À bomba!
É à bomba de gasolina que se dirigem milhares de condutores enquanto dura o protesto dos camionistas.
Se por um lado se pode fazer analogias com a greve que acabou por conduzir ao derrube de Salvador Allende, por outro não devemos esquecer que grande parte dos camionistas em greve, quase ou só, se representam a si próprios e em muitos dos casos de empresas familiares se trata, pelo que este businão deveria ser encarado com olhos de realidade.
Se o businão da ponte teve "legitimidade" e acabou por derrotar Cavaco o que tem de menos legítimo este?
Acaso estamos com racionamento de gasolina, acaso estamos com falta de cuidados primários e de produtos de primeira necessidade? Dir-me-ão que para lá se caminha, ao que eu contraponho: só se o governo quiser!!!
Porque não taxar devidamente as empresas petrolíferas, pelos seus lucros obscenos, e com essas taxas apoiar as actividades mais vulneráveis?
Porque não eliminar as isenções tributárias concedidas às empresas petrolíferas?