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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

30
Nov12

Guerra e paz

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Apenas 24 horas transcorridas sobre a decisão da ONU de acolher a Palestina com o mero estatuto de estado-observador e aí estão os falcões a acrescentar mais um contributo para a paz ao autorizar a construção de mais 3.000 casas em terras palestinianas. É um desafio formal e frontal dos senhores da guerra à Organização das Nações Unidas, não faltará por esse mundo fora quem venha defender mais este "ramo de oliveira", de falcões, milhafres e outros predadores está o mundo cheio, fazem-no porque podem, conhecem o terreno que pisam, há muito que os equilíbrios políticos e militares se desvaneceram...
26
Nov12

Pelo andar da carruagem

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Chegados a vésperas de eleições autárquicas começa o restolho no seio do PS, a barafunda cresce. Cresce em consonância com a postura do chefe, trinta cães a um osso, é ver quem mais ferra. O verniz que já tinha estalado em Braga e em Matosinhos, estala agora em Cascais, gente fina é outra coisa. Há uns anos que não ouvia falar dele, desde os tempos em que se viu envolvido em processos de especulação imobiliária, José Luís Judas regressa agora, pujante, a vida está pelos olhos da morte, lançado pela concelhia mas à revelia do quartel general do Rato, ameaça partir a louça e avançar de peito à mostra como tanto gosta.

 

Em Matosinhos já não são dois, são três, António Parada, Guilherme Pinto e o eterno Narciso Miranda. Em Braga Mesquita Machado, de saída por limite de mandatos, quer manter a câmara por perto, está muito negócio em causa, e por isso lança o seu delfim Vítor Sousa que também não é bem visto no Rato. Currículo até tem já que como vereador com o pelouro dos transportes está ligado a suspeitas de corrupção envolvendo a compra de autocarros.

 

Fátima Felgueiras é que desta vez não alinha, longe vão os tempos áureos as bofetadas em Francisco Assis, o apoio incondicional de Armando Vara, “já fiz o que tinha a fazer”, afirma ela. Acredito, acredito, por esta altura os sacos sejam azuis ou verdes estão rotos e não foi a traça.

 

Ninguém me tira da cabeça que Torres Couto também estará desejoso de fazer uma perninha, a coisa promete, a seguir com atenção, bem vistas as coisas o presidente da CIP também diz que foi sindicalista...

20
Nov12

Drogas duras

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"Ai Costa, Costa" era uma expressão utilizada pelos malucos do riso, a coisa pegou e agora surgem as imitações. O presidente da Câmara de Lisboa vai proibir a entrada na capital de carros anteriores a 2000. Não faltará quem esteja já a afivelar o usual "ah e tal..." Ah e tal uma ova! Não é suposto esses carros serem obrigados a ir anualmente à inspecção onde as emissões de gases são medidas ou será que os carros anteriores a essa data ficarão isentos de imposto? O quê? Abater? Olhó pelintra a armar ao fino, a dizer que muda de carro de quatro em quatro anos! Alguém se importa de dizer à figurinha que se queremos ter um carro, mesmo que em segunda mão, temos que o pagar do nosso bolso e não dos cofres da edilidade? Não tarda nada e está a legalizar as drogas duras nos jardins de Lisboa, é mais um que se droga com naftalina.

18
Nov12

Cospe no prato onde comeu

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Depois de se ter abotoado com uma reforma mensal de 18.000 euros, Mira Amaral prega agora que não se deve descontar para a Segurança Social, um exemplo por certo para as novas gerações principalmente aquelas saídas das "universidades de verão". Faz questão de rematar com eloquência: "A Dona Branca e o Madoff foram dentro. Na Europa, ninguém foi dentro". Pois não meu traste, por isso te sentes tão à vontade para proferir declarações como essa.

15
Nov12

Balão de oxigénio

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Agarram-se desesperadamente ao balão de oxigénio que foram os desa-catos de meia dúzia de energúmenos, a todo o custo a greve-geral e o descontentamento popular têm que ser abafados, mas onde é que eu já vi isto?


Gostei de ver um canal de televisão que em Madrid exibia apenas a mensagem de que estava em greve, gostei de ver o jornal Público de Espanha fazer o mesmo e que apenas divulgaria notícias inerentes à greve-geral a que aderira, gostei de ver a comunicação social do meu país fiel a si própria explorando os acontecimentos da Assembleia da República, enquanto der cavalgarão os acontecimentos fornecendo ao governo o descanso e os argumentos que não consegue pela via da sua criminosa governação, gostei de ver um dirigente de um dos sindicatos da polícia elogiar em directo, no dia dos acontecimentos, o sentido de responsabilidade da força policial lembrando os telespectadores que a polícia era apenas o povo fardado, só é pena que tenham despido a farda assim tão depressa, pouco demorou após as suas palavras até "abraça-rem" à cacetada, indiscriminadamente, o povo de que dizem fazer parte, gostei de ouvir o dirigente do PS dizer que a carga policial foi justificada e proporcional, gostei de ler aqueles poucos que, defendendo a acção daquela meia dúzia de energúmenos, proclamam que a culpa é da CGTP.


Alguém tem por aí um alfinete para ver se a merda do balão esvazia?

14
Nov12

Cão de guarda

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Chamava-se Nero, todo preto e vira-lata genuíno, via o mundo através das grades do portão do quintal que era só seu, os donos davam-lho em toda a extensão como recompensa por lhes guardar a casa. Os meninos que não eram do Huambo cismavam com ele e constantemente o apedre-javam, ladrava mas aguentava, as grades do portão refreavam-lhe outros ímpetos, repetidamente, dia após dia, as pedras caíam-lhe em cima arre-messadas por aqueles meninos que recusavam sentar-se à volta de qualquer fogueira e nem sequer eram do Huambo.

 

Um dia os patrões do Nero, vá-se lá saber porquê, deixaram o portão fora do trinco, não tardou em descobrir que o mundo estava mais perto, paciente aninhou como um leão à espera da presa. Os meninos que não eram do Huambo nesse dia até se atrasaram, mas os donos, vá-se lá saber porquê, também, vinham como de costume com os bolsos e a mala cheios de pedras, mal tiveram tempo de arremessar a primeira, o Nero rugiu que nem uma fera e saltou como um leão, abocanhou tudo o que pode, as carnes eram tenras, nunca o hospital da Misericórdia costurou tanta nalga aberta.

 

Chegaram os donos e o Nero espreguiçava-se ao comprido na porta dos fundos, de vez em quando lambia o lombo no exacto sítio onde no dia anterior levara a vacina contra a raiva. Era preto o Nero, era vira-lata, desapareceu dois dias depois.

13
Nov12

Pisca-pisca

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Sosseguem que não vou comentar a Convenção do Bloco, isso compete aos seus militantes, é a eles que cabe no sítio próprio decidir do seu futuro. Comento sim a actividade, porque pública, de um dos seus militantes que tem uma agenda muito própria, perito no preconceito e em estratégias fracturantes, traz uma lanterna destas modernas com leds que dão mais luz e mais brilho com a qual pretende mostrar o caminho àqueles a quem não se cansa de apelidar de cegos.


Daniel oliveira lança conselhos, acusações e outros desvarios a quem não alinhe na caminhada que gizou.

 

"O Bloco de Esquerda só pode fazer a sua parte: trabalhar para essa convergência com empenho e não facilitar a vida aos que, no PCP, querem continuar orgulhosamente sós e aos que, no PS, preferem conver-gir com a troika e com o PSD. Pelo meu lado, farei a minha parte no único partido em que posso, como militante, determinar alguma coisa esperan-do que os muitos comunistas que gostavam de ter um partido aberto ao diálogo unitário façam o mesmo no PCP."

 

Escreve tudo isto com a maior das calmas, ao mesmo tempo que a lanterna brilha, às vezes pisca, há até quem o confunda com um pirilampo ou vaga-lume.


Acredito, claro que acredito que o Bloco ainda possa ser o partido em que Daniel Oliveira como militante possa determinar alguma coisa, podem é cansar-se de o ver sistematicamente a querer ser mais papista do que o papa, dono da lanterna e da verdade absoluta. Fernando Rosas deve-o conhecer de ginjeira, tal a maneira como o colocou no seu lugar, sem rodriguinhos, ao que parece a esmagadora maioria dos delegados à Convenção do Bloco idem aspas, mas ei-lo que volta de novo à actividade em que navega melhor, ele aí está a tentar ganhar no Arrastão, de que é co-proprietário, o apoio que não teve no partido a que diz pertencer e é verdade que o recolhe, para ali comentar não é necessário ser militante ou sequer apoiante, foi lá a direita toda a louvá-lo e incentivá-lo a manter a lanterna ligada. Publicou ali a intervenção com que defendeu o seu projecto na Convenção do Bloco, certo de que teria o apoio de grande parte dos comentadores, são situações em que a direita não se faz rogada e aproveita um palco da esquerda para distribuir adjectivos e preconcei-tos contra o PCP e o Bloco, o homem incha e a lanterna brilha, e não corre o risco de ficar orgulhosamente só, terá a direita por companhia.


Ainda alguém o desafiou a colocar ali igualmente a intervenção de Fernando Rosas para os leitores terem uma perspectiva mais global do que estivera em discussão, vai lá vai, querias, pode ser pirilampo mas parvo não é.

12
Nov12

Dos bifes de Jonet aos tremoços de Moita Flores

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Garanto-vos que o homem ainda fica corcunda de tanto dobrar a espinha, ele aí está de novo a vergar-se perante a figura da patroa a quem reverencialmente lambe a mão, de tal forma que até Merkel incomodada com tanta gosma se apressa a puxar de toalhete de álcool e a esfregá-la vigorosamente após o ósculo do Moita.

 

Ainda as hostes laranja estão a limpar a merda da Jonet depois da cena dos bifes e do copinho de lavar a placa e já outro chafurda como um reco no lodaçal em que transformaram o país, diz a criatura que "eles", os tugas, não ele, que deve ser descendente de raça ariana, são pedinchões até ao tutano de tal forma que para beber uma cerveja até pedem tremoços à borla e acima de tudo são mal-agradecidos, não sabem reconhecer a bondade dos agiotas.


A nossa história está repleta destes corcundas, logo no berço da nação Egas Moniz, mais tarde transformado em herói, de corda ao pescoço lá foi lamber a mão do "Imperador" da época, que contrariamente a Merkel não dispunha de toalhetes nem de água canalizada, tramou-se com a lambedela e teve que ser sangrado durante uns tempos tal a quantidade de bactérias na gosma do Moniz.


Os casos repetiram-se ao longo de séculos, particularmente quando os Filipes por cá andaram a apascentar os rebanhos, Salazar e seus prosélitos, quando Hitler caiu, colocaram a bandeira a meia haste, hoje alguém hipocritamente diz que assim o exigia o "protocolo". Até mesmo o "outro" em pleno 25 de Abril prestava contas semanalmente a Carlucci, o representante do amo do norte.


Não admira pois a carta que Moita Flores escreveu no Correio da manhã em socorro da honra da patroa, só temo é que fique com a espinhela caída e que venha a ser o Estado, de quem tanto desdenha, a pagar-lhe os tratamentos de fisioterapia.

 

Uma certeza tenho porém, será em vão o esforço para figurar numa qualquer página da história, apenas serão recordados genericamente como os lacaios ou os eunucos de Ângela Merkel, nada mais do que isso.

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