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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

29
Dez11

Ali Abdala Saleh

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Quase ninguém fala no conflito interno no Iémen que dura há dez meses, o que só serve para demonstrar que há ditadores e ditadores. "Proteger os civis", não foi dessa forma que nos impingiram a invasão da Líbia?
 

Surpreendente, ou talvez não, é a atitude daqueles que a comandaram, desta vez resolveram "proteger o tirano dos civis", engendraram uma coisa a que chamam "tratamento médico" e assim recebem e protegem o ditador tal como têm feito ao longo de décadas, parece uma reprise do que fizeram com o Xá da Pérsia de triste memória, há costumes que nunca se perdem...


A Obama só falta mesmo ir recebê-lo ao aeroporto com passadeira vermelha. Às tantas...

 

28
Dez11

Altamente

salvoconduto

 

 
É o que eu vos digo, traumatizado Mário Crespo pegou asas e voou, não o segurem não, perdeu a vergonha toda e dá asas aos sonhos. O da máquina de comboio está um pouco mais longe convenhamos.

 

Depois de ter tentado espremer o presidente do sindicato dos maquinis-tas cumpriu a promessa convidando o presidente do conselho de administração da CP, estendeu-lhe a toalha e incentivou-o a desancar contra os grevistas. Atrapalhado por tanta mordomia o patrão da CP lá foi tentando levar a água ao seu moinho sem nunca ser interrompido por Crespo. Sentiu-se tão à vontade que arrancou por ali fora, até achou de bom-tom afirmar que era o "faltava deixar cair o poder empresarial na rua" à boa maneira de Marcelo Caetano no quartel do Carmo quando ainda não se dava conta que a sua hora tinha chegado e o regime dava o estertor final, depois teve de ir de chaimite...


Embevecido Crespo ainda deu uma ajuda, "esta gente não se enxerga, tivéssemos nós cá Margaret Thatcher ou Ronald Reagan e esta coisa resolvia-se numa fervurinha, mas conte-me lá e essa coisa do subsídio de assiduidade?" Está visto que Crespo não seguiu o meu conselho e não telefonou para saber o que era essa coisa das diuturnidades que ou eu me engano muito ou tem bebido uns bons copos à custa delas, pena é a gente não lhe conhecer o recibo de vencimento onde essas coisas vêm detalhadas. Fica para outra oportunidade.


"Mas conte-me lá oh doutor", insistia ele "então os maquinistas de Lisboa não podem ir substituir os maquinistas do Porto em dia de greve? Juro que até vi pena nos olhos do convidado quando este lhe respondeu "podem não Mário, se eles estão em greve como é que podem substituir os outros?"


Podem apontar aí, desiludido mas não convencido, Mário Crespo ainda há-de ter o seu comboio. Mas a noite não estava perdida, valeu-lhe o frente a frente que se seguiu com Ângelo Correia e João Soares, uma ternurinha, ninguém melhor do que os dois para encarnar o espírito da quadra natalícia, beijoca para aqui, beijoca para acolá, dois amores embora haja quem lhes chame outra coisa, longe vão os tempos em que paravam no Conde Redondo, porventura na vida fácil de que fala Cavaco.


Soares enchia o peito e destacava que a Alemanha estava a pedi-las, que o governo tinha feito muito bem com o negócio da EDP, ora toma lá Merkel que é para aprenderes e dizia isto com muita convicção, a mesma com que mais adiante falava de Isabel dos Santos, Savimbi e diamantes.


Ângelo Correia dando-lhe mais uma beijoca destacava por seu lado que se Portugal não tivesse colonizado Angola, Moçambique, Timor ou Macau nunca teria feito o negócio com os chineses.

 

Por esta altura já Mário Crespo apresentava um brilhozinho nos olhos, por momentos sentia-se entre os seus...

 

27
Dez11

O sonho de Crespo

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Podem crer que o sonho de Mário Crespo desde criança foi ser maquinista e ter um comboio, só para ele, mas atenção, um comboio de verdade, não como aqueles comprados nos bazares dos três vinténs, ele depois escolheria os revisores e os chefes de estação à sua maneira. Não realizou o sonho, ficou a vontade de "conduzir" e o rancor por não lho terem permitido.


É clarinho como água que os seus "colegas de verdade" ao convocarem uma greve para o período onde ele mais esperou receber tamanha prenda o tirariam do sério, se é que alguma vez foi sério.


Esta noite, insatisfeito uma vez mais com o Pai Natal, resolveu convocar o presidente do sindicato dos maquinistas e para amanhã já convocou o patrão da CP. Apontou desde logo o dedo ao peito do "chefe" dos maquinistas e lá foi deixando sair algum do fel acumulado em noite de consoada.


São milhões de dívidas e vocês fazem greve? São milhões de dívidas e vocês recebem subsídios até para alfinetes? São milhões de dívidas e vocês ainda têm um subsídio de assiduidade a que chamam diuturnida-des? São milhões de dívidas e vocês fazem greve num momento não inoportuno? Por esta altura já eu estava a carregar no comando e a mudar de canal.


Só me lembro de ver uma vez Mário Crespo assim, foi quando apanhou por lá um jovem meio despenteado de nome Gualter, creio eu, que andara a pisar milho transgénico como de uva se tratasse, estava tenrinho para Mário Crespo, que sabe de antemão com quem se pode esticar.

 

Para este peditório já dei, estou cansado. Crespo mesmo com o fel a correr cá para fora em catadupa é incapaz de assumir o que lhe vai na alma, ele quer lá saber se a greve é pelo Natal ou pelo Carnaval, se é à segunda à quarta ou à sexta, em Dezembro Junho ou Setembro, são inoportunas, ponto, deveriam ser ilegais e condenados ao tronco e à chibata quem as ousasse convocar.


Ironia mesmo é ver esta sanha recair sobre um sindicato que faz repetidamente gala de se declarar "não-alinhado, apartidário e indepen-dente", consigna que sempre lhe rendeu loas no passado, mas incapaz de conquistar o coração de Mário Crespo, esse já não tem espaço ficou cheio com Manuela Moura Guedes.

 

Não deixo no entanto de ficar dois conselhos, um a Mário Crespo para contactar telefonicamente com o sindicato dos jornalistas e saber o que é realmente essa coisa de diuturnidades e parar de dizer que naquela casa ninguém as recebe, outro ao presidente do sindicato dos maquinistas para lhe lembrar que não há greve que desate tanta crítica como a que se realize em dia de consoada, só uma se lhe aproxima, a realizada pelo Metro em dia de Sporting-Benfica, aí nem o “não-alinhamento” vos safa…

 

23
Dez11

Bebedeiras pelo Natal

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Agora que a EDP está totalmente privatizada os nossos governantes consideram-na "peça fundamental" para o país, destacando-se no meio deles Miguel Relvas, que bem se poderia chamar de Miguel de Vasconcelos, ao afirmar que “não pode haver reacções negativas quando ganhou a melhor proposta", será que ele nos poderá elucidar para quem foi bom o negócio?

 

É uma delícia, o país ficou sem mais uns anéis com a venda da parte restante da EDP e é vê-los a rejubilar e salivar por termos ficado mais pobres e à mercê de interesses que não são os nossos, rejubila Miguel Relvas, rejubila António Lobo Xavier, rejubila António Mexia, de repente ficámos cada vez mais um país de antónios, cada vez mais à imagem e semelhança do outro antónio de má memória.


Nesta coisa da exportação estamos a ficar mestres, exportamos empresas rentáveis, jovens licenciados e professores ao mesmo tempo em Janeiro vamos importar mais jogadores de futebol, curiosamente do Brasil, de Angola e quem sabe um ou dois chineses por causa dos "sponsors" e dos "charters"...

 

Acreditem, o governo está "concentradíssimo".

 

22
Dez11

Natal é em Dezembro, mas longe deles

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Olhem não sei que vos diga, os camelos que já estavam hipotecados entreguei-os ao banco, não aguentava a ração, prendas não há com que se comprem, caput, finito, mesmo que as quisesse comprar não conseguia, a loja dos trezentos fechou, os chinocas deram à sola, disseram que por aqui já não dá e abalaram para outras paragens.

 

Conservo comigo o saco das prendas, curiosamente sempre me parecera pequeno agora vejo-o enorme mas vazio. As barbas empenhei-as, tentei vender a fatiota vermelha mas ninguém lhe pega, palpita-me que é por causa da cor ou então será da traça. O pinheiro não sei o que lhe deu, mesmo artificial mirrou. Os enfeites de Natal ainda escaparam mas já têm dono e outra utilização, a cara-metade usa-os agora no lugar das jóias que teve de colocar no prego.

 

Resta-me o "fiel amigo", este ano ainda há, não será por acaso que o baptizaram com esse nome, tenho a impressão que só me abandonará quando já não tiver água para o pôr a demolhar. No cofre no lugar das jóias está trancado um garrafão de tinto, batatas ainda é das coisas que cá entra, com grelo ou sem ele marcham e garanto-vos, são saborosas, pelo que estão todos convidados para a ceia de Natal, já agora quem tiver por aí um frasquinho de azeite dava jeito, sempre escorregavam melhor.

 

Bolo rei é melhor nem pensarem, foi todo para Belém, só espero que tenha dose reforçada de favas, que sejam duras como cornos, que Cavaco acerte numa delas à primeira e parta um dente, de preferência aqueles dois da frente entre os quais mandou colocar gesso depois das muitas queixas por causa dos perdigotos que escapavam por entre os dois. Vinho fino a que alguns aldabrões chamam vinho do Porto também há mas só para molhar o bico, alguém me prometeu uma garrafa vinda expressamente das encostas do Douro, de terras de xisto, sem ter que passar pelo cais de Gaia ou pelo selo das finanças.

 

A doçaria deixo ao cuidado de cada um, uma filhós aqui uma rabanada acolá, pode ser que a coisa se componha, apareçam de preferência com as mãos ocupadas, mas atenção que isto não é da Joana muito menos uma casa de tias, quem vier por bem tem lugar à mesa, quem começar a desconversar sobre emigração ou a querer confiscar o bacalhau é melhor nem sequer entrar na rua, tomei as devidas precauções, para quem não saiba esta é zona de "ciganos" e "carteiristas", amigo que é amigo entra, é bem recebido, os outros, bom os outros é melhor que se precatem, por aqui não se dá a outra face é mais olho por olho, rumem para outras paragens, longe bem longe.


Quem vier de carro, a pé ou de camelo é só perguntar onde fica a Areosa, sim essa mesmo, a do trolha, não me perguntem pelo Arménio que faz tempo que não lhe ponho a vista em cima, se esquecerem o nome lá terão que perguntar onde é a zona dos "carteiristas", mas fácil mesmo é com GPS, aqui ficam as coordenadas: N 41º 10.993' W 8º 34.851'. Apareçam nem que seja à hora do galo!

 

21
Dez11

GANGSTA'S PARADISE

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Juro que até me belisquei, adormeci por momentos, a cadeira em que me sento ao computador é confortável, comprei-a há vários anos numa promoção, tenho que reconhecer que fiz uma boa compra não adormeço assim em qualquer lado. Não tenho noção exacta do tempo que passei pelas brasas, levantei as pestanas, dei um jeito no rato e o screensaver foi-se, no monitor estava agora uma "feed" de uma notícia do "diário digital", pestanejei e li com estes olhos que a terra há-de comer: "Caixa troca offshore da Madeira pelas Ilhas Caimão", pestanejei outra vez e voltei a ler: "Caixa troca offshore da Madeira pelas Ilhas Caimão", não, não estava a dormir, estava lá preto sobre fundo branco que a Caixa Geral de Depósitos está a transferir a operação que tem na zona franca da Madeira para o paraíso fiscal das Ilhas Caimão, dito de forma mais escorreita balda-se aos impostos.

 

Como acabaram alguns benefícios fiscais no offshore da Madeira particu-larmente a tributação dos juros nas contas dos não-residentes a 21 e meio por cento, ala que se faz tarde e vamos para as Ilhas Caimão.

 

Pestanejei uma vez mais e atingi finalmente o alcance das palavras do nosso primeiro-ministro quando nos aconselhou a pirar daqui para fora. Estavam atentos Faria de Oliveira e Nogueira Leite, levaram à letra as palavras de Passos Coelho.


Por uma vez a cadeira deixou de ser tão confortável, agito-me nela e não encontro posição, tento voltar a adormecer e népia, "Caimão", "paraíso fiscal", as palavras estão estáticas no monitor, espero, espero e o screensaver não volta a activar-se. Teimosamente fecho os olhos e imagino a minha reforma depositada integralmente nas Ilhas Caimão, abro os olhos, népia, as mesmas palavras a preto sobre fundo branco "Caixa troca offshore da Madeira pelas Ilhas Caimão"...

 

Lembro-me agora que tenho um DVD com o filme "American Gangsters", vou lá ver como é que estas coisas se fazem. Vou com um sorriso amarelo nos lábios, há sempre gente que teima em recordar-me que por ali trabalhei, que não devo contribuir para aumentar a má imagem, que só aproveita a concorrência privada... Será?!

 

20
Dez11

Conselho de Ministros ou reunião de trabalho?

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Já tinha sido reservado o espaço necessário, na primeira página claro. Alguns já salivavam, "vem aí mais sangue" temos assunto para pelo menos duas semanas.

 

Estrategicamente a matilha reunida preferiu adiar o comunicado ao fim dia para o início do ano, alguém os alertara para as possíveis consequên-cias em período de Natal e o conselho transformou-se em "reunião de trabalho". Agora anda meio mundo a tentar descobrir a diferença entre uma e outra coisa.

 

18
Dez11

Vai tu

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Acordei tarde já o país estava alvoroçado com as declarações de Passos Coelho ao Correio da Manhã. Confesso que não entendi as razões para tamanho alvoroço, Passos até foi sincero e genuíno. Declarou-se incapaz de ter um futuro para o país exortando a que nos piremos “depressa e em força para Angola e para o Brasil”. O único reparo possível seria quando muito à memória de Coelho, por ventura ter-se-á esquecido que já não temos colónias, o Brasil e Angola há muito são independentes. Em todo o caso resta o reconhecimento de que aqui não há muito que esperar, pelo menos enquanto ele e os seus pares residirem em São Bento, ao que parece querem cumprir o contrato de arrendamento até ao fim e se possível renová-lo.


Dir-me-ão que nem Salazar foi tão longe nesta coisa da emigração, é um facto, esse até a proibia, mais no sentido de esconder a miséria interna do que impedir que dessemos o salto e lhe desamparássemos a loja. Passos Coelho já não tem esse problema, com as fronteiras escancaradas toda a gente sabe a miséria que temos e para quem trabalha, não faz mais do que tentar desfazer-se dos empecilhos para os quais não tem solução nem nunca procurou ter.


Um seu secretário de estado já havia lançado a ideia mas como por vezes demoramos a entender Passos mais não fez do que lembrar-nos e de apressá-la, talvez assim alguém se decida e em verdade vos digo tivesse eu intactos alguns dos ossos que me roeram e há muito teria metido os pés ao caminho. Esta gente veio para destruir o país, não arredará pé enquanto não o conseguir, para isso lhes pagam, servem-se servindo.


E aqui é se coloca a questão fundamental, se não estamos dispostos a emigrar estaremos dispostos a desalojar o inquilino e colocar às rédeas do país em quem esteja verdadeiramente interessado em governar com e para o povo? É que desculpem-me a franqueza mas não existe alternativa, aquela coisinha de andarmos a brincar com um rectângulo de papel onde de quatro em quatro anos nos entretemos a desenhar uma cruzinha deu no que deu, de que estão à espera? Vamos lá criar as condições para os pôr daqui para fora?

 

 

Nota – Vejam vocês como as coisas são, sempre que posso passo as letras que escrevo pelo corrector ortográfico, não vá o diabo tecê-las e os dedos já não são assim tão lestos, assim fiz com este texto e imaginem onde o corrector me fez o único reparo, na expressão “pôr daqui para fora”, alerta-me o corrector que é uma locução própria de linguagem informal, como que a informar-me de que dessa já Passos Coelho se lembrou e aconselha-me a ponderar o emprego de uma expressão alternativa… juro! Claro que tenho expressões alternativas como “correr com eles”, “mandá-los borda fora”, e já nem ouso escrever aquela em que vocês estão a pensar essa vinha logo sublinhada a vermelho…

 

Pensem no que vos disse, entretanto cuidem-se e boa semana.

 

18
Dez11

De Petain a Chirac

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É a primeira vez que um presidente francês é julgado e condenado, só encontrando paralelo em Philippe Petain que chefiou o governo que colaborou com os invasores nazis e por isso foi condenado à morte, pena que haveria de ser comutada a prisão perpétua.

 

Jacques Chirac acaba de ser condenado a dois anos de prisão por abuso de poder, corrupção e apropriação de dinheiros públicos, só à sua parte criou e pagou a 19 colaboradores fantasma.

 

Pena é que esta condenação surja tantos anos depois dos crimes, Chirac está choné, incapaz de dar conta que foi condenado, 16 anos durou o processo, Chirac escondeu-se durante boa parte atrás de uma imunidade absurda que o cargo lhe concedia, mas fica o sinal.


Por cá podemos ficar descansados, não porque os nossos presidentes não metam a mão ao prato mas porque a nossa Procuradoria está em boas mãos, não é por acaso que a nomeação para Procurador-Geral é baseada na confiança política.

 

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