E se todos os governos agissem desta maneira?
O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou o embargo dos bens da empresa brasileira Odebrecht e proibiu que os empresários deixassem o país.
Correa ordenou a militarização imediata das obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht, entre elas uma outra hidroeléctrica, uma auto-estrada e um aeroporto.
O governo equatoriano exige o pagamento de uma indemnização por parte da empresa devido a falhas no funcionamento e da posterior paralisação da central hidroeléctrica San Francisco, construída pela empreiteira.
De acordo com o governo, a hidroeléctrica apresentou falhas e deixou de funcionar alguns meses depois de serem concluídas as obras. É a segunda maior do país e sua paralisação coloca em risco o abastecimento de energia no Equador.
O Estado equatoriano exige da firma brasileira o pagamento pelas perdas geradas pela paralisação da central eléctrica, assim como a reparação dos danos o mais rápido possível.
"Estou cheio da Odebrecht; quanto mais cavo mais lama encontro", ressaltou. "Estes senhores foram corruptos e corruptores; compraram funcionários do Estado. O que está a ser feito é um assalto ao país".
Segundo Correa, a Odebrecht, que tem um longo histórico de construções no país, é investigada no Equador por suposta corrupção, pois assegurou que
Assim, está a renegociar também os contratos com as empresas estrangeiras que extraem petróleo e exploram as minas equatorianas. Há alguns dias, persuadiu a companhia estatal brasileira Petrobras a abandonar uma exploração petrolífera na selva do Amazonas pelo impacto ecológico do projecto.
É deste país da américa-latina que vem o exemplo de como lidar com este tipo de empresas e empresários.