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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

09
Mai12

Sem pingo de vergonha

salvoconduto

 

Pedro Rebelo de Sousa

 

Sabe-se porque foram nomeados, sabe-se ao que foram. Depois de aprontarem a privatização do ramo segurador e de saúde do banco do Estado que o deixará fragilizado face à concorrência, que de modo algum abdicaria de igual fatia do seu negócio, lançam-se agora para nova fase.

 

O "peão de brega" de serviço é desta feita Pedro Rebelo de Sousa que foi nomeado para aquele banco com contornos de escandaloso conflito de interesses já que era o sócio principal da Sociedade Rebelo de Sousa & Advogados Associados com vários negócios representados na CGD. Ei-lo agora a defender publicamente a privatização da Caixa e a afirmar que a altura até nem é má, mandando às urtigas qualquer réstia de ética que tivesse, já que é suposto que a um administrador de uma qualquer empresa é suposto defendê-la e não atacá-la.


O vento sopra de feição, as criaturas aproveitam e cavalgam a apatia geral, ainda há poucos dias vieram à luz do dia as ligações de Carlos Moedas, adjunto do primeiro-ministro, com três empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado e que como clientes tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.


Não custa nada, como povo é manso, comprou as participações dos ex-sócios e colocou-as no nome da mulher, topam o jeito que esta gente leva para os "negócios" e o que faz em cargos governamentais ou esta-tais? Topam a maneira como eles se riem cada vez mais alarvemente?


A falta de vergonha de Pedro Rebelo de Sousa porém é tal que faz questão de achincalhar não só quem ali trabalha como qualquer cidadão que vive sob as pesadas medidas de austeridade. Rebelo de Sousa zomba do País ao afirmar que passa apenas 15% do seu tempo na Caixa Geral de Depósitos, mas que mesmo assim não esperava que fosse tanto, levantando simultaneamente uma ponta do véu ao fazer questão de afirmar que nos tempos do Cavaquismo regressou expressamente a Portugal para privatizar o banco Fonsecas & Burnay a convite de Cavaco Silva.


Tenho que reconhecer que o paizinho, ministro de Salazar, o educou bem, à boa maneira de antanho, já que receber um salário superior ao de Presidente da República por apenas 15% do seu tempo é obra! Quem sai aos seus não degenera...

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