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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

18
Dez11

Vai tu

salvoconduto

 

 
Acordei tarde já o país estava alvoroçado com as declarações de Passos Coelho ao Correio da Manhã. Confesso que não entendi as razões para tamanho alvoroço, Passos até foi sincero e genuíno. Declarou-se incapaz de ter um futuro para o país exortando a que nos piremos “depressa e em força para Angola e para o Brasil”. O único reparo possível seria quando muito à memória de Coelho, por ventura ter-se-á esquecido que já não temos colónias, o Brasil e Angola há muito são independentes. Em todo o caso resta o reconhecimento de que aqui não há muito que esperar, pelo menos enquanto ele e os seus pares residirem em São Bento, ao que parece querem cumprir o contrato de arrendamento até ao fim e se possível renová-lo.


Dir-me-ão que nem Salazar foi tão longe nesta coisa da emigração, é um facto, esse até a proibia, mais no sentido de esconder a miséria interna do que impedir que dessemos o salto e lhe desamparássemos a loja. Passos Coelho já não tem esse problema, com as fronteiras escancaradas toda a gente sabe a miséria que temos e para quem trabalha, não faz mais do que tentar desfazer-se dos empecilhos para os quais não tem solução nem nunca procurou ter.


Um seu secretário de estado já havia lançado a ideia mas como por vezes demoramos a entender Passos mais não fez do que lembrar-nos e de apressá-la, talvez assim alguém se decida e em verdade vos digo tivesse eu intactos alguns dos ossos que me roeram e há muito teria metido os pés ao caminho. Esta gente veio para destruir o país, não arredará pé enquanto não o conseguir, para isso lhes pagam, servem-se servindo.


E aqui é se coloca a questão fundamental, se não estamos dispostos a emigrar estaremos dispostos a desalojar o inquilino e colocar às rédeas do país em quem esteja verdadeiramente interessado em governar com e para o povo? É que desculpem-me a franqueza mas não existe alternativa, aquela coisinha de andarmos a brincar com um rectângulo de papel onde de quatro em quatro anos nos entretemos a desenhar uma cruzinha deu no que deu, de que estão à espera? Vamos lá criar as condições para os pôr daqui para fora?

 

 

Nota – Vejam vocês como as coisas são, sempre que posso passo as letras que escrevo pelo corrector ortográfico, não vá o diabo tecê-las e os dedos já não são assim tão lestos, assim fiz com este texto e imaginem onde o corrector me fez o único reparo, na expressão “pôr daqui para fora”, alerta-me o corrector que é uma locução própria de linguagem informal, como que a informar-me de que dessa já Passos Coelho se lembrou e aconselha-me a ponderar o emprego de uma expressão alternativa… juro! Claro que tenho expressões alternativas como “correr com eles”, “mandá-los borda fora”, e já nem ouso escrever aquela em que vocês estão a pensar essa vinha logo sublinhada a vermelho…

 

Pensem no que vos disse, entretanto cuidem-se e boa semana.

 

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