Por certo ainda vão demorar mais umas décadas para arrumar de vez os tiques que a escola da António Maria Cardoso passou de geração em geração. Chegaram a mudar-lhe o nome, PVDE, PIDE, DGS, para tentar escamotear a "arte". Hoje os tiques mantêm-se, aprendidos em escolas que era suposto ensinar métodos mais limpos, livres da herança do pas-sado, mas a realidade está aí a lançar-nos sérios avisos de que assim não é.
Depois de Jorge Silva Carvalho que foi do SIED é agora a vez de Paulo Pereira Cristóvão que foi da PJ, aplicar as aulas recebidas na área do futebol, aproveitando como no caso do primeiro para se fazer pagar principescamente.
O clube de Futebol que carrega o símbolo do leão achou por bem aceitar pagar-lhe 8.000 euros por mês para espiar jogadores, árbitros e sabe-se lá o que mais, coisa que no passado se restringia às noitadas dos joga-dores e era feita pelo treinador ou seus adjuntos, os serviços estavam já incluídos no salário mensal.
Tanto se incentivou o "empreendorismo" que eles "empreendem" mesmo, sempre à custa de uns tantos que lhes pagam feito otários. É também por isto que me desagrada ver o futebol na Assembleia da República rodeado de gente que seria suposto manter as distâncias. Se gosto de futebol? Sim, longe de mim tal preconceito, aprecio do meu sofá quando é jogado de forma limpa, sem "espiões", "subornos", "rasteiras" ou "cotoveladas", mas vai uma distância muito grande até os ver sentados à minha mesa...
Cuidem-se, eu à cautela vou baixar as persianas.