"Alá u ajbar" (Alá é grande)
Chamo desde já a atenção que o vídeo que coloco no fim do post contém imagens de extrema violência embora em abono da verdade, segundo os cânones "ocidentais", quando a violência é praticada pelos nossos amigos depressa se transforma em redenção e glória.
Mahmud Mohamed Ali tenente do exército sírio foi capturado pelas briga-das Al Ghuraba e Eiz Al Din Kasam do autodenominado Exército Sírio de Libertação que as nossas televisões acompanham mas que vá-se lá saber porquê omitem coisas como estas, ocupados que estão em mostrar as barbaridades do exército regular, esquecendo-se ou tentando fazer esquecer-nos que esta coisa tem sempre dois lados. Depois de torturado foi levado até à margem do rio Eufrates e ali sumariamente executado como mostra o vídeo que foi colocado na internet pelos próprios rebeldes, o que diz bem da qualidade da gente que temos no nosso círculo de amizades.
Também há poucos dias o vice-ministro do Interior iraquiano, Adnan al Assadi, em declarações à France-Press descreveu a tomada de um posto sírio fronteiriço com o Iraque pelas forças rebeldes do mesmo exército de "libertação". Contou o vice-ministro que ao coronel que comandava o posto e aos 22 militares sob o seu comando o exército de “libertação” cortou os braços e as pernas um atrás do outro ante o olhar espantado dos soldados iraquianos do outro lado da fronteira.
Peanuts, exclamarão por certo os entusiastas da alteração do xadrez político no Médio Oriente, depressa que se faz tarde e a vez do Irão é já a seguir. Aposto dobrado contra singelo em como estes libertadores que agora incensamos se tornarão daqui a algum tempo em perigosos infiéis que é preciso combater a todo o custo.
Pelo seguro joga Paulo Dentinho que não arrisca sair de Damasco para onde foi a correr quando julgava que os "libertadores" tinham tomado a cidade e lá vai dizendo que se não vai para a linha da frente é porque não o deixam, sim abelha, Alá u ajbar...