temporariamente ao sector público para dele se aproveitar e o delapidar.

 

Pior ainda do que os cortes que efectuou é lançar, à boa maneira do seu antecessor, o estigma sobre os trabalhadores do sector público que mais não fazem ali do que vender a sua força de trabalho à semelhança do que fazem os do sector privado.

 

Lançar o anátema da responsabilidade pela crise ao trabalhador do sector público é a mais pura das batotas e uma infâmia.

 

Virar trabalhadores contra trabalhadores é um acto só ao alcance dos fracos, é um acto de cobardia perpetrado por alguém que enquanto estiver no exercício das funções de primeiro-ministro não deixa de ser ele mesmo um funcionário público.

 

O primeiro-ministro sabe bem ao que anda, busca o mesmo que os seus pares quando resolveram passar pelo governo. É elucidativo o estudo que nos mostra o rendimento anual de alguns governantes antes e depois de por lá passarem, e só em relação aos valores declarados:

 

  ANTES DEPOIS
Pina Moura 22.814€ 697.338€
Jorge Coelho 41.233€ 702.758€

Armando Vara

 59.486€ 822.193€
Dias Loureiro 65.010€ 861.366€
Faria de Oliveira 65.010€ 700.874€
Fernando Gomes 47.901€ 515.000€
António Vitorino 36.089€ 383.153€
Luís Parreirão 52.212€ 463.434€
José Penedos 112.947€ 728.635€
Mira Amaral   64.968€ 414.294€
António Mexia 680.360€ 3.103.448€
Castro Guerra 43.658€ 210.828€
Ferreira do Amaral 64.968€ 278.258€
Filipe Baptista 74.254€ 192.282€
Ascenso Simões 70.258€ 122.102€

  

É apenas uma pequena amostragem daqueles que foram para o governo com um único motivo, a ganância. Estes sim são alguns dos responsáveis pelo estado a que isto chegou, não foi o simples trabalhador ou reforma-do a quem acusam de viver acima das suas possibilidades.

 

Senhor ministro, vá roubar para outro lado.

14
Out11

Fatal como o destino

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Eles aí estão de novo a cumprir o seu papel. Depois do anúncio de Passos Coelho, depois de a maioria dos portugueses se ver confrontada com o pior OE de que há memória, aí está o "arrastão", um dos órgãos oficiosos do BE, através de Sérgio Lavos, a chamar a si o papel que lhe cabe na luta "ideológica".

 

Num post de linha e meia acusa a CGTP de ser apenas uma das siglas do PCP ao mesmo tempo que a cataloga de "amarela".


Isto vai, amigos isto vai...

 

13
Out11

Onda de calor

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Ponham-se a pau que este calor fora de época não é nada saudável, o sol directo ma mona é tipo pica miolos, os estragos já se fazem sentir e não é só na castanha, os exemplos sucedem-se em catadupa.

 

Santana Lopes que de vez em quando abre a boca, nunca se sabendo se entrará mosca ou sairá asneira, só agora deu conta que a troika está instalada em Portugal, certamente por "andar por aí", como sempre, distraído. Tão distraído que não sabe que os três mosqueteiros afinal eram quatro.


Lembrou-se agora de criticar a falta de "autoridade, transparência e humildade" das instituições que constituem a "troika" (CE, BCE e FMI), mas esqueceu-se de aí incluir o governo do seu partido, o quarto mosqueteiro desta troika maldita. Tão depressa falou tão depressa voltou a andar por aí. Que vá pela sombra.


Outro a quem o calor começou a dilatar o cérebro é Jorge Miranda, o constitucionalista, diz-se irritado porque não encontra na constituição razão para a entrada e permanência da troika em Portugal. Vão ver que a manter-se o calor ainda vai descobrir que afinal a constituição é alterada diariamente e não é de agora. Só espero que a massa encefálica não lhe comece a sair pelos ouvidos. Quem privar com ele que lhe recomende um saquinho de gelo na cabeça e à cautela a ingestão de muitos líquidos, água de preferência.

 

Igualmente no mesmo sentido se pronuncia Marcelo Rebelo de Sousa, ele que se diz sempre em cima da actualidade, tem dúvidas sobre a constitucionalidade das medidas que afirma serem impostas pela troika.

Mas o que se passa com esta gente para ser assim tão de repente vítima da onda de calor?


Mas não ficamos por aqui, o ex-renovador que olha contra a nação, Medeiros Ferreira, também está a padecer do mesmo mal e em maré de descobertas, deu conta agora que um tal de "neoliberalismo" está a dar cabo de uma sua amiga colorida que leva o nome de "Europa". Com os calores a subir-lhe igualmente à parte mais sensível, há muito destapada, vai avisando que esse tal de "neoliberalismo" bem pode destruir a sua amiga que ele cá estará para a reconstruir, eita valente, só queria saber onde mergulhaste a cabeça, a fazer alguma coisa é agora ó meu, já devia ter sido ontem e tu vens dizer-me que quando esta coisa estiver toda escavada que então apareces? Água fresca, água fresca.

 

Cavalgando a onda de calor o pirómano de S. Bento às 20 horas ateava fogo ao que resta do país.


Vocês por amor de deus cuidem-se, o calor ainda vai durar mais uns dias, a castanha vai continuar a mirrar e a cair antes do tempo. Quem vos avisa vosso amigo é. Água para cima deles! De quê é que estão à espera para ligar a mangueira? Só mesmo quando já não houver água?

 

11
Out11

Sinónimos

salvoconduto

 

 

Esmifrar: diz a Priberan que é a mesma coisa que esforricar, dar ou pagar de má vontade, cravar, extorquir dinheiro. Mais terra a terra como sou acho que é assim mais para gamar ou meter a mão no bolso, esta a palavra de que me lembrei quando comecei a ler o que não devia, os carrapatos continuam em alta.


Por cá Daniel Bessa, aquele que foi ministro da economia do governo de Guterres aposta tudo nas hostes laranja e ajuda no que pode. Desde já vai desempenhando papel de figurante, quem sabe lá mais para a frente espreite a oportunidade ter o papel principal no ministério que já foi dele. Para isso há que dar nas vistas, ei-lo a recomendar nova "dose" nos subsídios de férias e natal em 2012. Vai adiantando mesmo que até era acertado esmifrar um deles pela totalidade.


Outro carrapato em alta nestes últimos tempos é António Barreto, há quem garanta que está a ganhar endurance para uma possível sucessão a Cavaco. Daí até afirmar que Portugal pode desaparecer como país foi uma fervura, logo ele que deu uma ajuda ao entregar parte do Alentejo a espanhóis, ingleses e holandeses.


Aqui ao lado os nossos companheiros de jangada também não fazem a coisa por menos, encenam que vão julgar os corruptos, depois é como cá, as provas não eram consistentes, o processo tinha erros periciais ou entretanto prescreveram. Saramago lá sabia por que nos metia no mesmo bote e logo de pedra.


Os holofotes estão virados para uma rapariguinha, de sua graça María Dolores Amorós, que foi directora-geral da Caixa de Aforros do Mediterrâneo, da qual acabou despedida por decisão do Banco de Espanha ao saber-se que a ladina estudara pelas mesmas sebentas de oliveira e Costa, Jardim Gonçalves e Teixeira Pinto.


Nem mais, "contabilidade criativa" era com ela e em benefício próprio, para além de apresentar números falsos nas contas para enganar o supervisor.


Acabou recompensada com uma pensão vitalícia de 370.000 euros. É tão giro não é? Lá como cá falam em diminuir o número de meses de indeminização em caso de despedimento. Eita que esta gente leva-lhe jeito para estas coisas do gamanço de punho branco, esmifrar é com eles.


Oh António, eu quero lá saber se Portugal vai desaparecer como país, se a jangada vai ou fundo ou se vêm aí os chineses, eu quero é que o regabofe acabe e depressa ou que alguém me empreste um "spray" para acabar com os carrapatos antes que eles dêem definitivamente cabo dos habitantes do país.

 

10
Out11

Cobardia, a arma dos fracos

salvoconduto

 

 

Na sociedade em que vivemos não existem valores, é cada um por si e para si. Causa-me repulsa acrescida os assaltos de que são vítimas anciãos que se encontram sós ou fragilizados, a maior parte das vezes com violência física à mistura. Nunca o título "este país não é para velhos" esteve tão ajustado.


Promover um corte nas pensões de reforma ainda que apenas naquelas que tenham um valor igual ou superior a 1500 euros não deixa de ser um acto de cobardia. Abro parêntesis para destacar que são apenas as reformas e não os salários. Porquê as reformas?


Para o leitor que ainda não esteja a seguir a minha linha de raciocínio, às tantas ainda estará a pensar que 1500 euros é uma reforma milionária, imagine que querendo viver com dignidade quando chegar a sua vez de arrumar as botas subscreve um desses planos poupança reforma ou um qualquer outro seguro similar e que chegada a altura de dele usufruir constata que o banco ou a seguradora alteram unilateralmente as regras e resolvem subtrair-lhe com uma parte das suas poupanças? Come e cala?

 

Palpita-me que não. É uma questão que não é de somenos, o comer e calar. Se a um trabalhador lhe retirarem parte do salário será quase certo que não comerá nem calará, pelo menos sem reacção. Na volta pode afirmar que a partir daí o seu trabalho também será proporcional ao corte efectuado, pode, se organizado num sindicato, promover uma greve ou o que quer que seja para lutar contra a afronta.


E é aqui que me volto a lembrar do ancião sozinho em casa que é assaltado e agredido. O corte nas pensões de reforma agora anunciado é um acto de cobardia desde logo porque cometido sobre alguém que não dispõe de meios para se defender. O reformado não está em condições de promover uma greve e muito menos alegar que vai passar a trabalhar menos. Resta-lhe apenas o direito à indignação, já que da solidariedade do trabalhador do activo também pouco há a esperar, resta-lhe comer calando ou sair à rua gritando, apenas isso.

 

Paralelamente o governo anuncia também um corte de 800 milhões no orçamento da saúde, outro acto de cobardia se nos lembrarmos que serão igualmente os mais frágeis, de entre os quais emergem os mais velhos, a sofrer as consequências.


Isto está de tal forma que até o pudor, que outrora se escondia por de trás de um sorriso hipócrita, foi mandado às urtigas e declarações que então nos fariam corar são agora sinónimo de responsabilidade e maturidade. Que o digam Augusto Mateus, ministro da Economia de António Guterres, ou José Manuel Silva, bastonário da ordem dos médicos.


O primeiro recomenda que os médicos ganhem à peça, mas de pela forma mais perversa, isto é, que passem também a ganhar uma percentagem dos exames que deixem de prescrever.


O segundo recomenda, meio a rir meio a sério, que o governo incentive os fumadores a fumar porque pagam um imposto elevadíssimo, ajudando as Finanças, e porque, morrendo em média oito anos mais cedo, recebem menos oito anos de reformas.

 

Estamos conversados e bem entregues.

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