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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

09
Nov11

E o povo pá?

salvoconduto

 

 

Interrogava-me num post de há dois dias quem iria dar a estocada final em Berlusconi, uma vez mais foram os "mercados", o povo italiano esse continua anestesiado de há 17 anos para cá, quiçá na vã tentativa de escapar por entre os pingos da chuva ou a preferir deliciar-se com as aventuras sexuais de Il Cavalieri.


A direita mais retrógrada que por ali assentou arraiais, de pedra e cal, prepara-se para substituir Berlusconi por mais do mesmo, a mesmíssima direita que tomou conta do poder em Portugal ou Inglaterra e se prepara igualmente para o tomar ou retomar em Espanha e na Grécia.

 

Desiludam-se os que esperam passar incólumes, a tempestade que se abate sobre a Europa é de tal monta que não ficará pedra sobre pedra, Nero só sossegou quando incendiou Roma.


Podem continuar alegremente sentados nas bancadas deste circo romano aplaudindo gladiadores ou assobiando cristãos, mais tarde ou mais cedo também a vossa vez chegará.

09
Nov11

Manhoso e trapaceiro

salvoconduto

 

 

Outro que não joga com o baralho todo, apenas  joga com três cartas, deve ser perito na "vermelhinha". Para quem não saiba é a arte de enganar o papalvo com três cartas sendo duas pretas e uma vermelha, depois do dono do jogo as mostrar, vira-as para baixo e baralha-as, mudando-as rapidamente de posição, competindo ao otário candidato a vítima adivinhar onde ela se encontra, por certo deve andar a aprimorar tal arte nas ruas de Bruxelas, depenando os incautos.

 

Foi o que Diogo Feio tentou fazer ontem à noite no frente a frente com Octávio Teixeira. "Ah e tal no Metro do Porto 0% dos trabalhadores fizeram greve", assim textual como aqui escrevo. Com o mesmo passe com que costuma "esconder" a carta vermelha escondeu que os trabalhadores no Metro não poderiam fazer greve porque nem sequer tinha sido decretada para aquela empresa.

 

Vai lá vai, continua assim, pode ser que por Bruxelas fiques com a careca definitivamente à mostra e acabes na falência ou então na choldra já que o jogo da vermelhinha lá como cá é ilegal.

 

08
Nov11

De calças na mão

salvoconduto

 

 
Depois de ter levado a Itália ao descalabro ao mesmo tempo que engros-sava a sua fortuna pessoal o caimão agarra-se desesperadamente ao poder na vã tentativa de não vir sentar o cu no mocho. Imparável o relógio continua a fazer tic tac, nunca o fim esteve tão próximo, faltando apenas saber quem dará a estocada final.
 
04
Nov11

Seguro mais seguro não há

salvoconduto

 

 

Aí está ele, parece um leão! Por certo acabado de comer alguma coisa estragada afirma-se incapaz de enganar a troika, já lhe basta enganar quem nele votou. Adepto do "uma mão lava a outra" coloca-se ao lado do PSD e decreta que o PS se vai abster dando assim mais força ao OE para 2012, o tal que que até Passos Coelho garante que vai muito para lá do acordado com a troika.


Arrota, estava mesmo estragada a comida, e garante também que "a partir de hoje há uma única voz no PS". É assim mesmo leão, um homem quer-se com génio, arrota pelintra faz-te lorde, mostra-lhes a massa de que és feito.


Diz que não fará em Portugal o que o líder da oposição grega faz na Grécia, ora bem, até porque fazer "oposição" chateia, dá trabalho e para isso já lá está o CDS...


Dizem as más-línguas que na reunião da Comissão Política do PS se mostrou mais empenhado em demarcar-se do Bloco de Esquerda e do PCP. Alguém será capaz de dizer ao Tó Zé que não é preciso estar sempre a repisar o mesmo, a gente já o entendeu há muito, a comissão política será assim tão lerdinha a entender?


O outro "jota" é que se vai sentir mais amparado para continuar a malhar no povo, esse estroina gastador habituado a viver acima das suas possibilidades, até o Paulo Portas que não jantou com o Tó Zé ficou agoniado, não gosta mesmo nada que pisem terreno que é seu.


Já Manuel Alegre faz o papel do costume e diz que compreende.

 

03
Nov11

Estava na cara

salvoconduto

 

 

Há dois dias quando o primeiro-ministro grego anunciou um referendo sobre o acordo com a troika saltou meio mundo a dizer que agora não tinha saída, teria mesmo que o realizar. Como vejo filmes com muita frequência, isto já para não falar naquelas séries de tv que se repetem até à exaustão, escrevi de imediato que não acreditava, acrescentei mesmo que "ninguém me tira da cabeça que tudo isto é encenação para boi comer e sinal das guerras no seio da elite grega". Ora aí está o boi de bandulho cheio. Já não há referendo.


Confesso que não entendo como há muito boa gente que ainda liga a palavra democracia a uma outra que leva o nome de povo.


Povo é palavra que há muito foi riscada do dicionário tendo sido substituída por mercados, isso sim já liga bem com democracia...


Quase que me apetecia ser mauzinho e passar a transcrever o que entretanto alguns prosas do nosso rectângulo à beira-mar plantado foram escrevendo sobre esta questão do referendo grego. Será que vale mesmo a pena? Afinal de contas são inúmeras as vezes que afirmam uma coisa para passado umas horas escreverem o seu contrário e ainda nos arriscamos a ir de cana se os acusamos de estar a mentir ou dar o dito por não dito, mas mesmo assim ainda vou seguir alguns episódios de ginástica que por certo alguns não deixarão de fazer, contorcionismo é com eles, sem espinha dorsal não há cambalhota ou flic-flac que não consigam ultrapassar.


Não deixo no entanto de assinalar a frase que agora mais se repetirá: "A pressão mediática de instituições, governos e poderes financeiros europeus conseguiram abortar a consulta"...


Garanto-vos que já vi uma série com este enredo que ao que parece tem argumentistas em full time a escrever o guião e a recriar novos episódios à medida das audiências.

 

Não se esqueçam das pipocas.

 

02
Nov11

Caiu de podre

salvoconduto

 

 

Já não dava para aguentar mais tantos escândalos. Depois da condena-ção no mês passado do director dos serviços secretos colombianos, José Noguera, a 25 anos de prisão por colaborar com os esquadrões da morte paramilitares, depois de não poder esconder mais ao comum dos mortais que esses serviços secretos estão pejados e são controlados por paramilitares não restou outra alternativa ao presidente da Colômbia, Juan Manuel dos Santos do que dissolver os serviços de inteligência, DAS.

 

Mas em vez de extirpar o mal pela raiz Juan Manuel dos Santos protege os esbirros de Álvaro Uribe transferindo-os para outros departamentos governamentais onde por certo continuarão a sua actividade em prol do narcotráfico e do paramilitarismo.

 

Continuam também de pedra e cal na cúpula das forças militares por obra e graça do seu antecessor Álvaro Uríbe que os utilizou para se proteger ao mesmo tempo que os seus adversários eram eliminados física e sumariamente.

 

Dificilmente a Colômbia verá a luz ao fundo do túnel, os assassinatos e desaparecimentos continuam a ocorrer no dia a dia daquele país, embora não seja de desprezar o facto da polícia política não se ter aguentado, corroída por tanto escândalo.

 

Uma nova direcção de serviços de inteligência será criada, aqueles que prostituíram a que agora acaba serão os artífices da nova organização, tudo como dantes, provavelmente mais controlada por Juan Manuel dos Santos e seus pares. Bonito mesmo era ver Álvaro Uribe a dirigir oficialmente a sua criação, por ali já vi de tudo...

 

01
Nov11

Por que temem o povo?

salvoconduto

 

 

Ainda vai fazer correr muita tinta, um mar dela, a "intenção", não creio que passe disso, do primeiro ministro grego George Papandreou de promover um referendo sobre o acordo que realizou com a troika.


Uns aplaudem outros interrogam-se como é possível pôr o povo a decidir estas coisas, tremem só de o ouvir, e este não interioriza o verdadeiro poder que tem.


Por aqui pelo meu canto nem uma coisa nem outra. Não considero que este referendo seja uma saída para o povo grego, bem vistas as coisas só lhe são facultadas duas opções, ou sim ou não. Em qualquer delas o primeiro-ministro grego, George Papandreou, sairia pouco chamuscado. Se o povo votasse contra responsabilizá-lo-ia por ser o culpado do descalabro. Se votasse a favor amarrá-lo-ia a tão perverso acordo.


A ter lugar tal referendo, a altura própria teria sido antes de o governo ter entregado o país ao FMI e à usura europeia. Mas ninguém me tira da cabeça que tudo isto é encenação para boi comer e sinal das guerras no seio da elite grega.


Há outras alternativas à mera questão do sim ou do não deste hipotético referendo. Deveria ser esse povo que agora tanta gente assusta a chamar a si o seu futuro longe da chantagem da troika, dos mercados, das elites que o desgraçam e de um mero sim ou não num boletim de voto.


Que rasguem o referendo, que rasguem o acordo com a troika e iniciem o seu próprio caminho, ditando o que podem e o que não podem cumprir, efectuando uma viragem de 180 graus no modo como regem o seu destino e o seu modo de governação.


Se assim fosse, tal como há milénios, a Grécia apontaria ao mundo um novo caminho. Mas as pressões são muitas, não tenho dúvidas e pressão é o que povo grego dispensaria de boa vontade, esmagado por ela há uns anos a esta parte. Liderança também lhe falta, os partidos do arco do poder esgotaram-se em si mesmos, são o rosto da desgraça.


O sinal mais claro do que na realidade se está a passar é a demissão há poucas horas de toda a cúpula militar, isso não foi encenação, uma decisão que deve preocupar o povo grego e é mais do que reveladora do que verdadeiramente se está a passar naquele país.


Já nem falo das reacções por este mundo fora, aqueles que passam a vida a dizer que governam para o povo tremem só de pensar que em algum lugar do mundo esse mesmo povo se possa pronunciar sobre o seu destino…

 

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