Estamos quase no Natal, regressam os perus
Jorge Lacão mais uma figurinha que se enquadra bem na colecção de espantalhos aqui do blogue, diz a criatura que é necessário diminuir o número de deputados e apresenta como razão de peso o facto de as suspeitas que pesam sobre alguns deputados serem promovidas por termos um sistema representativo que não liga os representantes aos representados, como se Isaltino, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e outros não estejam ligados aos seus representados. Será que a figurinha pretende enganar alguém ou está tão somente a fazer um frete?
É outro que quer tapar com uma mão o que o diabo destapa com as duas. O que descredibiliza a função de deputado é Jorge Lacão em pessoa. Derrotado nas eleições e desse modo corrido de um governo de má memória cuidou de manter o seu lugar de deputado em vez de o colocar à disposição daquele que ocupava o lugar imediato na lista de que fazia parte.
Jorge Lacão, com o umbigo no local onde as pessoas normais se sentam, não dá conta da triste figura que faz juntamente com todos os ex-ministros que se recusam a abandonar as cadeiras do Parlamento. Lá se sentam, seráficos, macambúzios, foi-se a arrogância do poder, sem pingo de vergonha. Prefere atirar-nos com poeira para os olhos com essa da "ligação" com os eleitores, logo ele que esteve num governo completa-mente desligado do país.
Jorge Lacão nem por um momento fala na multiplicidade de interesses de alguns deputados que ali mais não fazem do que cuidar das suas "liga-ções" a empresas ou escritórios de advogados e vem apregoar que a culpa está no número e na representatividade.
Em plena destruição do Estado a que também ele deu uma ajudinha a única coisa que se lembra de dizer é que o Parlamento tem deputados a mais.
Pobre figurinha... tu não mudasti, sempre pequenino, sempre igualzinho.