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Salvo-conduto

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10
Set08

Respeito para os militares fascistas?

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O ministro de defesa de Itália, Ignazio La Russa, afirmou que os militares fascistas da chamada República de Saló (1943-1945), que combateram para impedir a entrada dos aliados, "merecem respeito" porque lutaram para defender a pátria.

La Russa fez estas declarações perante o chefe estado italiano, Giorgio Napolitano, durante a cerimónia para recordar o 65 aniversário da defesa de Roma das tropas de ocupação nazis.

"Seria ir contra a minha consciência se não recordasse hoje militares como os da RSI (República Social de Itália ou de Saló), que do seu ponto de vista combateram para a defesa da pátria, opondo-se aos anglo-americanos e merecendo todo o respeito", disse La Russa.

A República Social Italiana, conhecida como República de Saló, foi criada pelo ditador Benito Mussolini no norte de Itália, enquanto as forças aliadas avançavam desde o sul do país.

Por sua parte, o chefe de estado pediu aos italianos durante a cerimónia, para reforçarem a memória dos soldados, e afirmou que a verdadeira Resistência foram aqueles "que combateram com a esperança da liberdade e justiça, incluidos os 600.000 deportados nos campos de concentração alemães, que recusaram a sua adesão à República de Saló".

As declarações de La Russa avivaram a polémica que estalou a semana passada depois de o alcaide de Roma, Gianni Alemanno, igualmente membro do partido dereitista Alianza Nacional, declarar que o fascismo "não era um mal absoluto".

Manuela Palermo, membro do Partido Comunista Italiano, assegurou em resposta a estas afirmações: "Os fascistas de hoje defendem os fascistas de ontem, as guerras, as torturas e a carnificina a que esteve submetida Itália por causa das decisões de um regime ditatorial fascista".

Por sua parte, Marina Sereni, vice-presidente da maior formação na oposição, o Partido Democrata, qualificou de "inquietantes" as declarações de um membro do Governo de claro 'revisionismo histórico' que só pode "reabrir as feridas".

A esta hora estarão vocês a dizer que eu tenho uma fixação pelo governo de Berlusconi, se calhar tenho, são umas a seguir às outras, inquieta-me muito gente desta à frente de um país europeu.

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