Gosma
Os amigos mais chegados sabem que abomino o traste, todo ele é viscoso e peganhento. Um destes dias vi-o na tv, perante a aproximação de Miguel Relvas a uma das salas do Parlamento quase que cheguei a pensar que o homem se espojaria no chão para que Relvas lhe passasse por cima, tal a forma desajeitada e subserviente com que o cumprimen-tou e tentou abraçar.
É pessoa que gosta de falar, principalmente de ser ouvido, faz sempre questão de anunciar no "blasfémias" quando e onde vai falar, se é na tv utiliza o "bold". Só que estas coisas de falar, falar, às vezes é um pau de dois bicos, há sempre alguém que se encarrega de recordar palavras ditas, principalmente quando a bota não bate com a perdigota, dito de outra maneira, quando a sabujice é tanta que se perde o significado da palavra vergonha.
É ao "arrastão" que roubo o apanhado:
Carlos Abreu Amorim, blogger no Blasfémias, 6 de Março de 2009:
«A teima na ‘campanha negra’ visa intimidar quem faz informação. Note-se que essa lengalenga foi usada no Freeport, mas alastrou para os projectos da Guarda, para as nebulosidades da licenciatura e do caso da Cova da Beira. Sempre que alguém fica perplexo com o peculiar percurso de Sócrates, o próprio ou os que escolheram o pouco distinto papel de serem os seus ‘Bobbys’ e ‘Tarecos’ – os ministros Santos Silva e Silva Pereira – surgem a gritar que sinistros ‘poderes ocultos’ conspiram “contra a democracia”. Curiosamente, do lado do PSD, Pacheco Pereira faz coisa semelhante aos que não crêem nas virtudes da liderança de Ferreira Leite. Um dos dramas da fossa em que estamos é que os piores defeitos de quem manda parecem ser os talentos de quem quer mandar.»
Carlos Abreu Amorim, cronista do Correio da Manhã, Junho de 2011:
"E ninguém senão nós escolheu José Sócrates. Com um currículo pessoal aterrador, sem a mais elementar preparação profissional, académica ou cívica, apto a instrumentalizar qualquer valor ou convicção e a quem apenas se pode reconhecer a obstinação daqueles que são capazes de tudo, mas mesmo de tudo, para manter acesas as luzes fátuas do seu ego."
Carlos Abreu Amorim, deputado do PSD, 16 de Julho de 2012:
“Miguel Relvas está a ser alvo da mais brutal campanha que eu me lembre que alguém tenha sido sujeito, um ministro, nomeadamente nos tempos democráticos."