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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

22
Ago11

A cara com a careta

salvoconduto

 

 

O que me vale é que já estou habituado, há muito identifiquei as posições da igreja católica com o obscurantismo, com o lado mais conservador e retrógrado da nossa civilização, não estranho pois as palavras de D. José Policarpo.

 

A mesma igreja que conviveu de mãos dadas com ditaduras e genocídios, convive agora com o habitual à-vontade com a pior face do liberalismo instalado no país.

 

Quando a troika é ultrapassada pela direita, quando se ataca os traba-lhadores e se facilita o seu despedimento, quando se condena milhares à pobreza, outros tantos à miséria,  D. José Policarpo agasta-se e invecti-va com os que reclamam, à boa maneira de Cerejeira.

 

É esta a igreja que temos, aqui e no resto do mundo, sempre a remar mas a favor da "maré". Imagino em que estádio civilizacional nos pode-ríamos já encontrar não fora o obstáculo desta igreja ao longo dos séculos.


Os vendilhões tomaram conta do país, talvez por isso mesmo D. José Policarpo faça questão de demonstrar publicamente o ódio que nutre pelos sindicatos e demais movimentos de cidadãos que não vêem com bons olhos a sua presença, tem medo que um dia aqueles possam ser de novo expulsos do templo, o templo de que também ele se apoderou.


Antes que me lembrem que há no seio da igreja quem não perfilhe de tal mentalidade devo pela minha parte recordar que é mais do que certo que uma andorinha não consegue fazer a primavera.

 

É claro que recordo algumas das posições do antigo bispo de Setúbal, uma ou outra do bispo da forças armadas mas sobram-me demasiados dedos mesmo tendo em conta que já reservo alguns para aqueles outros, poucos também, que em terras da América-Latina frequentemente se tornam vítimas da igreja a que pertencem.


D. José Policarpo não dá lugar aos novos, controla-os e mantém um poder férreo, seguindo os passos e ensinamento de Cerejeira de má memória que amiúde faz questão de enaltecer.


É neste terreno que Policarpo mais gosta de se movimentar, a desgraça alheia, aquela que lhe vai garantindo que um rebanho de desesperados lhe bate à porta, os mesmos que em desespero também batem à porta do diabo.

 

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