Dos bifes de Jonet aos tremoços de Moita Flores
Garanto-vos que o homem ainda fica corcunda de tanto dobrar a espinha, ele aí está de novo a vergar-se perante a figura da patroa a quem reverencialmente lambe a mão, de tal forma que até Merkel incomodada com tanta gosma se apressa a puxar de toalhete de álcool e a esfregá-la vigorosamente após o ósculo do Moita.
Ainda as hostes laranja estão a limpar a merda da Jonet depois da cena dos bifes e do copinho de lavar a placa e já outro chafurda como um reco no lodaçal em que transformaram o país, diz a criatura que "eles", os tugas, não ele, que deve ser descendente de raça ariana, são pedinchões até ao tutano de tal forma que para beber uma cerveja até pedem tremoços à borla e acima de tudo são mal-agradecidos, não sabem reconhecer a bondade dos agiotas.
A nossa história está repleta destes corcundas, logo no berço da nação Egas Moniz, mais tarde transformado em herói, de corda ao pescoço lá foi lamber a mão do "Imperador" da época, que contrariamente a Merkel não dispunha de toalhetes nem de água canalizada, tramou-se com a lambedela e teve que ser sangrado durante uns tempos tal a quantidade de bactérias na gosma do Moniz.
Os casos repetiram-se ao longo de séculos, particularmente quando os Filipes por cá andaram a apascentar os rebanhos, Salazar e seus prosélitos, quando Hitler caiu, colocaram a bandeira a meia haste, hoje alguém hipocritamente diz que assim o exigia o "protocolo". Até mesmo o "outro" em pleno 25 de Abril prestava contas semanalmente a Carlucci, o representante do amo do norte.
Não admira pois a carta que Moita Flores escreveu no Correio da manhã em socorro da honra da patroa, só temo é que fique com a espinhela caída e que venha a ser o Estado, de quem tanto desdenha, a pagar-lhe os tratamentos de fisioterapia.
Uma certeza tenho porém, será em vão o esforço para figurar numa qualquer página da história, apenas serão recordados genericamente como os lacaios ou os eunucos de Ângela Merkel, nada mais do que isso.