"Oficializada" a corrida de Menezes à Câmara do Porto
E julgavam vocês que Filipe Menezes estava louco quando garantiu aos seu amigos construtores e empreiteiros que se deverão construir três pontes e um túnel para unir o Porto a Vila Nova Gaia! Que me dirão então das cem "personalidades" da Invicta que compareceram à cerimónia onde Menezes decidiu "oficializar" o projecto? Havia lá de tudo, gente com guita, gente sem guita, gente que não tem onde cair morta mas que comparece sempre que é "aconselhada" a comparecer e gente que não é gente já que se locomove coladinho ao chão, ao nível onde os outros colocam as solas dos sapatos.
A nobreza estava lá toda, a igreja também, até o mundo da bola se fez representar ao mais alto nível pelo todo-poderoso Lourenço Pinto, Presidente da Associação de Futebol do Porto. Pinto da Costa que já vai contando os dias que faltam para assomar de novo à varanda da Câmara do Porto, fez-se representar pelo seu fiel betinho, Nuno Cardoso, que também já foi presidente da câmara e de extrema utilidade quando foram negociados os terrenos do estádio das Antas e arredores.
A corrida está lançada por muito que doa o cotovelo de Rui Rio. Amor com amor se paga diz Menezes, três pontes e um túnel estão garantidos desde que sente o traseiro no salão nobre da Invicta. Quem dá também uma ajudinha é aquele deputado latagão do PSD com cara de abóbora, Carlos Abreu Amorim, que acaba de publicar esta prosa sob o título Novas pontes entre nós… (ele e o Menezes, claro):
"Luís Filipe Menezes é o exemplo de que com imaginação política e um imprescindível plano financeiro sustentável, as boas ideias podem brotar e ser realidade mesmo em tempos de aflição financeira. Em triste contraste com um Porto abúlico, politicamente avelhentado e volitivamente inexistente."
Carlos Abreu Amorim não disfarça o seu ódio para com Rui Rio, contas antigas, ao mesmo tempo aproveita e promove o amigo de ocasião com quem estabelece agora pontes, longe vão os tempos, ainda sem a farda de deputado do PSD, em que arremetia contra qualquer investimento público por muito parco que fosse num programa semanal com Joana Amaral Dias e aquela coisa viscosa que tem por nome Emídio Rangel.
Esperem por mais, a procissão ainda vai no adro…