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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

30
Nov11

Seguro já dança, a valsa é mais a seu jeito

salvoconduto

 

 

Seguro está contente, felicidade seria ter votado a favor ao lado de Luís Montenegro do PSD e de Nuno Magalhães do CDS, mas alguns dos seus pares ameaçaram partir a loiça. Não festejou no hemiciclo mas festejou fora dele com o jantar a dois e um passo de dança que não foi de tango mas foi de valsa.


Quem não achou piada à festarola foi Isabel Moreira, naquela bancada com o estatuto de independente, mandou às urtigas a disciplina de voto, continuou a afirmar que os cortes são inconstitucionais e votou contra.


As contas ajustam-se mais lá para a frente, até lá siga a dança.

 

28
Nov11

Não é fado, é sina

salvoconduto

 

 
 

O mesmo país que arde de Norte a Sul pára para discutir uma fogueira ateada e apagada ontem na segunda circular.


Triste país que tem por fado ver guindada a sua canção dita nacional a património imaterial da humanidade e de imediato recupera que "não é desgraça ser pobre" na voz de Amália.


Não me admiraria mesmo nada se nos próximos dias acontecesse algo de "sobrenatural" em Fátima.


Estamos no bom caminho, a prová-lo o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Mota Soares, a dar-nos conta que a caridade começa em casa e decide substituir a vespa por um Audi de 86 mil euros, pago pelo erário público.

 

 

28
Nov11

Tudo jóia, tudo laranja

salvoconduto

 

 

 

Tem pobre que não enxerga, habitação com vista para o Douro, era um pagode. Pobre que é pobre vive no gueto ou na "ilha", de preferência por detrás de um muro bem alto. Rui Rio acabou com a ultrajante situação, o Aleixo já começou a ser demolido, Duarte Lima dá uma ajuda através do seu testa-de-ferro Vítor Raposo.


No local até agora designado por Bairro do Aleixo vão finalmente emergir novas habitações, desta feita de luxo, mais condizentes com a Câmara de Rui Rio e ao mesmo tempo dá-se oportunidade aos negócios de respeitáveis empreendedores como Vítor Raposo e Duarte Lima. Até o Douro parecerá outro, as suas águas serão mais limpas já que a trampa dos ricos que ali vão morar é de outra qualidade, desfaz-se logo ou vai para o fundo, só a do pobre é que bóia.

 

Também no governo a lufada de ar fresco se continua a fazer sentir. O ministro da economia depois de há bem pouco tempo ter contratado para lhe tratar da imagem a jornalista do Diário de Notícias, Maria de Lurdes Vale, de a ter abonado de 3.892,53 euros mensais e equiparado a directora-geral com as respectivas mordomias, despediu-a. Para demons-trar que não é homem de ressentimentos nomeou-a administradora do Instituto de Turismo de Portugal, empresa pública pois claro, um gesto só ao alcance dos grandes. Não foi sozinha, a lista laranja é grande. Finalmente se reconhece o trabalho árduo dos jornalistas dados à coisa da política.

 

Acredito que não tardará muito em reparar-se mais uma injustiça e nomear-se finalmente outra intrépida jornalista que tanto se tem dedica-do à "causa" e à nação, Helena Matos, fico à espera confiante na luz que ilumina o governo, até lá tudo jóia, tudo gente boa, tudo laranja.

 

27
Nov11

Redonda era a tua tia

salvoconduto

 

 

Não tinha visto, mas nesta coisa de andar pela casa dos outros a ler o que de bom se vai escrevendo, muitas vezes também o mau, fui alertado para uma intervenção de um constitucionalista sobre os cortes na função pública. Deixei-me levar na onda e fui vendo o programa, já devia ter juízo, estas coisas provocam-me azia e nem sempre tenho Kompensan à mão, apanhou-me mesmo desprevenido...


A figurinha que leva o nome de António Saraiva e que por sinal é presidente da CIP à falta de melhor argumento para contrariar Carvalho da Silva no último Prós e Prós resolveu elucidá-lo de que a Terra não é plana, que é redonda, logo ele que não distingue a laranja do pepino. Carvalho da Silva lá foi respondendo à besta, sem perder a compostura, que não sabia, que terá andado distraído na escola. 

 

Encanita-me ver repetidamente reiterado que a terra é redonda, até mesmo Galileu Galilei há 500 anos deixou de teimar, a Terra não é mesmo redonda, não teimem, é chata e quem a torna ainda mais chata são os imbecis como António Saraiva. 

25
Nov11

O Manel, a greve e a gramática

salvoconduto

 

 

Não é só nas ideias é também na escrita que José Manuel Fernandes, que já foi director do jornal onde continua a escrever, se atrapalha.

 

Tomem lá dois exemplos retirados do seu post sobre a greve que tanto o incomodou, sob o título "Felizmente há uma explicação…":

 

"...os 'indignados' – foram apanhados a tirar garrafas de cerveja aos polícias, nem sequer foi possível defender que ali é que estava o caminho alternativo à rotina sindical. Que lástima…"

 

"...Felizmente há uma explicação: o povo que não fez greve afinal queria ter fazido greve, mas teve medo. Só um país aterrorizado, depreende-se, é que face a tantas malfeitorias, não começou ainda a protagonizar tumultos “à grega”."

 

 

Os sublinhados são da minha responsabilidade e até aceito que no primeiro exemplo o Zé Manel não quisesse pôr os indignados a roubar as bejecas aos polícias, o diabo do teclado já deve estar cansado de tanta parvoíce e às vezes encolhe-se, acredito.


Já no segundo exemplo, mesmo que o Manel diga que "felizmente há uma explicação", a coisa é mais difícil de aceitar, ter substituído feito por fazido só mesmo alguém que fez a primária muito à pressa ou faltou às aulas a maior parte do tempo. Não, dessa não culpo o teclado, inclino-me mais para o fel que destilava sobre a greve, subiu-lhe à cabeça, amareleceu-lhe a vista e toldou-lhe o raciocínio, mas mesmo assim teimou em escrever.


José Manuel Fernandes numa coisa tem razão, que lástima ver um jornalista escrever desta maneira. Eu sei, eu sei que haverá quem esteja com vontade de me lembrar "quem nunca errou que atire a primeira pedra" mas convenhamos o JMF é a personificação do erro. Terá mesmo nascido de um coito interrompido, um dos dois que o geraram queria ter "fazido" greve, estava apenas a cumprir os serviços "mínimos", vai uma aposta?

25
Nov11

Da insurreição dos pregos à insurreição das ATMs

salvoconduto

 

 

Já há muito tempo que Ângelo Correia não brilhava assim, voltou no papel de inspector Jacques Clouseau. Com a insurreição dos pregos quase no esquecimento reinventou-a ontem, desta feita como insurreição das ATMs. Revelou em primeira mão que havia na greve-geral uma agenda escondida que passava pela destruição das ditas.

 

Estava eu convencido que havia para aí uma série de meliantes a ganhar uma nota preta assaltando as ATMs quando afinal os assaltos fazem parte de uma conspiração insurreccional, em boa hora descoberta e denunciada em dia de greve por Ângelo Correia, ali preto no branco, num frente a frente com Octávio Teixeira na SIC Notícias. Ganda maluco, já estava com saudades tuas.


Quem lhe seguiu as pisadas foi Ana Lourenço, no papel de pantera cor-de-rosa, no jornal das 22 horas da mesma estação, ao revelar por sua parte que a insurreição é internacional tendo o cuidado de o provar com um vídeo que mostra um cidadão estrangeiro, na concentração dos indignados em frente à Assembleia da República, recusar-se a ser entrevistado e a dizer que era francês, logo a tese da conspiração internacional era a mais óbvia. Ana Lourenço com ar grave logo ali pediu um comentário aos três convidados da noite. Não ouvi o que disseram porque entretanto fui ver se tinha as portas de casa bem fechadas, nunca fiando.


A coisa parece ser de tal monta que não me admiraria nada se nas próximas horas mais alguém viesse a público revelar que há armas de destruição massiva na sede da CGTP e isto porque já não há reforma agrária se não lá voltavam os canhões nas cooperativas...


É de gente assim que o país precisa, guichos, a eles ninguém os leva, sempre atentos, sempre alerta.

 

24
Nov11

A provocação do dia

salvoconduto

 

 

 
 
Aqui está um jornal desesperadamente à procura de leitores, entenda-se compradores. Ou muito me engano ou  com semelhante conteúdo e com as tiragens à altura de um blogue, acabará dentro em breve no único local compatível,  a sarjeta, talvez por ali haja ratos que lhe dispensem atenção, por mim nem para embrulhar castanhas.
 
23
Nov11

Com a greve e pelo direito à greve

salvoconduto

 

 

 

 
 
 
 

"Não discutimos Deus e a virtude, não discutimos a Pátria e a sua história, não discutimos a autoridade e o seu prestígio, não discutimos a família e a sua moral, não discutimos a glória do trabalho e o seu dever, assim se assentaram os grandes pilares do edifício e se construiu a paz, a ordem, a união dos portugueses, o Estado forte, a autoridade presti-giada, a administração honesta, o revigoramento da economia, o senti-mento patriótico, a organização corporativa e o império colonial".

António de Oliveira Salazar

 

"Não é este um tempo de alimentar animosidades e concentrar a atenção em interesses particulares e corporativos, não é este um tempo de fomentar conflitos e divisões devemos encarar esta crise como oportunidade de mudança o momento para fazermos reformas estruturais profundas que permitam às gerações futuras alcançar um novo patamar de crescimento económico sustentado e gerador de emprego".

Vítor Gaspar, ministro das finanças

 


 

Ao nível destes dois só mesmo o tribunal arbitral que determinou o funcionamento em 50% de um elevado número de carreiras nos STCP e na Carris, decisão que viola claramente o direito à greve.

 

Cá por mim que não acredito nas "pausas" muito menos em "minutos de silêncio" estarei em "greve" com ocupação do "local de trabalho".

 

22
Nov11

Também o Egipto ainda é o que era

salvoconduto

 

 

É muito difícil a uma revolução sobreviver se não romper definitivamente com o passado, é a história que o demonstra à exaustão. Tarde ou cedo aqueles que não expiaram os seus crimes voltarão em força com a violência que os caracteriza. Algum dia, para seu bem, as forças progressistas terão que se convencer que não é com os paninhos quentes das amnistias serôdias ou com as inquinadas "reconciliações" que será possível instalar a verdadeira democracia.

 

Substituir o ditador pelo seu mais fiel rafeiro é coisa que só ao diabo lembra. Colocar à frente dos destinos do Egipto aquele que foi ministro da defesa desde 1991 é completa cegueira, é veneno para a própria revolução, nem o facto de os EUA apostarem tudo nele os fez desconfiar, o resultado está à vista dezenas de mortos, centenas de feridos, volta a dura repressão e o sonho da Praça Tahrir ameaça escapar-se como areia por entre os dedos das mãos. Razão tinha eu quando em 12 de Fevereiro escrevi que Mubarak tinha caído mas o regime não mudara. A polícia que semeou a morte no início da revolução volta agora intocável à mesma praça matando novamente. A estratégia do rafeiro de Mubarak, Mohamed Tantaui, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, é velha, ou ele e o exército ou o caos.

 
Por cá tivemos algo semelhante quando Spínola quis tomar o poder pela força, falhado o 28 de Setembro e a sua maioria silenciosa tentou de novo em 11 de Março. Valeu-nos aqueles militares que estavam ao lado do povo, valeu-nos determinação de não deixar morrer Abril. Mas cá como lá não julgámos a maioria dos criminosos, cá como lá eles estão de volta a reclamar o que sempre consideraram "seu". Cá como lá desistir seria condenar o futuro, cá na greve geral lá na Praça Tahrir, a mesma luta.

 

21
Nov11

Mais feroz que Tarzan Taborda

salvoconduto

 

 

Seguro começa a cumprir as promessas, depois de ter garantido a abs-tenção violenta ao OE aí está ele no centro do palco. No encerramento do Congresso da Corrente Sindical do PS na CGTP-IN batendo com os mãos no peito afirmou que nem a troika nem o Governo têm legitimidade para reduzir salários. Se alguém duvidava de que Seguro faria oposição violenta a Passos Coelho tem aqui sobejas provas de que o homem só tem uma palavra, violenta sempre que necessário.


Depois de emborcar um copo de água e passar as costas da mão pela boca foi-se violentamente a eles: "E também quero dizer, com a mesma frontalidade, que o Governo português não tem legitimidade democrática nem eleitoral para fazer, passado cinco meses de eleições, uma proposta desta natureza, seja por via da redução, seja por via da revisão das tabelas salariais na função pública". Levantando o punho ameaçadora-mente foi avisando que "o PS estará contra esta estratégia de empobrecimento e de redução de salários".

 

Quando os seus prosélitos sindicalistas esperavam uma declaração sobre a greve-geral Seguro violentamente calou-se.

 

Temos homem. Passos Coelho que se cuide. E ainda queria aquele palha-ço do João Duque acabar com o serviço público no canal do Estado, calma lá que eu quero continuar a ver estas peleias violentas, só espero é que ponham bolinha vermelha por causa das criancinhas e das pessoas mais sensíveis e avessas à violência...

 

 

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