Aí estão as férias, e os animais?
As férias aproximam-se, os abandonos também. Como a cada ano, um cão, um gato vai ser abandonado, ao longo de uma estrada qualquer. Já todos conhecemos a cena: o pobre animal não desconfia e mal sai do carro este arranca a toda a velocidade. Começa o caminhar errante, a vida em perigo, a morte pela certa.
Foi um companheiro, uma presença. Quando se tornou numa carga, num estorvo, num problema, desembaraçámo-nos dele. Há sempre alguém que diz: "Porquê preocuparmo-nos, é um animal, não é? E depois, deixar um animal na natureza, não é um crime."
Mas é, para isso existe a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada em Paris, em 1978, que no seu artº. 6º estipula:
a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida, conforme a sua natural longevidade.
b) O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.
Ao escrever estas linhas dou-me conta que o meu cão, Pitosga de seu nome, permanece fiel a meu lado há quinze anos.