Quem frequenta este blogue sabe que de vez em quando encanito com algumas das tiradas de Daniel Oliveira, foi cisma que criei desde aquele 1º de Maio de 2009 organizado pela CGTP e que envolveu Vital Moreira. Depois da provocação montada por este, que motivou aquela cena com uma garrafa de água e alguns apupos à mistura, surgiu lesto Daniel Oliveira apontando o dedo acusatório ao PCP sem cuidar de mais nada, foram "eles", chamaram-lhe "traidor", assim vociferava no seu blogue, teve azar pois depressa aqui desmontei a apressada acusação ao dar a conhecer que quem estivera na base do pequeno incidente, de lesa pátria para Daniel Oliveira, tinha sido afinal um seu camarada de partido. Pediu Daniel Oliveira à CGTP ou ao PCP? Até hoje...
Recordo uma passagem do post de então para se aferir que passados 4 anos continua igual a si mesmo:
"A cena absolutamente lamentável que sucedeu no 1º de Maio (onde estive) é um retrato fiel da evolução de algumas franjas da militância do PCP que se sentem cada vez mais à vontade para soltar todo o seu sectarismo intolerante. Na verdade, este tipo de comportamento, apesar de ser isolado (não foram os manifestantes, mas apenas alguns deles, que agrediram Vital Moreira), corresponde a um ambiente cada vez mais crispado com tudo o que não seja PCP e se atreva a participar em manifestações que, recorde-se, não são do PCP. E ele é alimentado por esta direcção do partido, a mais sectária que o PCP teve desde o 25 de Abril. Não é por acaso que o insulto que Vital Moreira mais ouviu foi o de "traidor". Não eram as posições políticas de Vital Moreira (e ainda que fossem...), mas o seu passado político e a sua relação com o PCP que estava em causa. Isto, numa manifestação que, mais uma vez, não era do PCP."...
Daniel Oliveira sempre que pode e pelo motivo mais fútil descarrega na CGTP e no PCP, claro que tem sempre o cinismo de começar os seus ataques com um sofisma, "como sabem várias vezes critiquei a UGT", ao bom estilo de Marcelo Rebelo de Sousa que perante um facto novo afirma sempre "eu já tinha dito na semana passada, ou no mês passado, até mesmo no ano passado, ainda que tenha sido precisamente o seu contrário.
Ele aí está mais uma vez a apontar o dedo inquisitorial, desta feita a Ana Avoila, que representa a Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, por anunciar uma greve para aquele sector sem ter obtido o "beneplácito" prévio do líder da UGT. Herege! Assim proclama, olhando em volta para ver se encontra uma fogueira onde possa calar a ousadia daquela dirigente sindical ao mesmo tempo que a acusa de ser uma aliada de Vitor Gaspar. Como continua rasteirinho.
Daniel Oliveira faz-me lembrar o cuco, faz o ninho que eu depois vou pôr aí o ovo...
A Ana Avoila habituei-me a vê-la na primeira linha da barricada, em todas as frentes, já a esmagadora maioria dos cucos apenas os vejo em sede de "desconcertação social", se Ana Avoila tivesse que por eles esperar para anunciar uma qualquer greve bem poderia ficar sentada, o mais certo seria as galinhas ganharem dentes.
Se e quando os sindicatos daquela organização entenderem que os pressupostos de uma qualquer greve, convocada com toda a autonomia e de acordo com a estratégia de combate que caracteriza a Frente Comum, têm sempre forma de a ela se associar convocando uma greve para a mesma ocasião e a isso chama-se "convergência na acção".
Mas não é isto que verdadeiramente preocupa Daniel Oliveira, já pôs o ovo no ninho do PCP, do Bloco, agora coloca-o no ninho do chamado "Congresso Democrático das Alternativas", mas ao mesmo tempo vai lançando o olho ao ninho do “Rato”, é um verdadeiro cuco, direi mesmo um Cuco Rabilongo.