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Salvo-conduto

A erva daninha cresce todos os dias

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Salvo-conduto

09
Set12

Aos costumes disse nada

salvoconduto

 

 

Confrangedor o silêncio de António José Seguro. Com o país boquiaberto Seguro manteve a boca fechada, provavelmente exausto com os violen-tos combates travados com o governo. Já todo o bicho careta se manifestara sobre a miserável comunicação do chefe do governo num fim de tarde de uma sexta-feira e meia hora antes de um jogo da selecção nacional de futebol, o que define bem a sua estatura ética e moral, mas o António, seguro nas suas convicções limitava-se a esbracejar violentamente frente ao espelho de sua casa. Percebe-se agora um pouco melhor o teor da reunião entre Passos e Seguro realizada dois ou três dias antes da comunicação do primeiro-ministro.

 

Uma vez mais foi ultrapassado pelos seus deputados que anunciaram que irão novamente pedir a fiscalização sucessiva pelo Tribunal Constitucional das medidas agora anunciadas. A este propósito compreende-se também agora o encarniçamento na nomeação dos três novos juízes para aquele tribunal que acabou mais uma vez de feição às cores e desejos desta trauliteira direita. Não é impunemente que Passos "afronta" o Tribunal Constitucional, a recomposição operada garante-lhe o controlo daquele órgão, mais um a somar a tantos outros e contrariamente ao seu mestre faz tudo à luz do dia embora o fim possa ser o mesmo, mergulhar o país em prolongada e dolorosa noite, a última demorou quarenta e oito anos.

 

No meio desta tragédia há no entanto um partido político que sai vitorioso e radiante, o CDS, que pela voz do seu líder parlamentar Nuno Magalhães já saudou as medidas e a "vitória", não houve aumentos de impostos, realçou ele com sorriso de orelha a orelha, logo depois repetido por Pedro Mota Soares, ministro da caridade, que passa a ter mais campo de manobra para o mister em que é perito. Exultam empresas como a EDP, GALP, BCP, BIP, BES,  Alexandre Soares Santos, Belmiro de Azevedo, Amorim, Isabel dos Santos, até o governo chinês, todos eles irão receber de modo indirecto e de mão beijada uma parte importante dos salários dos trabalhadores.

 

Se por estes dias Seguro aparecer com a mão entrapada já sabem que é certo e garantido que o espelho lá de casa foi à vida, há espelhos traiçoeiros que reflectem com elevado grau de realismo o que têm pela frente…

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