Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

18
Jul12

Prá fogueira!

salvoconduto

 

 

Tivessem algumas figurinhas o poder da Santa Inquisição e há muito Dom Januário Torgal estaria a arder na fogueira no largo do pelourinho.


Que é vermelho, diz Helena Matos, que é cubano diz Rodrigo Moita de Deus, prá fogueira gritam os dois em uníssono. Ele é militar e os militares não são pagos para falar acrescenta um terceiro. Torcem-se e contorcem-se com as palavras de Dom Januário que até parece que estão com a esgana.


Que diz então Dom Januário? Que o rei vai nu e é corrupto, aquilo que todos estamos carecas de saber mas que muitos preferem silenciar.


Habituados que estão a que a sotaina esteja sempre do seu lado estranham sempre que uma ovelha se revolte no rebanho, a excomunhão ou a eliminação pura e simples são receitas habituais quando surgem casos como este, a América Latina está cheia de túmulos ocupados por aqueles que ousaram levantar a voz contra as ditaduras ou optar pelo caminho da Teologia da Libertação. Ainda há algumas horas um deputado do PSD reclamava na televisão a mordaça para Dom Januário.


No "forte apache" de onde saiu forte tranche para ministérios e empresas públicas vem a terreiro Luís Naves, diz-nos ele que "a Igreja Católica é altamente hierarquizada e disciplinada", nisso tem razão, só isso explica por que se tenha colocado durante séculos ao lado dos opressores, que o diga Franco, que o diga Salazar que o digam todas as ditaduras da América Latina.


Aos que o acusam de estar a defender o seu umbigo recordo que numa entrevista à TSF, já lá vão uns meses, Dom Januário Torgal disse numa entrevista à TSF não querer ser cúmplice com a situação “desta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias”, no fim de contas razões mais plausíveis para as afirmações que agora proferiu e que tanto toldaram as mentes de quem jurou defender o governo a qualquer preço.

 

Se repararmos bem este tipo de reacção a Dom Januário não é muito diferente de outras de que foram alvo Dom Manuel da Silva Martins, "Bispo de Setúbal" ou Dom António Ferreira Gomes, "Bispo do Porto", este no tempo do fascismo.

17
Jul12

Era uma vez um inglês, um francês, um português...

salvoconduto

 

 

Os ingleses são tramados, por norma gabarolas, nunca nos conseguiram bater mesmo na mais comezinha tarefa. São inúmeras as anedotas que se contam por esse mundo fora envolvendo invariavelmente um inglês, muita das vezes um francês, quase sempre com a presença de um alemão, já para não falar do raio do espanhol que faz questão de participar sempre ao nosso lado. De todas as que ouvi nunca, mas nunca, um inglês conseguiu superar um português.


Agora perdem de novo, anunciam com pompa e alguma circunstância que dentro de dois ou três anos serão capazes de transformar o olho humano num rato de PC, não se enxergam nem se deram ao cuidado de saber se outros já o haviam feito antes, evitariam a humilhação, há muito que em Portugal se transformaram humanos em ratos e de tal modo com sucesso que alguns ocupam mesmo os cargos cimeiros da nação, há já algum tempo que somos governados por autênticos ratos. Está visto, os "bifes" perderam uma vez mais. Nas anedotas e na "rataria" continuamos imbatíveis.

15
Jul12

Que se joda Andrea Fabra

salvoconduto

 

 

Andrea Fabra, assim se chama a excelência de figurinha, deputada do PP aqui ao lado em Espanha. Sangue do mesmo sangue com que são feitas as cabras e os cabrões a distinta deputada permitiu-se, referindo-se aos desempregados, exclamar: "Que se jodan!"

 

Há quem diga nestas alturas que o melhor é ignorar tamanhas barbaridades, não concordo, não sou crente não sou adepto do dar a outra face, pudera eu e a resposta estaria sempre, mas sempre, à mão...

 

De igual modo terá pensado, e bem, Diego Escusol, cantautor que verteu em música o que lhe ia na alma ao ouvir a senhora e os congressistas do PP que aplaudiram fervorosamente Mariano Rajoy, ao mesmo tempo que se riam descaradamente, quando este anunciou as medidas que se abaterão sobre o povo espanhol. E se depressa o pensou melhor o fez. Aqui vos deixo o vídeo e já agora, que se joda Andrea Fabra, que se joda Mariano Rajoy, que se joda Passos Coelho, que se joda Miguel Relvas.

 

15
Jul12

Raro, mas acontece

salvoconduto

 

 

 

Não é todos os dias, é até muito raro vermos futebolistas de sucesso não renegar as suas origens. A fama e o dinheiro rapidamente os fazem procurar outras "companhias", é pois de destacar a atitude de David Villa jogador de topo do futebol mundial ao solidarizar-se com a luta dos mineiros das Astúrias, em particular pela que é levada a cabo por quatro deles que já estão há 48 dias encerrados numa mina como forma de protesto contra um governo que rasga acordos firmados e lhes tolhe o futuro cortando 63% dos apoios que estavam garantidos por acordo entre as partes.


A sorte que o seu pai não teve, é mineiro reformado, teve-a Villa quando entrou nas escolas de futebol do Sporting de Gijón onde seu pai o fez ingressar na esperança de o poupar ao pesadelo da mina. Triunfou no mundo da bola mas não esqueceu as suas origens e ali esteve ele à entrada do poço onde os quatro mineiros se encontram encerrados a transmitir-lhe o seu apoio e palavras de conforto. O gesto de Villa adquire maior relevância porque serve de contraponto ao pesado silêncio a que os meios de comunicação votam a luta dos quatro mineiros. 
Desenrolasse-se ela num dos países do chamado "eixo do mal" e estaríamos com transmissões via satélite em directo e a cores e ocuparia pela certa a primeira página de todos os jornais do chamado "mundo democrático".


Allez Villa, hoje ganhaste mais um troféu, o da solidariedade.

14
Jul12

Nasceu fadado, a sua vida dava um filme

salvoconduto

 

 

 

O homem é precoce em tudo, deve ser mesmo fruto de um coito interrompido por ejaculação precoce, só pode. Ainda está meio país atarantado a tentar perceber como lhe foi possível tirar a licenciatura em apenas um ano e mais uma minhoca após nova cavadela. Com apenas 50 anos de idade carrega já uma pensão vitalícia de 2.800 euros mensais por apenas 12 anos de trabalho político, o mesmo que lhe garantiu a licenciatura, 12 anos esses, 2800 euros esses que lhe conferem a autoridade moral para nos acusar de privilegiados e de vivermos acima das nossas possibilidades. Culpado me declaro senhor ministro, trabalhei e descontei 43 anos e meio, quase tantos como a sua idade para poder aceder a uma pensão de reforma, deveria ter trabalhado mais reconheço, humildemente lhe peço perdão, agora vejo com clareza o alcance da sua afirmação de que norteia a sua vida “pela procura do conhecimento permanente”  bem como a ovação de foi alvo no último Conselho Nacional do PSD.

13
Jul12

De candeias às avessas

salvoconduto

 

 

 

Farto de carregar com as críticas do PSD e CDS que não lhe perdoam que o Tribunal Constitucional considerasse ilegais (só a partir de 2013) os cortes nos subsídios dos trabalhadores da função pública bem como dos reformados e pensionistas, Rui Moura Ramos, presidente daquele Tribunal reage numa entrevista à Antena 1, diz que quem não se sente não é filho de boa gente, logo ele que tem aparado o jogo do PSD que o nomeou, que julgava que até estava a prestar um enorme serviço à nação laranja ao votar contra o acordo e ao conseguir no mínimo que a decisão não se aplicasse em 2012. Sente-se ultrajado, que mais quereriam que ele fizesse? O pino? Que fechasse o Tribunal Constitucional? Não daria isso demasiado nas vistas? O facto é que está com azia pelas críticas que fizeram e por lhe quererem colar a decisão de um eventual alargamento dos cortes ao sector privado.

 

Há quem diga que Flor Pedroso, que conduzia a entrevista, se viu mesmo em palpos de aranha para segurar o homem, que chegou por duas vezes a dar um murro na mesa, coitada da Flor já fazia conta aos estragos, é que a mesa não é assim tão baratinha e nos tempos que correm não será fácil de substituir.

 

Rui Moura Ramos resolve pois vingar-se, amor com amor se paga, e lá vai dando umas alfinetadas, que "bem podia o governo taxar não apenas os rendimentos do trabalho, mas também os do capital". Poder podia senhor doutor juíz, mas não era a mesma coisa. E vossa excelência também podia ter votado a favor da inconstitucionalidade mas optou por votar contra, juntamente com os outros dois juízes que foram igualmente nomeados pelo PSD. Vossa Excelência é que sabe em que ninho de vespas se meteu. Agora queixa-se que elas ferram e que já tem o corpo cheio de papos? Olhe senhor doutor juíz mije-lhe em cima, se não tiver mais nada à mão, vai ver que passa, digo-lho eu que o aprendi na pesca, quando me metia por buracos que não devia e me saltava um enxame delas. Fuja delas, mas por amor de Deus, não toque tanto violino vai ver que ainda fica com uma tendinite e deixe que lhe diga que de música estamos nós fartos. Aproveite a maré, mostre o que sabe e deite a azia toda fora quando tiver que apreciar a constitucionalidade das alterações ao código do trabalho, cujo requerimento já foi entregue na instituição que dirige. Aí é que eu gostava de o ver a partir a louça toda, até mesmo a mesa da Flor Pedroso, mas ao que parece vossa excelência está de saída, evita assim fazer uma nova rábula. Eu que não sou rancoroso aqui lhe expresso os meus votos, estrelinha que o guie.

13
Jul12

Com as orelhas a arder

salvoconduto

 

 

 

Parece que a coisa esteve preta numa reunião do Conselho Nacional do PSD, onde era suposto os ministros irem "prestar contas". Alguns militantes mais exaltados e agastados com a falta de Aguiar Branco e Paula Teixeira da Cruz lançaram impropérios ao mesmo tempo que vociferavam "se o partido os ajuda a mamar à conta do Estado o mínimo que devem fazer é retribuir e não exigimos que seja em géneros mas sim em "know how", ajudar outros membros do partido com a "experiência" dos vossos escritórios de advogados. "Qual quê", dirá um e outro, a coisa está difícil, isto já não chega para todos e se vamos começar a partilhar lá se vai o abono.


Não se calam e acusam Aguiar Branco de ingratidão, logo ele que se fartou de mamar à custa do Metro do Porto. A Sociedade de Advogados José Pedro Aguiar Branco chamou a si, depois de mover influências no seio do partido, os serviços de consultadoria jurídica à empresa Metro do Porto, constituída por capitais do Estado, sete autarquias do Grande Porto, STCP e CP. Talvez seja por isso que estão tão renitentes em mexer naquela coisa que se escreve com três letrinhas apenas e que se chamam Parcerias Público Privadas. Não é nada, não é nada, mas sendo Aguiar Branco o responsável pela coordenação geral do gabinete jurídico da Metro SA, embolsou uma avença mensal de 12.100 euros, fora os extras para pareceres que considerasse mais "complexos".


Incompatibilidade! Vocês têm cada uma, então não é para isso que serve o partido que já foi de Balsemão? Lá isso é, dirão vocês, errado, dirá Passos Coelho, que não lhes perdoa terem faltado à reunião e por isso lhes puxou as orelhas em público, "ou há moralidade ou comem todos" parece ser a palavra de ordem que mais se faz ouvir nas reuniões internas do PSD. E bem pode Aguiar Branco vir ripostar em Aveiro que já deu muito ao partido, "sim abelha", vão dizendo alguns esperançados militantes, "deixa-te de merdas, senta-te aqui e conta como é, porque vais todas as segundas feiras ao teu escritório de advogados e só de lá sais ao fim da tarde para depois um motorista te levar de regresso a Lisboa".

 

E já agora, digo eu, expliquem também porque têm andado de candeias às avessas na nomeação do Conselho de Administração do Metro do Porto e não precisam de fazê-lo devagarinho já que tenho mais de quatro anos, há muito se foi a idade da inocência.

 

09
Jul12

Um espanto, um monumento!

salvoconduto

 

 

 

À estupidez claro. Raquel Alexandra, nomeada pelo PSD para Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no seu jeito peculiar que orgulharia qualquer loira, afirmou na comissão parlamentar de Ética que foi "vítima de chantagens e de ameaças" para que tomasse uma posição contra Relvas no seio daquele órgão. E fez questão de nos elucidar, para que não tenhamos dúvidas nenhumas, que não faz a mínima ideia por quem, mas com certeza por quem queria que a deliberação tivesse um determinado resultado". Anda valente, não é impunemente que te declaras amiga de Relvas, assim mesmo, por um verdadeiro amigo faz-se tudo até uma figurinha como esta, só é pena o cabelo trair-te. Olha que o facto de seres Directora-Adjunta da Pós-Graduação de Estudos Avançados em Política Aplicada da Universidade Lusófona não ajuda nada e gabares-te publicamente de teres Marcelo Rebelo de Sousa como orientador muito menos...

06
Jul12

O raio que nos parta?

salvoconduto

 

 

 

Já anteriormente aqui deixei algumas palavras sobre "l’enfant terrible" do jornal de negócios, Pedro (o) Guerreiro. O puto gosta de mandar umas bicadas mas sem esquecer nunca por nunca o seu lado da barricada. É giro, sem pôr nada de essencial em causa esbraceja e vai fazendo uns editoriais que depressa são devorados e passados de email em email, a malta gosta de comidas apimentadas, veja-se o caso de Medina Carreira, apregoa a desgraça aos quatro cantos do país mas sem nunca beliscar o regime e os responsáveis pela desgraça, não vá alguém lembrar-lhe que também sentou o traseiro na pasta das finanças.

 

Mas voltando ao menino-guerreiro, às vezes interrogo-me se não será ele o autor do quase permanente roubo de que é vítima a estátua da Maria da Fonte em terras de Póvoa de Lanhoso. Volta não volta o gadanho que exuberantemente empunha numa das mãos vira sumiço e só após longos protestos das gentes da terra é que o presidente da junta ordena que devolvam a Maria da Fonte o artefacto com que ameaçava ceifar a vida de quem ousasse enfrentá-la. Assim parece o puto-guerreiro quando publica mais um editorial no jornal de que é director.

 

Aí está mais um e uma vez mais faz-se de cego, atira críticas e impropé-rios para o ar, em cima de alguém hão-de cair, "o raio que nos parta" clama ele, "o governo errou, mas o tribunal constitucional errou ainda mais ao abrir a porta aos cortes no sector privado", como eu o compreendo, um homem não é de ferro, quem não se sente não é filho de boa gente, por muito férrea que seja a sua armadura. "Assim também eu vou pagar" esgrime o guerreiro com o gadanho bem afiado, "shame on you" não para de atirar. "Vão incendiar esta merda à boa maneira de Nero" vaticina guerreiro,  "vá lá que não nos caiu em cima da cabeça a cabra, os vidros e o arranha-céus" que era o que sucederia se tivessem mandado devolver os subsídios de 2012, condescende guerreiro.

 

Às vezes o puto alonga-se e acaba por escrever o que não tinha em mente, foge-lhe a esferográfica que se lhe adianta ao pensamento e lá vai revelando que o Governo chegou inicialmente a estudar o corte sobre todos os trabalhadores mas optou por castigar a função pública porque ela "não é a sua base eleitoral".

 

Aqui é que bate o ponto, Pedro Guerreiro esgrime com o gadanho mas nunca coloca em causa o regime neoliberal que aqui nos trouxe e aqui promete nos enterrar, o raio que o parta a si meu caro Guerreiro.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D