Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

A erva daninha cresce todos os dias

Salvo-conduto

24
Ago11

Pobre não enxerga, pitosgas me confesso

salvoconduto

 

 

Reconheço hoje que porventura me excedi quando vim para aqui carpir mágoas por me terem ido ao bolso na pensão de reforma. Estava longe de imaginar que afinal há gente bem mais necessitada do que eu e que na realidade tenho andado a viver acima das possibilidades deste país que afinal é constituído por uma imensidão de pobretanas como justa-mente acaba de afirmar Américo Amorim que diz contar repetidamente os tostões a ver se lhe chegam ao fim do mês.


Não sei por que carga de água alguém se lembrou de atirar com o nome dele para a ribalta, indigitando-o à cabeça para pagar imposto-extra, lo-go ele que é um simples trabalhador. Se fosse o meu nome que tivesse saltado até vá que não, não seria de estranhar, que raio se passa na cabeça desta gente quando lança assim para a praça pública o nome do desgraçado?

 

É nestas alturas que se vê quem conhece o verdadeiro significado da palavra solidariedade. Aqui estou eu na primeira fila, solidário com Amorim mas também com Fernando Pinto o timoneiro da TAP a quem acusam de gastar demais ao telemóvel, logo ele, que muito boa gente há bem pouco tempo acusava de avareza.


Solidário também com a Administração da Caixa, onde trabalhei, e que agora vê também o seu nome escarrapachado nos tablóides e revistas cor-de-rosa por terem gasto em telefones mais 54% do que um ano antes, eles que só haviam utilizado 22 mil euros, porquê agora tanta celeuma? Afinal só foram 32 mil.

 

Não há nada como a frieza da distância, hoje arrependo-me dos desvarios do passado quando chorava baba e ranho se a administração daquela casa não me aumentasse em 1% ou até mesmo 0,5. Está agora para mim mais claro do que nunca que cada um deve viver na justa medida das suas possibilidades e eles sabiam-no melhor do que ninguém, teimei tanto em não entender que só buscavam o meu bem-estar, as preocupações ficavam com eles.

 

Razão tem o deputado brasileiro, Antonio Salim Curiati, ao defender o controlo de natalidade da população pobre. Não é nada, não é nada, mas como ele muito bem diz se se dá tostão a essa gente logo começam a fazer filhos à vontade, pior do que coelhos. Igualmente razão teve o "outro" em cortar no abono de família. Pobre não enxerga mesmo.


Pois vale mais tarde do que nunca, aqui fica o meu arrependimento. Vou mesmo treinar umas caminhadas, ainda hei-de ir a Fátima a pé, as malditas das bolhas é que me assustam. Bem vistas as coisas foi por uma tal de bolha imobiliária que esta merda deu no que deu.

 

1 comentário

Comentar post

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D