Doentio e sinistro
Ainda está meio mundo chocado com mais um massacre em escolas norte-americanas e já aparecem os defensores da venda e uso de armas indiscriminados a defender a sua "causa", a causa de tanta desgraça.
Ao mesmo tempo vão-se conhecendo mais contornos do sinistro aconteci-mento, a mãe do assassino, que foi morta por este, tinha meia dúzia de armas em casa e afirmava-se preparada para tudo, excepto para os quatro tiros que levou na cabeça. Treinava conjuntamente com o filho numa das muitas carreiras de tiro que aquela doentia sociedade disponi-biliza aos seus cidadãos, provavelmente também ela incentivada por um miserável programa, "preparados para o fim do mundo", transmitido pelo National Geographic e que agora também nos entra pela televisão adentro.
Daqui a uns meses voltarão a indignar-se com nova tragédia, pouco se preocupando com o aumento do número de vendas de armas ao comum dos cidadãos, dizem que é em nome da liberdade, a mesma liberdade que já ceifou a vida a dezenas e dezenas de crianças em escolas de um país assim tão livre.