Há nacionalizações e nacionalizações
Caiu o Carmo e a Trindade quando o governo da Argentina decidiu nacio-nalizar 51% da petrolífera YPF, filial da Repsol naquele país, cheguei mesmo a pensar que Rajoy se meteria num barco de guerra e timorato invadiria a Argentina da noite para o dia. Ajuda não lhe faltaria por certo das terras do Tio Sam. Também ali liminarmente se condenou a decisão de Cristina Kirchner, o senador Richard Lugar, figura de proa das hostes republicanas, propôs mesmo ao Congresso a expulsão do país do tango do G20, certo e seguro de que esse tipo de decisões são da responsa-bilidade exclusiva do Congresso norte-americano, estranho até por que não mudam a sigla para G1+19.
Por esta altura o governo do mesmo Rajoy decidiu nacionalizar o banco Bankia onde uns amigalhaços de Aznar andaram a fazer o mesmo que Oliveira e Costa no BPN, transformando-o numa autêntica bankalândia. Estranhamente, ou não, os que criticavam Cristina, os que defendem o poder absoluto do mercado, aplaudiram. Ainda dizem que o capitalismo não é coerente consigo próprio...