O Nobel da Paz continua imparável
A notícia passou meio despercebida na comunicação social cá da terrinha. O governo de Barak Obama tudo fez para que a ONU aprovasse o uso de bombas de fragmentação, nem todos porém têm a sua inclinação para a destruição indiscriminada e a pretensão foi recusada.
Ao lado de Washington estiveram China, Rússia, Israel, Coreia do Sul, Bielorrússia e Ucrânia, compreende-se porquê, têm os arsenais a abarrotar.
Em sentido contrário destacaram-se a Noruega, Uruguai, México, Áustria, Equador, Honduras, Libéria e o não acabou por prevalecer.
Desiludamo-nos porém se pensamos que aquelas bombas não serão utilizadas. Mataram na Sérvia, mataram na Palestina, Iraque e Afeganis-tão, continuarão a matar, principalmente inocentes que se encontrem no seu raio de acção.
Curiosamente foi este o argumento de Washington que não subscreveu a Convenção de Oslo que as proibiu. Foram no entanto 111 os países que a subscreveram. Washington e seus pares apenas pretendiam a legitimação e protecção legal para a destruição.
Numa conferência de imprensa paralela o rosto dessa destruição, o corpo mutilado de Branislav Kapetanovic ex-militar sérvio que perdeu as pernas, mãos e parte dos braços quando foi vítima de uma dessas bombas ao realizar tarefas de desminagem.